Fase 1: Negação. A negação funciona como uma defesa psicológica, e pode ser consciente ou inconsciente. Com o passar do tempo, a vítima da traição tende aceitar a real situação.
O "affair" de um parceiro com uma terceira pessoa é um dos
desafios mais difíceis de superar na vida amorosa. Mas há formas de
recuperar a relação, se o casal trabalhar unido para isso. É realmente
possível superar a traição? Um casal pode mesmo recuperar o romance,
depois que um dos dois, e às vezes ambos, tenha se entregado
sentimentalmente a uma terceira pessoa? Pode o amor superar tão árduo
desafio?
Fase 2: Raiva. Após reconhecer que a traição existiu, é provavel que a pessoa sinta ódio de seu companheiro
Fase 3: Negociação. A terceira etapa envolve a esperança de que o fim do relacionamento não seja uma sentença. Nessa hora, argumentos como filhos e família podem pesar muito
Fase 4: Depressão. Lembre-se que sentir-se triste e
deprimido faz parte do processo de cura, e mostra que você começou a
aceitar a traição como realidade
Fase 5: Aceitação. Esta fase varia de pessoa para pessoa.
Você percebe que sua vida vai continuar, e você pode fazer o melhor
possível para o seu bem-estar
Como lidar com a infidelidade?: após o choque da
descoberta, o Your Tango recomenda que não se procure mais provas da
traição. Ainda, escrever sobre suas frustrações e máhoas é uma boa forma
de lidar com os sentimentos confusos. Além disso, os conselheiros
recomendam reservar um tempo só para você, evitando preocupações e, até
mesmo, novos relacionamentos. Apoio dos amigos e manter momentaneamente a
distância do parceiro também são aconselhadas
Depoimentos
Para Allan Pease, especialista em comunicação, linguagem corporal e relações pessoais, um namoro pode se recuperar de uma infidelidade, se houver atitudes decididas para isso e se os parceiros se dedicarem, e claro, desde que o amor e a atração entre os dois continuem vivos.
Segundo Sara, 37 anos, a paixão lhe bateu à porta há alguns anos de forma intensa por um homem. "Minha vida virou de pernas para o ar. Fiz e tolerei coisas que superaram meus próprios limites. Fui além do que me considerava capaz. Após alguns meses de romance, o conflito entre o que restava do meu casamento e o que a nova relação me oferecia superou a mim mesma. Meu marido, finalmente, me abandonou...", disse.
Luis, 52 anos, também foi traído, embora tenha pagado com a mesma moeda. "Traí minha mulher depois que ela teve um caso com um colega de trabalho. Entendo que nossa relação não estivesse bem, que tivesse perdido o brilho de outras épocas e que eu não dava a ela o que ela precisava. Mas mesmo assim me enchi de raiva. Não podia suportar que ela estivesse com outro. Tive casos com várias mulheres por despeito, por vingança", afirmou.
Os dois testemunhos mostram o complexo estado psicológico e emocional, carregado de rancor, incerteza e ansiedade, que costuma caracterizar as infidelidades, e o difícil ponto de partida que representa para recuperar uma relação que já foi feliz, mas que no momento parece perdida e repleta de desconfiança.
Conversar, antes de tudo
Segundo Pease, autor do livro Por que os Homens fazem sexo e as Mulheres fazem amor?, um dos fatores imprescindíveis para iniciar uma segunda vida na relação é a comunicação do casal.
"Quando não se fala do que aconteceu e de por que aconteceu, jamais será possível seguir adiante. Não se deve ter medo de perguntar, embora saibamos que não vamos gostar da resposta. Essas respostas são a única coisa que pode destravar o futuro", explica o especialista.
Segundo Pease, é preciso que o casal fale abertamente sobre o assunto. "Se houve uma traição, deve-se admiti-lo e deixar claro que se quer salvar a relação. Pode ser que as consequências nos assustem, mas, muitas vezes após uma infidelidade, tudo pode começar a se ajeitar". E completou: "uma relação amorosa com alguém alheio ao casal representa um golpe forte o bastante para que os integrantes do casal parem para refletir, examinar a si próprios e melhorar".
Ainda de acordo com Pease - que faz parceria tanto no amor quanto na profissão com Pamela Pease -, já que os dois são especializados justamente em pesquisar a comunicação entre homens e mulheres, "é preciso evitar culpar nosso companheiro(a) pelo que fizemos ou deixamos de fazer, já que essa atitude não ajuda a esclarecer e a solucionar os problemas que levariam à traição".
Também não se pode tomar decisões precipitadas, pois, segundo ele, "é recomendável deixar passar um tempo depois do caso para compartilhar o que aconteceu com nosso parceiro". Isso permitirá uma análise mais lógica e raciocinada da situação, em vez de julgar de modo imediato e precipitado.
Salvando a relação
Pease também enfatiza que se deve aceitar um certo período de distância, já que, de acordo com ele, a relação que se tinha com o parceiro antes da traição desaparece e não volta jamais. "É inevitável certo sofrimento, mas depois do 'luto' surgirá outra relação diferente, que pode até mesmo chegar a ser mais profunda, segura e melhor que a original, se houver sinceridade das duas partes", disse.
Após um caso de traição longamente discutido e bem resolvido, o vínculo que surge entre o casal pode melhorar, não só porque os dois superaram juntos o episódio, mas também porque passam a se conhecer melhor do que antes, assinalou.
