11.22.2011

DIA 21 DE NOVEMBRO - DIA DA HOMEOPATIA

Dia 21 de novembro - Dia da Homeopatia

No Dia da Homeopatia, conheça mais sobre este tratamento usado há mais 100 anos pelos brasileiros!

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Criada pelo médico alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann, a homeopatia é uma forma de reorganizar a saúde humana conforme as leis básicas da natureza. Segundo o professor convidado do curso de extensão universitária de Homeopatia da Universidade Federal de Viçosa, José Alberto Moreno, o tratamento pode ser aplicado para prevenir e tratar doenças agudas e crônicas. “É possível tratar, inclusive, doenças antigas das quais a pessoa nem se lembra mais. A homeopatia simillimum, classificada como medicamento imperfeito, tem a capacidade de exonerar sintomas com os quais a pessoa já aprendeu a conviver, como se estes fizessem parte da sua vida”, disse.
Neste dia 21 de outubro, Dia da Homeopatia, vamos conhecer um pouco mais sobre este tratamento tão usado pelos brasileiros há 170 anos.
Quais os benefícios da homeopatia? Fortalece o sistema imunológico e previne doenças agudas; facilita o tratamento das doenças crônicas; favorece o aprendizado em todas as etapas e idades da vida; resolve traumas mentais e emocionais antigos e recentes; evita o uso de drogas e facilita o tratamento de vícios; harmoniza a pessoa e reduz os índices de violência; reequilibra a genética humana; ajuda a manter o ser vivo saudável; possibilita que as pessoas tomem mais consciência de seus atos; permite o aumento da qualidade de vida; propicia o rejuvenescimento em qualquer fase da vida; diminui a incidência de epidemias e doenças em todos os reinos; integra os seres vivos entre si, permitindo um convívio equilibrado; os remédios são extremamente baratos e sem resíduos químicos; não polui o ambiente e reorganiza os ecossistemas em geral, além de complementar o sistema de saúde vigente.
Qual o poder de cura através deste tratamento? A Homeopatia pode evitar a baixa do sistema imunológico e a geração de novas doenças. No caso das doenças crônicas, ao invés de a pessoa ser orientada a aprender a conviver com a mesma até morrer, as doenças vão gradativamente retirando-se do organismo.
A homeopatia atua com grande rapidez em sintomas energéticos, mentais e emocionais gerando uma pessoa harmonizada, feliz, produtiva e libertando-a de dependência de profissionais da saúde.
Quais os mitos a respeito deste tratamento? São vários. Há muito tempo dizem que a homeopatia tem ação lenta, por isto a pessoa aceita usar tratamento durante toda a vida, que não contém matéria não é cientifica e que são águas inócuas. Mas é preciso entender que a homeopatia é, também, medicina, e como medicina, é restrita a médico, então o mito: homeopatia é restrita a médicos. Mas, a Justiça brasileira já decidiu que a Homeopatia não é restrita a médicos.
Homeopatia no rejuvenescimento: A homeopatia tem saberes de mais de 200 anos que estão sendo redescobertos pela alopatia com a ajuda da tecnologia atual. Um exemplo fica por conta do tratamento para o rejuvenescimento da pele. Quase todas as homeopatias, quando aplicadas conforme a lei da similitude, ajudam no rejuvenescimento, além de tornar a pessoa mais saudável, feliz, harmonizada e produtiva.

