7.01.2011

Depressão (Acid)


A depressão é tão natural no ser humano quanto o amor. Isso porque a depressão, a revolta e o sofrimento estão relacionados ao amor às coisas, às pessoas, às situações ou a um ideal. Mas, no fundo, o que realmente estamos amando é a nós mesmos mais do que aos outros, isso porque quando amamos alguém ou algo sempre esperamos um retorno, mesmo inconscientemente. Só que nossa mente disfarça esse egoísmo de várias formas. Quando esse retorno não vem - e uma hora ele não virá - sofremos, e uma das formas de sofrimento é a depressão.
O budismo veio para resolver de vez as causas do sofrimento. Então, por que ele não é ensinado nas escolas? Porque o apego é a força motora da sociedade. Seja no trabalho, seja na família. Mas será que o cristianismo, tão difundido no ocidente (e ensinado nas escolas) não poderia resolver? Sim, e o verdadeiro cristianismo (que não é ensinado nas escolas) nos ensina, assim como o budismo, que estamos perdidos correndo atrás de ilusões, deixando o mundo fenomênico nos guiar quando deveria ser a nossa consciência o verdadeiro paradigma moral e social. Mas só o que aprendemos nas escolas e Igrejas é que Jesus morreu para nos salvar. Puxa, será por isso que o tema da Caverna de Platão também é pouco explorado nas escolas e faculdades? Pode apostar que sim.

Então, por que manter esse status quo e sofrer com a depressão, o "mal do século"? Porque o importante é ter sucesso, ganhar dinheiro e ser popular... e sempre existem as drogas para preencher o vazio. Isso mantém a economia em funcionamento, que é o único motivo pelo qual nós, formiguinhas, estamos aqui.

A depressão pode envolver questões genéticas (pais a avós com tendência), psicológicas (idade avançada, fatos traumáticos), sociológicas (pressão da família, da sociedade), hormonais e fisiológicas (menopausa, depressão pós-parto, falta de sono). Mas também pode envolver questões espirituais, como apego, obsessão e culpa de coisas feitas em vidas passadas. É disso que vamos tratar agora.

Todos nós já tivemos muitas vidas, já conhecemos muita gente e já fizemos muitas besteiras (e também coisas boas, claro). Estamos aqui tanto para continuar aprendendo a viver com nossos semelhantes como pra saldar nossas dívidas para com quem ofendemos. Viemos para nos harmonizar com o mundo. Inclusive com os barbeiros no trânsito, coisa que eu acho que nunca conseguirei... Harmonizar-se não quer dizer se tornar um deles, mas conviver pacificamente com eles, apesar deles. Um yogue estará longe da iluminação se algum dia ele não perceber que precisa descer do Himalaia e conviver com a poluição, o trânsito, os aproveitadores, tudo fruto indireto da sua omissão ao isolar-se e não utilizar sabiamente os talentos que a vida lhe deu. Buda fez isso. Jesus, Gandhi, Madre Tereza, Chico Xavier, Sai Baba (Tá certo que não precisamos ser tão abnegados quanto eles, mas foi só pra ilustrar a idéia). O fato é que em outras vidas provavelmente compramos brigas com muita gente vingativa, ou deixamos pessoas em situações espirituais difíceis, ou vários corações partidos para trás, e nossa consciência (em algum nível) clama por resolver essas pendengas. E assim a consciência culpada pode vir a sabotar a nós mesmos, nesta vida, pra compensar algo do passado, seja num aleijão, ou numa situação social, econômica ou sentimental adversa, etc. E a depressão acompanha, como um indicativo da culpa.



Se um homem fala ou age com uma mente impura, o sofrimento acompanha-o, tal como a roda de um carro segue o animal que o puxa.

(Buda)

Pode-se ter a obsessão, onde a pessoa (inconscientemente) se permite ser obsediada (também por culpa), podendo levar a quadros de loucura com internação. Por incrível que pareça, ainda acontece muito de negros escravos procurarem seus antigos "senhores" para ajustar contas, seja nascendo na família para reclamar por tudo o que lhe foi negado ou tirado, ou obsediando do lado de lá. Lembrem que, para a mente humana na espiritualidade, 500 anos pode não significar nada.

