A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) inaugurou, no campus de Manguinhos (zona norte do Rio), o Jardim das Borboletas.
Em uma área fechada de 70 m2 vão coexistir quatro espécies de borboletas: olho-de-coruja (Caligo illioneus), Júlia (Dryas julia), borboleta-brancão (Ascia monuste) e ponto-de-laranja (Anteos menippe).
Borboletário inaugurado no Rio terá 70 metros quadrados onde vão coexistir quatro espécies de borboletas
Por enquanto o espaço é ocupado por cerca de 50 exemplares das três primeiras espécies. As borboletas ponto-de-laranja ainda não foram encaminhadas pelo criadouro, que fica em Belém (PA), mas vão chegar nos próximos dias, diz a Fiocruz.
"Essas espécies foram escolhidas porque são mais fáceis de se manter, mais resistentes e bastante coloridas, além de serem comuns no Brasil", conta Ricardo Lourenço, entomologista do Instituto Oswaldo Cruz e um dos idealizadores do espaço.
"Elas foram criadas em cativeiro e trazidas para o Jardim, onde vão se reproduzir. Aqui, as pessoas poderão acompanhar as diversas fases da borboleta e a rotina delas, como o acasalamento e a desova", diz Lourenço.
Uma borboleta vive em média de seis a sete meses, segundo os especialistas. A primeira etapa --que inclui as transformações de lagarta em crisálida e desta em borboleta-- leva cerca de três meses e meio. Ao chegar à forma final, a borboleta vive aproximadamente mais três ou quatro meses.
O Jardim foi ornamentado com diversas espécies de plantas. Algumas são destinadas às borboletas, porque são usadas por elas para desovar e, na fase de lagarta, para se alimentar de suas folhas. A borboleta-brancão, por exemplo, come couve durante a fase inicial.
Em sua fase adulta, a borboleta se alimenta do néctar colhido em vegetais. Para garantir a alimentação, recipientes com néctar foram distribuídos pelo jardim.
O ambiente será mantido até dezembro e as visitas, gratuitas, podem ser feitas de terça a sexta-feira, das 9h às 16h30, mediante agendamento prévio pelo telefone 0/xx/21/3865-2150, e aos sábados, das 10h às 16h, sem necessidade de agendar.
FÁBIO GRELLET
Folha
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