Princípios da homeopatia

Além da visão holística impressa em toda a obra de Hahnemann, ou seja, a visão do todo sobre as partes, há quatro princípios que orientam a prática homeopática, quais sejam:
  • Lei dos Semelhantes: Resultado de suas releituras dos Clássicos e, sobretudo, de suas próprias experiências, anuncia esta Lei universal da cura: similia similibus curantur. Exemplificando, um medicamento capaz de provocar, em uma pessoa sadia, angústia existencial que melhora após diarréia e febre, curaria uma pessoa cuja doença natural apresente essas características.
  • Experimentação na pessoa sadia: A fim de conhecerem as potencialidades terapêuticas dos medicamentos, os homeopatas realizam provas, chamadas patogenesias; em geral são eles mesmos os experimentadores. Tipicamente não se fazem experiências com animais. Uma condição básica para a escolha dos provandos é que sejam saudáveis. Esses medicamentos são capazes de alterar o estado de saúde da pessoa saudável e justamente o que se busca são os efeitos puros dessas substâncias.
  • Doses infinitesimais: A preparação homeopática dos medicamentos segue uma técnica própria que consiste em diluições infinitesimais seguidas de sucussões rítmicas, ou seja: mistura-se uma pequena quantidade de uma substância específica em muita água e/ou álcool e agita-se bastante. A tese é de que essa técnica "desperte" as propriedades latentes da substância. Isso é chamado de "dinamização" ou "potencialização" do medicamento.
  • Medicamento único: Primeiro o homeopata avalia se a natureza individual está a "pedir" intervenção com medicamento, pois esse é um dos meios que o médico tem para auxiliar a pessoa, não o único. Sendo o caso, usa-se um medicamento por vez, levando-se em conta a totalidade sintomática do paciente. Só assim é possível ver seus efeitos, a resposta terapêutica e avaliar sua eficiência ou não. Após a primeira prescrição é que se pode fazer a leitura prognóstica, ver se é necessário repetir a dose, modificar o medicamento ou aguardar a evolução.
É surpreendente que Hahnemann tenha enunciado os princípios da homeopatia no final do século XVIII, somente como resultado da observação, pois só no século XX (principalmente na segunda metade) é que a expressão integral desse preceito começou a ser notada por contemporâneos, com destaques para as pesquisas de George Vithoulkas, Masaru Emoto, Jacques Benveniste, Fritjof Capra, C.G.Jung, Lovelock, Lynn Margulis, Gregory Bateson, Humberto Maturana, Lorenz, Bohr dentre vários outros. É evidente que esta pequena lista mostra cientistas de ramos muito diferentes e que a relação de suas pesquisas com a homeopatia pode não ser direta. Mas todos têm algo muito forte em comum: a ruptura com a visão cartesiana-positivista de parte substancial da ciência ocidental.
Depois de Hahnemann, a homeopatia expandiu-se, tendo seu desenvolvimento e sua aceitação atingido diferentes níveis nas várias regiões do mundo. Por exemplo, na Índia e no Brasil a homeopatia faz parte das políticas oficiais de saúde. Já na Argentina está banida das políticas públicas, chegando a ser praticamente proibida em algumas províncias.

Ideologias da homeopatia

  • Unicismo: Prescrição de um único composto homeopático, igualmente a Hahnemann.
  • Pluralismo: É chamado também de alternismo, dois compostos homeopáticos administrados em horas distintas, um complementando o outro.
  • Complexismo: São prescritos dois ou mais compostos homeopáticos que podem ser administrados simultâneamente. A indústria produz em larga escala compostos homeopáticos ditos complexos, que tem objetivos de tratar doenças particulares, não considerando a lei dos semelhantes.
  • Organicismo: O composto homeopático é prescrito conforme o órgão doente. Esta prática aproxima-se muito da alopatia.

[editar] Paradigmas Conceituais

Todas as dúvidas só fazem sentido na medida em que muitos antigos defensores da homeopatia utilizavam-se de conceitos ultrapassados e errôneos, como a teoria dos humores, e interpretações alternativas de teorias de difícil compreensão, para justificar mecanismos de ação dos princípios ativos ultradiluídos. Entretanto, atualmente já existem vários instrumentos e inclusive patenteados no mundo inteiro, que comprovam o diagnóstico homeopático pela resposta energético-frequencial[carece de fontes], também conhecido como biorressonância e a sua comprovada demonstração prática através do seu imediato efeito ao nível mental e que também não deixam quaisquer dúvidas quanto a eficácia de seu efeito biológico posterior[carece de fontes], assim cada vez mais a ciência médica, com o apoio da física vem elucidando os mecanismos sutis envolvidos nos processos de adoecimento e manutenção da saúde, relacionados com a questão energética[carece de fontes].

[editar] A questão da superdiluição

A maioria dos cientistas acredita que diluir substâncias tanto quanto é feito na Homeopatia diminuiria drasticamente o efeito que a substância em questão possui. Não existe experimento científico que corrobore a eficácia da homeopatia além do efeito placebo.