Se no passado você desgraçou a vida de uma pessoa, e se hoje você está genuinamente arrependido, geralmente você vai aproveitar uma vida em que você tenha condições materiais para construir e pavimentar uma vida decente para essa pessoa, redimindo assim (em sua consciência) seus erros para com ela, por mais que essa pessoa lhe odeie. Essa pessoa pode vir como seu filho, como aquele amigo que todo mundo sabe que não presta mas você o ajuda assim mesmo, ou como aquela garota pela qual você é fascinado, que lhe despreza e mesmo assim você não suporta que falem nada de ruim dela (e, se preciso for, você se atira na lama pra ela passar). É tudo uma questão de balanço... Se você foi muito pra um extremo, tende a ir para o outro na tentativa desesperada de compensar. Mas não há nada melhor que o equilíbrio.

FILOSOFIA
Nas obras de Tomás de Aquino, quando ele se refere aos sete pecados capitais não inclui a preguiça, como muitos pensam (algo que pode muito bem originar-se da esperteza ou da safadeza), mas sim a ascídia, que é uma tristeza interior, uma doença da alma, e não do corpo.

Acho que posso falar de cátedra sobre isso, pois tenho tendências depressivas desde pequeno, refletidas numa saudade inexprimível de algo que não sei o que é. Me lembro que, com meus 12 anos, aproveitava os constantes blackouts da cidadezinha de Brasiléia, no estado do Acre, pra admirar a via láctea, suspirando e ouvindo no rádio de pilha Sisters of Mercy, uma banda gótica dos anos 80 com maravilhosas canções depressivas que iam além da barreira linguística.

Quanto mais alto se ergue, maior a queda. Geralmente tal depressão da alma pode surgir de um acúmulo de conhecimento sobre o mecanismo da vida. Por exemplo, quando um trabalhador ganha um aumento, ele pode ser bem-informado e saber que aquilo já era um direito dele por lei, ou que é apenas uma manobra da empresa pra você não sondar emprego em outros lugares que paguem melhor, ou que você ainda ganha uma mixaria em relação ao mesmo empregado de outro estado. Já um ignorante vai ficar simplesmente feliz. Como diz o personagem Reagan, em The Matrix, "A ignorância é uma bênção". Pode até ser, mas na verdade ela é uma faca de dois gumes.

Quanto mais scientia (conhecimento), maior a depressão: porque se constata quão deficientes são as coisas do mundo.
(Tomás de Aquino)

A referência de Tomás ao Eclesiastes não é casual: Salomão, que tem "mais sabedoria que todos seus antecessores", verifica - após examinar as coisas mais magníficas - que "tudo é vento" e "quanto mais conhecimento, mais sofrimento":

Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém. E apliquei o meu coração a inquirir e a investigar com sabedoria a respeito de tudo quanto se faz debaixo do céu; essa enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens para nela se exercitarem. Atentei para todas as obras que se e fazem debaixo do sol; e eis que tudo era vaidade e desejo vão. O que é torto não se pode endireitar; o que falta não se pode enumerar. Falei comigo mesmo, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; na verdade, tenho tido larga experiência da sabedoria e do conhecimento. E apliquei o coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras; e vim a saber que também isso era desejo vão. Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta o conhecimento aumenta a tristeza.

(Eclesiastes 1:12-18)

Nietzsche e Foucault concordam que a nossa busca pelo saber se dá não pelo amor ao saber (filosofia) mas sim pelo temor ao desconhecido. Assim, atribuímos à ciência o papel de definir o ser humano em suas ciências sociais, como o direito, a economia, a sociologia, a psicologia, etc, independente do que ele realmente representa. E, ao fazer isso, a ciência na verdade CRIA uma realidade, pois ela, assim como nós, não pode penetrar na Verdade das coisas, apenas interpretá-la. E, como é uma interpretação superficial, mas revestida de caráter quase dogmático, ela se torna pobre e perigosa, pois interpretações diferentes serão vistas como desvios comportamentais, loucura, heresia, mentira.

