11.22.2011

Chiclete que emagrece

Cientistas americanos criam chiclete que ajuda a emagrecer

Pesquisadores querem injetar 'hormônio da saciedade' na goma de mascar

Chiclete pode ser nova arma na luta contra a balança Chiclete pode ser nova arma na luta contra a balança (Creatas)
Em breve, os gordinhos na luta contra a balança poderão ganhar um pequeno - mas forte - aliado: pesquisadores americanos trabalham no desenvolvimento de um chiclete que ajudará na perda de peso. Cientistas da Universidade de Syracuse estudam maneiras de adicionar à goma de mascar o hormônio PYY, importante para trazer a sensação de saciedade ao organismo. O mecanismo seria similar ao dos chicletes que buscam ajudar fumantes a deixar o cigarro. O estudo foi publicado no periódico Journal of Medicinal Chemistry, da Sociedade Americana de Química.
O PYY humano é parte de um sistema químico que regula o apetite e a energia do corpo. Quando a pessoa se exercita ou se alimenta, o PYY é liberado na corrente sanguínea, em uma quantidade que aumenta conforme o número de calorias consumidas. Estudos anteriores haviam demonstrado que pessoas obesas têm concentrações menores de PYY no sangue - tanto em jejum quanto após comerem –, quando comparadas aos não-obesos. Além disso, injeções de PYY em um grupo de voluntários (obesos e não-obesos) aumentaram os níveis do hormônio e reduziram o número de calorias consumidas em ambos os grupos.
“O PYY é um hormônio supressor do apetite”, diz Robert Doyle, da Universidade de Syracuse e coordenador da pesquisa. “Mas, quando ingerido oralmente, o hormônio é destruído no estômago. O que não é destruído tem dificuldade em atravessar para a corrente sanguínea através do intestino.”
Pesquisa - Era preciso, então, algo que servisse como um disfarce para que o PYY conseguisse passar pelo sistema digestivo relativamente ileso. Há vários anos, Doyle desenvolveu uma maneira de usar a vitamina B12 como um veículo para a entrega via oral do hormônio insulina. A B12 é capaz de atravessar o sistema digestivo com certa facilidade e carregar com ela a insulina, ou outras substâncias, para a corrente sanguínea. Da mesma maneira, os pesquisadores adicionaram o PYY à B12. “A fase um do estudo demonstrou que poderíamos levar quantias clinicamente relativas de PYY ao sangue”, diz Doyle. “Os resultados foram muito animadores.”
O próximo passo envolve encontrar maneiras de inserir o sistema B12-PYY dentro de gomas de mascar ou de comprimidos orais. A ideia é criar um suplemento nutricional para ajudar na perda de peso, da mesma maneira que chicletes ajudam fumantes a parar de fumar. “Se tivermos sucesso, o chiclete com PYY será uma maneira natural de perder peso”, diz Doyle. “Eles poderiam comer uma refeição balanceada, depois mascar um chiclete. O suplemento de PYY iria começar a ter efeito dentro de três a quatro horas, diminuindo o apetite conforme chega o horário da próxima refeição.”

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