[editar] Exemplificações

Em dias quentes é tradicionalmente comum na Índia e na China tomarem chá quente. Paradoxalmente, e comprovado ao longo de milhares de anos e por milhões de pessoas, ao invés dos organismos sentirem aquecidos, passam a sentir mais frescos. Por que? Porque houve a resposta da energia vital, onde o fator calórico foi reconhecido e como resposta a esta informação, o organismo passou a se esfriar. Portanto, ao contrário da alopatia que trabalha somente com a lei dos opostos: antibióticos, anti-inflamatórios, antitérmicos e vários outros "anti", a homeopatia faz acordar a resposta energética correta, assim como um programa de computador passa a detectar a presença de um vírus, somente através de um dado programa, onde não se altera a estrutura de hardware. E mais: verifica-se que nossa energia vital tem forças naturais para debelar infecções, inflamações, ou mesmo estados de choque, a depender da energia vital, dando-lhe o correto estímulo, por entrar em ressonância com o órgão ou organismo e assim produzir a resposta de cura. Assim sendo, passamos a entender perfeitamente do porque que muitos experimentos homeopáticos passaram a ser classificados como charlatanices: simplesmente porque caíram na armadilha da padronização alopática de querer dar um só tipo de medicação para cada doença, ao invés de avaliar individualmente a resposta adequada para cada um com base na sua própria resposta energética.
Ainda assim, não podemos nos esquecer que no início do século passado, quando ainda não existiam antibióticos, a eficácia dos hospitais homeopáticos era bem superior aos alopáticos e sem produzir efeitos colaterais ou resistência bacteriana ou viral, tratando com sucesso inúmeros quadros epidêmicos.

Preparo dos compostos homeopáticos

Almofariz e pilão usados para trituração e moagem de sólidos insolúveis a serem empregados em compostos homeopáticos, inclusive conchas de ostras, quartzo e outros constituintes.
O preparo dos compostos homeopáticos segue princípios e técnicas bem definidos e simples em si [a questão da validade não é aqui discutida]. De ordinário, há as seguintes etapas:
  1. Extração dum princípio mineral ou vegetal da fonte;
  2. Pulverização (trituração e moagem) do insumo, quando necessário;
  3. Dissolução num veículo adequado, aquoso, hidroalcóolico etc.;
  4. Diluição em sequência centesimal hahnemanniana;
  5. Dinamização, ou Potencialização ou ainda sucussão.
 Quadro de diluições
As soluções homeopáticas — frequentemente ditas simplesmente diluições homeopáticas — preparam-se segundo uma sequência centesimal. Eis a regra para esse preparo:
"Toma-se uma parte da substância curativa pura e dilui-se-a em 99 partes de solução hidroalcoólica a 70% (i.e., 70% de álcool etílico e 30% de água): esta é a primeira diluição ou primeira potência (CH1). Depois, da diluição resultante, toma-se 1(uma) parte e dilui-se-a novamente com 99 partes de solução alcoólica a 70%; esta é a segunda diluição ou segunda potência (CH2). E assim por diante".[10] A homeopatia considera que quanto maior a diluição seguida da sucussão, tanto maior será a potência do preparado.
É digno de nota que a diluição primordial é de "1 parte do soluto para 99 partes do solvente (no caso, a solução essencial hidroalcoólica citada)". Se se considera que a parte do soluto — usualmente ínfima em massa e em volume — ao ser adicionada ao solvente resulta uma solução que reúne o volumes do soluto (volume algo alterado por interações físico-químicas moleculares, v.g., solvatação etc.) e o volume do solvente, pode-se, sem erro significativo, dizer que o volume da solução é de 100 partes; logo a concentração do soluto (na solução, uma fração volumétrica) será de 1:100 ou 0,01 ou 10−2. Representa-se-o, na homeopatia, por 1C, C1, 1CH ou CH1, que se lê "1ª concentração (diluição ou potência) centesimal hahnemanniana.
Já que as diluições sucessivas são, de ordinário, centesimais, a seguinte generalização representa matematicamente esse processo:
CH_x = 10 – 2.X (em base decimal), ou, equivalentemente, CH_x = 100 – X (em base centesimal), que expressa diretamente a ideia de diluição centesimal.
Esta expressão relaciona as duas escalas: a escala Centesimal Hahnemanniana (C ou CH) e a escala Decimal Comum (D ou X) para representação das diluições, apresentadas no quadro a seguir.
Escala Centesimal Hahnemanniana (dita Escala CH)
Escala Decimal Comum (dita Escala D ou X)
Concentração química (diluição) do soluto [em partes por 10 X]
Nota
½C, ½CH, C½, CH½
1D, D1, 1X, X1
1 para 10 (C = 10−1)
Considerada a menor diluição hahnemanniana, todavia a menor "potência", pelo método homeopático.
1C, 1CH, C1, CH1
2D, D2, 2X, X2
1 para 10² (C = 10−2)
Maior diluição que 1X, isto é, contém menor quantidade de soluto para mesma quantidade de solvente, porém considerada de maior "potência" pelo princípio das doses infinitesimais da Homeopatia.
2C, 2CH, C2, CH2
4D, D4, 4X, X4
1 para 104 (C = 10−4)