Uma coisa que pude comprovar claramente em minha vida é que as pessoas têm MEDO de algo que escape ao mundo que elas conheceram na escola. Espíritos, alienígenas, governos ocultos, tudo isso soa um alarme na cabeça dessas pessoas e automaticamente elas entram em um estado de torpor, onde a consciência delas finge que não está mais ali, apesar de estarem!! Não posso culpá-las, pois mesmo para mim, que me acho mente-aberta, o choque de paradigmas me foi traumático! Lembro-me que minha depressão MESMO iniciou-se com força total no dia 07/05/2000, quando por dois dias seguidos tive experiências que demoliram minha noção de mundo. Eu já vinha observando nos fins de semana, há quase 1 ano, as tais luzes que sobrevoavam de madrugada o meu bairro. Eu sabia que estava diante de algo inusitado, mas bem no íntimo eu ainda admitia a possibilidade daquilo ser explicado de forma "racional" dentro da minha concepção de mundo, que já admitia vida após a morte, mas que tinha bastante ressalvas em admitir civilizações extraterrestres ou intraterrestres sobrevoando diariamente as capitais do Brasil, ESPECIALMENTE no meu bairro de subúrbio! Então, ao ver às 5 da manhã o que me parecia ser uma estrela cadente parar no céu e seguir lentamente em linha reta, igual a todas aquelas luzes que eu havia visto até então, toda a minha razão desmoronou.

Pra vocês verem como o paradigma científico estabelecido (coisas como as lei da física, conservação de energia, etc) era tão fortemente implantado em mim, EU PASSEI A DUVIDAR DO QUE VI. Sinceramente, passei as 24hrs seguintes pensando que eu estava ficando louco, vendo coisas que ninguém mais via. Graças a Deus na madrugada seguinte, quase na mesma hora, eu estava junto com a vizinha e a filha dela, quando aconteceu outro avistamento inusitado: um ovo voador sem asas, que emanava uma luz verde e entrou por uma nuvem SEM sair do outro lado... Juro que, se eu não estivesse com testemunhas, eu poderia estar hoje tomando remédios, porque a descrição é ridícula, parecendo tirada do livro Alice no País das Maravilhas, e ver aquilo foi totalmente surreal. Pode-se considerar essas coisas como experiências secretas da NASA ou fenômenos naturais? Não se pode. Visões mediúnicas? Também não. O fato é que aquelas mulheres NUNCA abriram a boca pra falar a respeito do que vimos. Tudo isso só serviu pra me tornar amargo, deprimido, vivendo à margem da visão sólida de mundo que a grande maioria compartilha. Timidamente, e morrendo de medo dos homens de preto (afinal, se os OVNIS de fato existiam, quem me garantiria que os MIBs também não existiriam?), criei o site do EDF, um clubinho fundado meio na brincadeira cuja sigla significa Earth Defense Force, numa tentativa de trazer essa "irrealidade" à tona, resguardando minha privacidade. Mas foi frustrante perceber o quanto as pessoas preferem se manter à margem, recriando a cada dia suas realidades tacanhas e eliminando tudo o que não se encaixa nela. Resolvi então me ater às coisas da espiritualidade, no Acid Blogger, que acabou se tornando o Saindo da Matrix.

Voltando ao assunto de Nietzsche, então eu, ao viver uma experiência surreal que poucos viveram, tenho (obviamente) uma visão de mundo diferente de um Carl Sagan, que teve outras trocentas experiências que eu não tive, mas em ambiente completamente diferente. Só que, quando a MINHA opinião se choca com a de um cientista, acadêmico ou qualquer título que revista essa pessoa do poder de definir o mundo por nós, pobres mortais, ela perde automaticamente a credibilidade, ou se torna uma visão menor, desvalorizada, simplesmente porque não posso reproduzir aquela experiência em ambiente controlado, ou repeti-la na frente dessas autoridades constituídas pela sociedade. E assim mantemos a Matrix, geração após geração, uniformizando o nosso pensamento com uma finalidade: produção, competitividade, superação do semelhante, que é a forma que o sistema encontrou para nos manipular, seja no capitalismo ou no socialismo. Sofremos com o bombardeamento em massa pela mídia das coisas que você quer comprar, mas não tem dinheiro. E vem a sugestão, também pela mídia: quer se tornar rico? Jogue na loteria, consuma no cartão de crédito pra ganhar prêmios, seja mais "esperto" que o outro, pise na cabeça do seu colega de trabalho, entre pro PCC, prostitua-se. Onde estão os valores espirituais na mídia? Onde estão doutrinas que libertam dessa cadeia de desejo e sofrimento, como o Budismo, ou mesmo o cerne da doutrina cristã? Será que encontramos valores espirituais que poderiam abrir nossos olhos nos programas de pastores evangélicos, ou na missa do domingo? Ou só vemos um paliativo pra nossas dores, com um preço a pagar: junte-se a nós e seus problemas acabarão. Em nenhum momento as causas da depressão são sanadas, ao contrário. Você quer ter aquele amor? Venha ao culto tal, ou acenda a vela de tal cor, ou tome banho com a erva tal, ou dê três pulinhos numa noite de lua cheia! Você quer prosperidade profissional? Faça isso, faça aquilo... sempre o QUERER acima do SER.

Joanna de Ângelis dá as dicas para vencer a depressão:

"Quanto mais te irritares e te entregares à depressão, mais forte se te fará o cerco e mais ocorrências infelizes tomarão forma.
Não te debatas até a exaustão, nadando contra a correnteza. Vence-lhe o fluxo, contornando a direção das águas velozes.
Há mentes espirituais maldosas, que te acompanham, interessadas no teu fracasso.
Reage-lhes à insídia mediante a oração, o pensamento otimista, a irrestrita confiança em Deus.
Rompe o moto-contínuo dos desacertos, mudando de paisagem mental, de forma que não vitalizes o agente perturbador.
Ouve uma música enriquecedora, que te leve a reminiscências agradáveis ou a planejamentos animadores.
Lê uma página edificante do Evangelho ou de outra obra de conteúdo nobre, a fim de te renovares emocionalmente.
Afasta-te do bulício e repousa; contempla uma região que te arranque do estado desanimador."

Não é fácil, eu sei. A tristeza sempre foi minha mais fiel companheira - embora eu não tenha grandes motivos para tê-la - e costuma se manifestar mais fortemente nos fins do ano, sempre associada ao Natal, tendo começado mais ou menos a partir de 2001. Quando foi em 2003, curioso com essa associação natalina, fui questionar Oráculo, que limitou-se a responder que eu me aproximava da idade em que fiz algo em outra vida, e que eu reviveria essa mesma situação novamente a título de teste. Desde então a "deprê de fim-de-ano" só tem aumentado, e descobri que na verdade ela perdura até meados de abril.

Esse ano a coisa estava tão séria que pela primeira vez eu passei a ouvir e gostar de Blues! Comprava 2 litros de Fanta Uva pra encher a cara, ouvindo repetidamente Julie London cantar Cry me a River. Já não queria escrever mais nada, nem estudar, nem sequer jogar Mario Kart (Vejam a que ponto cheguei!). O pior de tudo é não saber ao certo PORQUE se está deprimido! Geralmente eu me deprimo ao ver o Jornal Nacional, mas sei que as notícias ruins não estão realmente na causa. Como prova de que o microcosmo espiritual reflete no macrocosmo da vida exterior, as coisas ruins, que antes aconteciam ao meu redor e contribuíam de certa forma para o meu estado, lentamente se aproximaram de mim, como aquela nuvenzinha preta que fica em cima da cabeça da pessoa. Em 4 meses meu carro novo foi atingido por 3 vezes. Um dado estatístico bastante significativo, que me fez pensar que, se as coisas continuarem assim, eu poderia ser o próximo.

