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9.02.2010
Cirurgia preventiva reduz risco de câncer de mama e de ovário
Mulheres com mutações genéticas, que realizaram mastectomia profilática, eliminaram completamente o risco de desenvolver tumor
No grupo de mulheres com a mesma predisposição genética e que não fizeram ablação preventiva dos seios, 7% desenvolveram câncer de mama no período de três anos
A ablação (cirurgia que retira uma parte do corpo, como uma amputação ou mastectomia) preventiva dos seios e ovários reduz o risco de câncer e óbito entre as mulheres com predisposição genética para a doença, revela um estudo clínico, cujos resultados foram divulgados nesta terça-feira.
"As mulheres que herdaram a mutação dos genes BRCA1 ou BRCA2 têm um risco claramente maior (de 56% a 84%) de desenvolverem câncer de seio e de ovários", escreveram os autores do trabalho, que será publicado na edição desta quarta-feira do Journal of the American Medical Association (JAMA).
O estudo, realizado com 2.482 mulheres que apresentam estas variações genéticas, foi feito em 22 centros de pesquisa clínica nos Estados Unidos e na Europa, entre 1974 e 2008. As voluntárias foram acompanhadas até 2009.
Mastectomia — Segundo os resultados, as mulheres que apresentaram estas mutações genéticas e que realizaram mastectomia profilática eliminaram completamente o risco de desenvolver tumor canceroso durante três anos de acompanhamento médico.
Comparativamente, no grupo de mulheres com a mesma predisposição genética e que não fizeram ablação preventiva dos seios, 7% desenvolveram câncer de mama no mesmo período.
De 10% a 20% dos casos de câncer de mama e ovários são provocados por mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.
(Com agência France-Presse)
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