3C, 3CH, C3, CH3
6D, D6, 6X, X6
1 para 106 (C = 10−6)

4C, 4CH, C4, CH4
8D, D8, 8X, X8
1 para 108 (C = 10−8)
Máxima concentração permitida para o elemento químico arsênio em água potável, segundo a ciência contemporânea[11]
6C, 6CH, C6, CH6
12D, D12, 12X, X12
1 para 1012 (C = 10−12)

7C, 7CH, C7, CH7
14D, D14, 14X, X14
1 para 1014 (C = 10−14)

12C, 12CH, C12, CH12
24D, D24, 24X, X24
1 para 1024 (C = 10−24)
Conforme a Físico-química moderna (limitação quantitativa imposta pela Constante de Avogadro), essa diluição tem cerca de 60% de probabilidade de conter pelo menos uma molécula do soluto original para cada mol deste utilizado no seu preparo.
30C, 30CH, C30, CH30
60D, D60, 60X, X60
1 para 1060 (C = 10−60)
Diluição defendida por Hahnemann para a maioria dos casos: conforme a Físico-química moderna (limitação quantitativa imposta pela Constante de Avogadro), em média, isso significaria administrar dois bilhões de doses por segundo a seis bilhões de pacientes por quatro bilhões de anos para oferecer uma única molécula do soluto original para algum paciente.
200C, 200CH, C200, CH200
400D, D400, 400X, X400
1 para 10400 (C = 10−400)
Diluição do popular composto homeopático Oscillococcinum, preparado homeopático reportado "anti-gripal completo, eficaz na prevenção e no tratamento de influenzas". Comparado ao número estimado de partículas do Universo observável e inferível (cerca de 1080) [carece de fontes], o número 10400 vale (1080)5, a quinta potência do número total estimado de partículas!

Compostos homeopáticos

Repertório da 'Materia medica' homeopática, de Kent.
Para uma lista de medicamentos homeopáticos, veja Lista de remédios homeopáticos

Homeopatia no Brasil
A prática da homeopatia chegou ao Brasil em 1840, pelas mãos do médico francês Dr. Benoit Jules Mure (Bento Mure) que, na cidade do Rio de Janeiro, fundou a primeira escola para o seu ensino: o Instituto Homeopático Brasileiro. Os diversos insumos então utilizados vinham da Europa. Dr. Mure e seu amigo, Dr. João Vicente Martins, ministravam os cursos e o interesse dos farmacêuticos era crescente.
A cisão da homeopatia da prática médica deu-se por volta de 1851, por parte dessa instituição acadêmica. Com o Decreto nº 9554 de 1886, os farmacêuticos ganharam o poder de manipular medicamentos.
Com o passar dos anos surgiram leis específicas para a farmácia homeopática, e com muitos esforços da classe médica e farmacêutica, foi elaborado o Decreto nº 78841, aprovando a 1ª edição da Farmacopéia Homeopática Brasileira. Entretanto, apenas em 1980 é que o Conselho Federal de Medicina reconheceu a homeopatia como especialidade médica, apesar da profissão ainda poder ser exercida legalmente por outros profissionais da área de saúde, tais como: veterinários, odontólogos, psicólogos e enfermeiros [5].