Mas, quem disse que sair da depressão é uma questão só de querer? Ler livros de auto-ajuda também não adianta, porque a pessoa REALMENTE deprimida vai lê-los da forma mais cínica possível. Ou seja, não adianta ser uma coisa externa, imposta ou auto-imposta, pra combater algo que está não no corpo, mas no fundo da alma. Até mesmo anti-depressivos só farão atacar os sintomas, nunca a causa. É preciso usar uma força INTERNA, que está adormecida, para sobrepujar a tristeza. E para mobilizar essa força faz-se necessário um "gatilho", que pode ou não ser externo. No meu caso, era. Aproveitei alguns dias de férias pra ficar em casa vendo filmes, e resolvi então matar a vontade de rever Superman: o filme, de 1976. O DVD com os extras é simplesmente fantástico, cobrindo todos os aspectos técnicos do filme, numa época em que não existiam computadores pra fazer os truques. Fiquei particularmente embasbacado com a declaração do diretor Richard Donner, em que ele fala que estragou a gravação do tema de Superman quando explodiu em aplausos e gritos de "gênio" para o compositor John Williams ao perceber que a música "falava" o nome do super herói exatamente na hora em que aparece o título do filme! Acreditam que eu nunca tinha notado esse detalhe? Isso me fez salivar pra ouvir a música-tema, e por sorte tinha no mesmo DVD faixas com as músicas em 5.1 canais (ou seja, ideal pra quem, como eu, tem equipamento surround). Lembro que quando eu era guri passava horas ouvindo o LP de Superman que meu pai tinha, "viajando" com as fotos e me imaginando voar como o próprio Super-Homem! Então imaginem a emoção que tomou conta de minha alma ao ser envolvido pelo tema principal com som cristalino, como se estivesse dentro da orquestra! Juro que quando os clarins "gritaram" SUPERMAN fiquei arrepiado dos pés à cabeça por mais de 30 segundos (de relógio!). Senti-me eletrizado por horas. Foi melhor que qualquer passe que já tenha tomado na vida. Ver o filme depois disso foi um reencontro com a criança dentro de mim, a criança que um dia acreditou que "um homem podia voar", e que, por não ter ninguém pra dizer o contrário, podia ela também voar livremente em pensamento, sentindo o vento no corpo e um friozinho na barriga. Fui salvo pelo Superman!

Após essa injeção artificial de ânimo, procurei sustentar a aura de alegria, mantendo-me um tempo afastado do blues e das coisas que poderiam me deprimir novamente, e me entreguei com prazer às artes digitais, que mantiveram minha mente ocupada e voltada para a beleza e a virtude. Usei também um outro artifício, esse mais próximo da magia (ou bruxaria), que foi levantar minha auto-estima de forma artificial, me imaginando sempre melhor do que realmente estava. Mandei a autocrítica pastar e levantei meu ego à estratosfera. O perigo dessa prática é você acabar gostando da coisa e tornar-se insuportavelmente poser, pedante e chato; mas, se feito com bom-senso, você obterá resultados satisfatórios num curto espaço de tempo. A dica aqui é: se você não se valoriza, ninguém valoriza você. Por que? Porque a nuvemzinha sobre sua cabeça vai impedir naturalmente que as energias dos outros sejam direcionadas a você. Só que obviamente quando você está deprê não vai conseguir levantar sua auto-estima nem a fórceps, então precisa do tal "gatilho" que lhe livre ao menos temporariamente do peso das "trevas". E aí você usa uma força proporcional e contrária à sua deprê no sentido de imantar (cobrir) seu corpo energético com uma aura de otimismo e confiança, que atrai, por afinidade, boas energias pra você. Isso serve até pra se conseguir empregos e namoros! É como se você saísse de uma teia viscosa onde tem um monte de caranguejos lhe puxando pra baixo, pra uma teia de luz onde um dá energia e sustentação ao outro. Apenas tenha cuidado pra sua vibração não cair de vez, de forma que os "da luz" não o alcancem e os caranguejos o peguem de novo...

Estamos sozinhos. Unidos, em nosso Universo holográfico, mas terrivelmente sozinhos nas questões de como conduzir nossa alma, porque mesmo que um grupo de espíritos de luz, anjos, devas, fadas, espírito santo - ou seja lá como queira chamar - esteja conosco (e muitos sentem que estão), eles não irão viver nossa vida por nós, nem tomarão as decisões por nós. Os méritos dos acertos são nossos. O demérito pela queda - e conseqüente responsabilidade - também. O lado bom é que, neste mesmo paradigma holográfico, quando alguém faz a coisa certa, todo mundo ao nosso redor se beneficia, embora só possamos mudar realmente o mundo através de nossas ações quando atingirmos uma massa crítica, algo que, infelizmente, ainda estamos longe de conseguir. Trabalhemos em nós mesmos, então.

Fiquem bem

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