O especialista aconselha a fazer uma lista do que é preciso mudar ou priorizar para regular a relação. Para ele, é surpreendente comprovar como as propostas desta lista podem ser simples e diretas e o como é difícil entender por que elas não foram feitas antes da crise.
Dois requisitos fundamentais para superar a traição, segundo Pease, são promover a flexibilidade e "abandonar o próprio ego para se colocar no lugar da outra pessoa, compreender seu sofrimento, estender-lhe a mão e abrir-lhe o coração". E emendou: "quando cada um dos membros do casal trabalha suas respectivas responsabilidades, e quando as duas partes têm um arrependimento sincero, surge uma autocrítica. Evitam-se os sentimentos de culpa e então é possível fazer o que deve ser feito para solucionar o problema e salvar a relação após uma infidelidade".
Fase 3: Negociação. A terceira etapa envolve a esperança de que o fim do relacionamento não seja uma sentença. Nessa hora, argumentos como filhos e família podem pesar muito
Depoimentos
Para Allan Pease, especialista em comunicação, linguagem corporal e relações pessoais, um namoro pode se recuperar de uma infidelidade, se houver atitudes decididas para isso e se os parceiros se dedicarem, e claro, desde que o amor e a atração entre os dois continuem vivos.
Segundo Sara, 37 anos, a paixão lhe bateu à porta há alguns anos de forma intensa por um homem. "Minha vida virou de pernas para o ar. Fiz e tolerei coisas que superaram meus próprios limites. Fui além do que me considerava capaz. Após alguns meses de romance, o conflito entre o que restava do meu casamento e o que a nova relação me oferecia superou a mim mesma. Meu marido, finalmente, me abandonou...", disse.
Luis, 52 anos, também foi traído, embora tenha pagado com a mesma moeda. "Traí minha mulher depois que ela teve um caso com um colega de trabalho. Entendo que nossa relação não estivesse bem, que tivesse perdido o brilho de outras épocas e que eu não dava a ela o que ela precisava. Mas mesmo assim me enchi de raiva. Não podia suportar que ela estivesse com outro. Tive casos com várias mulheres por despeito, por vingança", afirmou.
Os dois testemunhos mostram o complexo estado psicológico e emocional, carregado de rancor, incerteza e ansiedade, que costuma caracterizar as infidelidades, e o difícil ponto de partida que representa para recuperar uma relação que já foi feliz, mas que no momento parece perdida e repleta de desconfiança.
Conversar, antes de tudo
Segundo Pease, autor do livro Por que os Homens fazem sexo e as Mulheres fazem amor?, um dos fatores imprescindíveis para iniciar uma segunda vida na relação é a comunicação do casal.
"Quando não se fala do que aconteceu e de por que aconteceu, jamais será possível seguir adiante. Não se deve ter medo de perguntar, embora saibamos que não vamos gostar da resposta. Essas respostas são a única coisa que pode destravar o futuro", explica o especialista.
Segundo Pease, é preciso que o casal fale abertamente sobre o assunto. "Se houve uma traição, deve-se admiti-lo e deixar claro que se quer salvar a relação. Pode ser que as consequências nos assustem, mas, muitas vezes após uma infidelidade, tudo pode começar a se ajeitar". E completou: "uma relação amorosa com alguém alheio ao casal representa um golpe forte o bastante para que os integrantes do casal parem para refletir, examinar a si próprios e melhorar".
Ainda de acordo com Pease - que faz parceria tanto no amor quanto na profissão com Pamela Pease -, já que os dois são especializados justamente em pesquisar a comunicação entre homens e mulheres, "é preciso evitar culpar nosso companheiro(a) pelo que fizemos ou deixamos de fazer, já que essa atitude não ajuda a esclarecer e a solucionar os problemas que levariam à traição".
Também não se pode tomar decisões precipitadas, pois, segundo ele, "é recomendável deixar passar um tempo depois do caso para compartilhar o que aconteceu com nosso parceiro". Isso permitirá uma análise mais lógica e raciocinada da situação, em vez de julgar de modo imediato e precipitado.
Salvando a relação
Pease também enfatiza que se deve aceitar um certo período de distância, já que, de acordo com ele, a relação que se tinha com o parceiro antes da traição desaparece e não volta jamais. "É inevitável certo sofrimento, mas depois do 'luto' surgirá outra relação diferente, que pode até mesmo chegar a ser mais profunda, segura e melhor que a original, se houver sinceridade das duas partes", disse.
Após um caso de traição longamente discutido e bem resolvido, o vínculo que surge entre o casal pode melhorar, não só porque os dois superaram juntos o episódio, mas também porque passam a se conhecer melhor do que antes, assinalou.
O especialista aconselha a fazer uma lista do que é preciso mudar ou priorizar para regular a relação. Para ele, é surpreendente comprovar como as propostas desta lista podem ser simples e diretas e o como é difícil entender por que elas não foram feitas antes da crise.
Dois requisitos fundamentais para superar a traição, segundo Pease, são promover a flexibilidade e "abandonar o próprio ego para se colocar no lugar da outra pessoa, compreender seu sofrimento, estender-lhe a mão e abrir-lhe o coração". E emendou: "quando cada um dos membros do casal trabalha suas respectivas responsabilidades, e quando as duas partes têm um arrependimento sincero, surge uma autocrítica. Evitam-se os sentimentos de culpa e então é possível fazer o que deve ser feito para solucionar o problema e salvar a relação após uma infidelidade".
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