Homeopatia na Saúde Pública

Na Inglaterra, o comité da ciência e tecnologia da Casa dos Comuns declarou que as "políticas governamentais de homeopatia não eram baseadas em provas fiáveis", sugerindo que o serviço nacional de saúde deixe de apoiar tratamentos que não são cientificamente provados.[12]
Estudos da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH), no Brasil,[13] mostram resultados muito positivos em favor da homeopatia, quando comparada à alopatia na Atenção Primária de Saude. Menor índice de encaminhamentos e menor número de exames complementares estão a explicitar maior resolução dos problemas. Os custos do tratamento para o Sistema Único de Saúde são também sensivelmente menores. Assim, a PBH ampliou o acesso gratuito da população de Belo Horizonte aos serviços de homeopatia, criando o PROHAMA e inserindo médicos homeopatas nas Unidades de Saúde do Município.
Uma pesquisa para dissertação de mestrado da Universidade Federal de Minas Gerais [14] apontou a percepção que tinham da homeopatia os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) quando comparada com a alopatia. Os resultados foram positivos para a homeopatia, o que explicaria a enorme demanda por homeopatas no SUS do Brasil e as longas filas de espera por uma consulta.
Outra pequisa realizada em São Paulo, por Moreira Neto (2001) [15] e publicada em revista aceita oficialmente pela CAPES, em Unidades Básicas de Saúde (UBS), confirmou os estudos da Prefeitura de Belo Horizonte. Ele encontrou que os homeopatas daquele município encaminhavam 1 de cada 41 pacientes atendidos, sendo que solicitavam 1 exame complementar em cada 31,3 consultas realizadas, a um custo médio de R$ 0,50 por exame (valores da tabela do SUS de 1995).

Apreciações críticas

Contrárias à homeopatia

Escassez de indícios de eficácia

Alguns cientistas consideram a homeopatia como um resquício pseudocientífico dos tempos da alquimia. Os resultados iniciais atribuídos à homeopatia podem ser explicados como efeito placebo. Alega-se que os medicamentos homeopáticos foram cientificamente testados (no chamado estudo duplo-cego, para controlar os efeitos placebos) várias vezes e alguns desses testes produziram resultados positivos. A maioria dos cientistas atribui isso a flutuações aleatórias, uma vez que os resultados quase não são mensuráveis, não podem ser reproduzidos de modo confiável e há uma grande quantidade de testes em que a homeopatia falha. Além disso, o modo básico como os testes são realizados leva uma pequena fração dos testes a produzirem falsos resultados positivos. Normalmente isso é evitado por meios estatísticos, mas quando uma grande quantidade de testes são realizados, um ou dois produzirão resultado positivo por efeitos aleatórios.
Em agosto de 2005, a revista científica The Lancet publicou u'a metanálise de 110 experimentos homeopáticos placebo-controlados e 110 experimentos médicos convencionais, baseados no "Programa para Avaliação de Medicinas Alternativas" do Governo da Suíça. No artigo os pesquisadores apresentam sua conclusão de que afinal "os efeitos clínicos da homeopatia são nada mais que efeitos placebo".[16]
O Parlamento da Grã-Bretanha também fez uma análise da eficácia de remédios homeopáticos. Os resultados apontam que as explicações científicas para a homeopatia não são convincentes. O governo britânico recomenda a interrupção imediata desse tipo de remédio no serviço público de saúde daquele país.[17]
Um medicamento homepático preparado a partir da espécie vegetal Ledum palustre ssp.. A diluição 15CH aqui exibida, segundo o método da química analítica moderna, não deve conter sequer uma só molécula do princípio original.
Na pesquisa de qualquer fármaco, um trabalho científico deve ter algumas características específicas para ter valor real. Deve, pois, ser:
  1. Duplo-cego (ou seja, nem o terapeuta, nem o paciente sabem o que vai ser tomado, placebo ou fármaco);
  2. randomizado (pacientes com mesmo diagnóstico - ver abaixo - são sorteados aleatoriamente para uso de placebo ou fármaco em estudo);
  3. Prefencialmente multicêntrico (com trabalhos feitos em institutos de saúde diferentes para ver se método é reprodutível);
  4. Feito por pesquisadores independentes e sem vínculos de interesse.
Samuel Hahnemann (reputado recriador da Homeopatia, na transição dos séculos XVIII e XIX), sem qualquer base científica para a época, utilizou um processo de diluições seqüenciais para preparar seus medicamentos. Ele diluía extratos de certas ervas e minerais naturais, à razão de uma parte de medicamente para dez partes de água, o que resultava em concentração (ou diluição) de 1:10; agitava a solução e, então, diluía por outro fator de dez, resultando ao final em uma diluição de 1:100. Uma terceira repetição do processo produzia diluição de 1:1.000 e assim por diante. Cada diluição subsequente adicionaria outro zero à direita. Ele repetia o processo várias vezes. Diluições extremas são rapidamente obtidas por esse método. Por meio da química analítica, sabe-se que analiticamente o limite de diluição é alcançado quando sobra apenas uma molécula do medicamento no meio veículo. À luz dessa evidência, efetivamente além desse ponto, nada mais pode restar para se diluir.
Em um sem número de medicamentos homeopáticos, por exemplo, a diluição de 30X é basicamente o padrão. A notação 30X significa que a substância foi diluída em uma parte em dez e agitada, e o processo, então, repetido sequencialmente trinta vezes. A diluição final é de uma parte de medicamento em 1030 (um nonilhão) partes de água. Isso está além do limite de diluição. Para ser exato, em uma diluição de 30X seria necessário beber 7.874 galões [30 m³ ou 30.000 litros] da solução para se esperar encontrar apenas uma única molécula de medicamento.
Comparado a muitas preparações homeopáticas, mesmo 30X é concentrado. Oscillococcinum, o remédio homeopático padrão para a gripe, é produzido a partir de fígado de pato, mas o seu uso generalizado na homeopatia cria pouco risco à população de patos: a diluição padrão é de 200C. C significa que o extrato é diluído em uma parte em cem e agitado, repetindo-se duas centenas de vezes. Isso resultaria em uma diluição de uma molécula de extrato para cada 10400 moléculas de água — isto é, 1 seguido de 400 zeros.


