Tido como perigoso durante décadas, o ovo foi reabilitado por pesquisadores do mundo todo. E atenção: ele não aumenta as taxas de colesterol no sangue como se pensava. De quebra ajuda a emagrecer.Uma das demonstrações mais recentes é assinada pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. Em artigo publicado em janeiro deste ano, resultado de uma pesquisa envolvendo 9.734 pessoas de 25 a 74 anos acompanhadas durante duas décadas, os pesquisadores demonstraram não haver relação entre o consumo regular de ovos e o aumento da incidência de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame. Não houve diferença entre aqueles que comiam um ovo ou mais por dia em comparação com quem não comia nenhum, disse à SAÚDE! o cardiologista Adnan Qureshi, líder da investigação. Em apenas um grupo específico, o dos diabéticos, encontramos dados que mostram que o consumo maior de ovos pode estar ligado ao aumento da ameaça de doenças cardíacas, mas isso nem sequer está totalmente claro. A nutricionista Raquel Dias, coordenadora do Laboratório de Ciência e Arte dos Alimentos da PUC do Rio Grande do Sul, comenta: A cultura de que o ovo faz mal se espalhou de tal modo que as pessoas, na dúvida, preferem comer pão e outros carboidratos, que, em excesso, também trazem risco cardiovascular.A idéia de que o ovo merecia sair do limbo veio à tona no início na década de 1990, quando dezenas de cientistas apontaram para deficiências de pesquisas mais antigas, realizadas a partir dos anos 1960, que associavam o consumo do alimento ao colesterol nas alturas e este aos problemas do coração. O divisor de águas foi uma grande investigação publicada em 1999, na prestigiada revista da Associação Médica Americana, e assinada por um time de especialistas da Universidade Harvard. Em resumo, eles cruzaram informações sobre a
dieta para emagrecer. Um deles comeu dois ovos mexidos no desjejum. O outro, alimentos à base de carboidratos, como pães, torradas e bolos. A quantidade de calorias dos dois cardápios, porém, era sempre a mesma. Também não existia diferença entre os níveis de colesterol e de outras gorduras na
dieta a maior parte é produzida pelo próprio organismo. Portanto, elevar a ingestão de colesterol não provoca necessariamente elevação significativa dos níveis da substância.Essas evidências levaram a Associação Americana do Coração a revisar nos últimos anos suas influentes diretrizes dietéticas. O colesterol da alimentação, segundo seus membros, ainda deve ficar restrito aos 300 miligramas diários. Mas o veto ao ovo tornou-se mais ameno o que é um sinal de maturidade científica. Algumas pessoas, como os diabéticos e aqueles que já sofreram infartos, devem obedecer realmente à antiga limitação de três unidades semanais. Aos demais indivíduos a mensagem é clara: o ovo está liberado. Infelizmente, sem possibilidade de indenização para quem sentiu sua falta no prato esses anos todos.QUEBRE UM OVO E…O que você encontra nele? É o que descobrirá agoraCASCAEla é rica em cálcio, mas há uma polêmica sobre o seu uso na
dieta para complementar os níveis do mineral. Isso porque pouco se sabe sobre quanto o corpo consegue de fato absorver do mineral oriundo da casca. Então, é melhor não contar com ela para combater a osteoporose. Além disso, teme-se a contaminação, já que a casca seria a parte suja do ovo.GEMAÉ a casa do colesterol, mas também é nela que se encontra a imensa maioria dos nutrientes, como as vitaminas e os sais minerais. Por longo tempo foi excluída da alimentação, mas sem ela os benefícios do ovo são reduzidíssimos.CLARASabe-se que ela é uma grande fonte de proteína. Mas, ao contrário do que se imagina, tem proporcionalmente até menos desse nutriente do que a gema, com seus 16 gramas em cada 100 gramas do alimento. No caso da clara, são 13 gramas.EM TRÊS VERSÕESQual delas você prefere?
FRITO
É um clássico, mas é o menos indicado porque tem mais calorias, além de maior teor de gorduras totais e colesterol. Se não conseguir resistir, use pouco óleo e coma com moderação.Calorias 196 kcalProteínas 13,6 gGorduras 15,3 gColesterol 457 mgCOZIDOÉ a receita mais saudável, pois não leva gordura e é a menos calórica. Deixe-o no fogo de três a cinco minutos, contados depois que a água começar a ferver. Também é possível cozinhá-lo direto na água fervente, sem a casca, o chamado ovo poché.Calorias 155 kcalProteínas 12,5 gGorduras 10,6 gColesterol 424 mg
MEXIDO
Foi essa a preparação usada no estudo que mostrou que comer ovos de manhã ajuda a emagrecer. Em frigideira com revestimento antiaderente é possível prepará-los sem (ou quase sem) óleo.
Calorias 167 kcalProteínas 11 gGorduras 12,2 gColesterol 352 mgVALORES PARA 100 GRAMAS, O QUE EQUIVALE A APROXIMADAMENTE DOIS OVOS GRANDES. FONTE: BANCO DE DADOS NUTRICIONAIS DO DEPARTAMENTO DA AGRICULTURA DOS ESTADOS UNIDOS (USDA)/PRODUÇÃO ALÊ RAVIZZA / PRODUÇÃO CULINÁRIA ILIANE MARCONE
Fonte: Revista Saúde
Em geral a salmonela é produzida devido a uma manipulação incorreta tanto do ovo como de outros alimentos.
Para evita-la mantenha limpa as mãos e os utensílios de cozinha.
O adequado cozimento destrói as possibilidades de bactérias contaminantes, a maneira mais segura de consumir ovos é cozinhá-los por 12 minutos..
E no verão deve-se conservar os alimentos bem resfriados.Procure sempre comprar os ovos com a casca intacta e limpa.
Ovos também tem data de validade, não se esqueça de verifica-la. Não lave os ovos antes de guarda-lo na geladeira, a casca por ser porosa absorve o sabão utilizada na lavagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário