4.13.2011

A doce confusão da Páscoa e do ovo

Vai dizer que não é assim?! Você passa anos seguindo e curtindo uma determinada tradição, até que, num determinado momento, se pergunta: - De onde surgiu isso? A Páscoa, por exemplo, é uma festa cristã, que significa o renascimento de Jesus e a ascensão aos céus, certo? E o que os ovos de chocolate têm haver com a data?Prá entender esta doce confusão, você precisa voltar muito no tempo e saber que, na realidade, a maioria das tradições da Páscoa remete a atos pagãos.
Tudo começou com a celebração da primavera, no final de março, pelas tribos pagãs da Europa. A deusa da primavera chamava-se Eostre, uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, que pulava ao redor de seus pés. Daí, segundo alguns filósofos, surgiu à palavra Easter, que significa Páscoa em inglês. E dali apareceu o ovo. Era ovo normal, não para comer!
Na Ucrânia, centenas de anos antes da era cristã, a chegada da primavera era festejada com a troca de ovos pintados com motivos de natureza. Em 325 D.C., no primeiro Concílio de Nicéia, a igreja católica estabeleceu o culto à Páscoa, e a tradição dos ovos decorados seguiu. Os cristãos pintavam os de galinha, gansa ou codorna com imagens religiosas, com Jesus e Maria.
Na Inglaterra do século 10, o generoso rei Eduardo I (900-924) presenteava a realeza e seus súditos, na Páscoa, com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas!
Os ovos de chocolate surgiram bem mais tarde, na França, no século 19, quando os confeiteiros seguiam a moda de esculpir diversos objetos com a iguaria. Com toda certeza, a troca dos ovos de animais pelos de chocolate ocorreu em função do início da produção e da comercialização em massa do produto.
Depois disso, a igreja adotou o ovo oficialmente como símbolo da Páscoa! E está finalmente explicada a doce – e deliciosa – confusão entre a Páscoa e o ovo de chocolate!
Por Maritiza Elaine

Ovos de Páscoa

O hábito de dar ovos de verdade vem da tradição pagã! Agradeça aos confeiteiros franceses o ovo que você come na Páscoa hoje ser feito de chocolate. Caso contrário, você ganharia um belíssimo ovo de galinha para celebrar a data.

A tradição de presentear com ovos - de verdade mesmo - é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de anos antes de era cristã já se trocavam ovos pintados com motivos de natureza - lá eles têm até nome, pêssanka - em celebração à chegada da primavera.

Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas.

Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.

Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.

Os cristãos se apropriaram da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus - o Concílio de Nicéia, realizado em 325, estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorna) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.

Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa. Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.

Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a idéia de fazer os ovos com chocolate - iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maias e Astecas. A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole.
Wikipédia 

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