Park destaca que Hahnemann provavelmente não estava ciente do limite da ultradiluição porque ele desconhecia o número de Avogadro, uma constante física que torna possível calcular o número de moléculas em uma amostra com uma certa massa de uma substância. Explica o sucesso que a homeopatia teve no início comparando com o uso, à época, de tratamentos verdadeiramente perigosos: "Os médicos ainda tratavam os pacientes com sangria, lavagens e freqüentes doses de mercúrio e outras substâncias tóxicas. Se o nostrum infinitamente diluído de Hahnemann não fazia nenhum bem, ao menos não fazia nenhum mal, permitindo às defesas naturais do paciente corrigirem o problema." Park explica, ainda, como os modernos homeopatas concordam que realmente não há nenhuma molécula de medicamento em seus remédios, mas que o líquido inexplicavelmente se "lembra" da substância após o processo de diluição. Como essa pseudomemória da substância é obtida, nunca foi satisfatoriamente explicado. Os críticos também apontam a dissociação espontânea da água em ácido e base (o que explica porque seu pH é 7). A quantidade de ácido em um medicamento homeopático, embora pequena, é geralmente muito maior do que a quantidade de agentes ativos. Estudo realizado na Universidade de Toronto demonstrou existir a "memória da água" sem a presença do soluto, mas persistente por apenas 50 femtosegundos (1/20.000.000.000.000 de segundo).[18]
A memória da água também parece se comportar de forma curiosamente seletiva, pois só se lembra dos ingredientes que o preparador do medicamento deseja[carece de fontes]. Supondo que a amostra inicial de água, com a qual se dilui pela primeira vez um medicamento homeopático, contivesse eventuais traços de impurezas (ferrugem de canos ou outros elementos indesejáveis), concluir-se-ía que os seus efeitos também seriam dinamizados. Mesmo que um preparador atestasse ser pura ("sem" impureza) a amostra de água inicial, o próprio argumento da memória da água indicaria que efeitos de contaminações passadas poderiam estar presentes, ainda que nenhuma molécula de impureza fosse detectada.
Recentemente, céticos em relação à homeopatia consumiram diante do público grandes quantidade de medicamentos homeopáticos a fim de demonstrar sua falta de efeito. Alguns, como James Randi, Richard Saunders e Peter Bowditch consumiram caixas inteiras de pílulas homeopáticas para dormir no começo de suas palestras públicas. SKEPP[19], um grupo de céticos belgas, realizou uma conferência de imprensa na qual céticos tentaram cometer suicídio coletivo tomando diluições homeopáticas de veneno. Ninguém passou mal.[20]

A questão da atenção médica

Consultas realizadas por homeopatas costumam ser mais demoradas e seus questionários mais extensos. Estas características conferem subjetivamente ao paciente um atendimento mais "humanizado" proporcionando um ambiente de maior confiança e empatia por parte de ambos, fortalecendo a relação médico-paciente. Sabe-se que este tipo de relação aumenta a eficácia dos efeitos placebos de toda e qualquer terapia, seja alopática, homeopática ou outra qualquer.[carece de fontes]
Outra crítica aos trabalhos a favor da homeopatia é o diagnóstico da patologia a ser tratada. Se uma pessoa apresenta queixa de dor de cabeça, as causas catalogadas pelos neurologistas podem chegar a mais de uma centena. Ou seja, diversas doenças podem ser a causa de sintomas comuns. Alguns estudiosos duvidam que a maioria dos homeopatas consiga apenas através de uma consulta clínica classificar dentro de estritos critérios médicos todos os pacientes para toda uma vasta gama de queixas (e quase sem exames). Para tanto os homeopatas se valem de teorias empíricas próprias de funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos. Evidentemente os pacientes que serão estudados para finalidade de trabalho científico deverão ser catalogados pelas suas doenças e não pelas suas queixas (sintomas).[carece de fontes]

A questão da tradição

Outra crítica à homeopatia é de que os argumentos em seu favor levariam muito em consideração práticas consolidadas sem questionamentos e de que seu conhecimento se pautaria em demasia nas afirmações de Hahnemann acriticamente.

[editar] Placebo em bebês e outros

Argumenta-se frequentemente que evidências do efeito favorável da homeopatia em bebês, animais domésticos e plantas seriam provas de que a homeopatia não agiria por efeito placebo, pois estes não estariam suscetíveis a esse efeito. No entanto, bebês e animais domésticos estão sim sujeitos aos efeitos benéficos do aumento de cuidados e atenção por parte do cuidados que ministra o preparado homeopático, que podem produzir as melhoras observadas. Além disso, as evidências a respeito geralmente são baseadas em dados subjetivos por parte de pesquisadores cientes do tratamento, o que pode levar a vieses de interpretação dos resultados. Esses viéses seriam eliminados através de estudos aleatorizados caso-controle duplo-cegos.[carece de fontes]

Favoráveis à homeopatia

Os defensores da homeopatia asseveram que ela contempla o ser humano não de modo fragmentário, mas numa visão integrada, vendo-o como um todo onde corpo e psique são indissociáveis e, assim, necessitam ser abordados como um ente único. Neste aspecto — observam — ela se aproxima das medicinas clássicas orientais e do que viria a formar, no século XX, o pensamento sistêmico.
Luc Montagnier, virologista francês, ganhador do Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina em 2008 pela descoberta do vírus da Aids, surpreendeu a comunidade científica ao manifestar seu apoio à medicina homeopática, em uma entrevista publicada na revista Science de 24 de dezembro de 2010.[21] No entanto, cabe ressaltar que Luc Montagnier nunca produziu nenhum estudo evidenciando a eficácia do método homeopático.

 Estudos controlados e experimentos clínicos

A questão sobre estudos controlados (ou experimento controlado) — conquanto pilar da metodologia científica moderna — impõe uma reflexão sóbria sobre a sua pertinência ontológica: com efeito, a rigor, não se pode falar de experimento controlado, posto que não é possível garantir-se o absoluto controle preconizado tal que permita observar a ação de uma variável por vez (a desejada), excluídas indubitavelmente todas as demais. A rigor, deve-se falar-se "experimento quase-controlado", e aqueloutra expressão passa a ser tão-somente eufemismo metafórico para significar o estudo (ou o experimento) quase-controlado.[carece de fontes]
Dana Ullman, em seu livro de 1995, The Consumer's Guide to Homeopathy, dedica um capítulo a "Evidências Científicas para a Medicina Homeopática". Cita um estudo de 1991 que afirma:
" Três professores de medicina dos Países Baixos, nenhum deles homeopatas, fizeram u'a metanálise de 25 anos de estudos clínicos usando medicamentos homeopatas e publicaram seus resultados no periódico British Medical Journal. Essa metanálise cobriu 107 estudos controlados, dos quais 81 mostraram que medicamentos homeopáticos foram eficazes, 24 se mostraram ineficazes e 2 foram inconclusivos. Os professores concluiram, 'A quantidade de resultados positivos veio como uma surpresa para nós'. "
Ainda sobre metanálise, um dos últimos trabalhos do pesquisador Jacques Benveniste sobre homeopatia avaliou 89 estudos e concluiu que os resultados da meta-análise não são compatíveis com a hipótese de que os efeitos clínicos da homeopatia são completamente devidos ao placebo[22]. No entanto os pesquisadores não encontraram, com base nesses estudos, provas suficientes de que a homeopatia seja eficaz para condições clínicas específicas. Em um outro estudo, que revisou 110 outros, Shang e colaboradores [23] mostraram que os estudos de homeopatia não são imparciais, e, quando esta imparcialidade é levada em consideração, há uma fraca evidência para um efeito específico dos medicamentos homeopáticos, enquanto há fortes evidências de efeitos específicos de intervenções convencionais. Este achado é compatível com a noção de que os efeitos clínicos da homeopatia são efeitos placebo.

Aceitação da homeopatia nos países

A aceitação da homeopatia como uma forma autônoma e válida de medicina depende da legislação de cada país. Eis o panorama conforme vigente até esta data (15 de maio de 2010):
  • Austrália: à semelhança do qu ocorre no Reino Unido, a homeopatia é legalizada como prática médica, por ato do parlamento.
  • Bélgica: a homeopatia é reconhecida, desde que praticada por médicos. Cerca de 25% da população belga utiliza por vezes medicamentos homeopáticos.
  • Brasil: a partir de 1979 a homeopatia passou a constar no Conselho de Especialidades Médicas da Associação Médica Brasileira e em 1980, do rol de especialidades do Conselho Federal de Medicina, deixando de fazer parte das medicinas alternativas e passando a constituir parte do que hoje se chama medicinas integrativas. O SUS - Sistema Único de Saúde - a inclui em suas rotinas de atendimento e hoje está estabelecida como política de Estado. Há no País médicos veterinários e odontólogos, além de farmacêuticos e psicólogos, que trabalham oficialmente com homeopatia. Há também a formação em homeopatia ministrada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) onde não se exige graduação na área de saúde, e nem mesmo um curso superior, formando os chamados "terapeutas homeopatas", atividade que tem causado muita controvérsia. Todavia são poucas as faculdades de medicina no país que reconhecem a homeopatia como especialidade médica. A maior parte dos cursos de medicina (sobretudo os das universidades públicas e particulares de ponta) não reconhecem esta modalidade e nem a introduzem em suas ementas. Entre as poucas universidades que permitem o ensino de tais práticas, a maioria deixa a critério dos alunos a opção entre estudá-las ou não, ao definirem as disciplinas relacionadas ao método como eletivas.[24][25]
  • Espanha: a homeopatia é reconhecida como especialidade médica, sendo ensinada nas universidades de Sevilha, Valladolid, Múrcia, Barcelona, Bilbao e Málaga.
  • EUA: depois de ter sido popular no começo do século XX e ter declinado, a homeopatia ressurge, com escolas de formação em vários estados. Na década de '80 havia cerca de 1000 médicos homeopatas, e outros três mil profissionais usando homeopatia, inclusive dentistas, veterinários e psicólogos.
  • França: a homeopatia segue as regras estabelecidas por Philippe de Lyon, que só aceita as potências até CH30. Estes medicamentos, prescritos por médicos, são reembolsados pelo sistema público de saúde. Quase todas as farmácias francesas vendem medicamentos homeopáticos.
  • Índia: há mais de 120 escolas de homeopatia, ligadas a universidades e a hospitais, das quais 19 são mantidas pelo governo.
  • Países Baixos: a homeopatia não tem reconhecimento oficial, mas uma lei de 1996 garante o direito de cada pessoa escolher entre o tratamento pela medicina oficial ou por outra forma de terapia.
  • Portugal: a Ordem dos Médicos não reconhece a homeopatia como especialidade médica. No entanto, existem duas associações, uma em Lisboa (SPH) e outra no Porto (SPMH), que aceitam apenas médicos como membros. As farmácias em Portugal vendem medicamentos homeopáticos com autorização do Infarmed.
  • Reino Unido: a homeopatia é legalizada como prática médica. Um ato do parlamento britânico de 1950 (Ato da Faculdade de Homeopatia) reuniu as leis e regulamentos sobre a prática da homeopatia.
  • República Checa: há cerca de mil médicos homeopatas clássicos, que não receitam apenas remédios homeopáticos porque as companhias de seguro não cobrem os gastos.
  • Romênia: a homeopatia foi legalizada em 1969, e é exercida apenas por médicos. Há cerca de setecentos homeopatas no país.

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