Qual é a melhor meia elástica?
Qual
o melhor tipo de meia elástica para suavizar o cansaço nas pernas devido às
varizes?
Qual
o melhor tratamento cirúrgico de varizes?
Estas
são algumas das questões respondidas pela Sociedade Brasileira de Angiologia e
de Cirurgia Vascular (SBACV) em uma nova orientação divulgada para os médicos
de todo o país
As
orientações são fruto de dois anos de estudos, com o auxílio de 142
especialistas.
Meia
elástica compressiva
O
primeiro guia confirma o benefício do uso
das meias compressivas - também conhecidas como meias medicinais - no
tratamento das varizes e institui as regras de como prescrevê-las com segurança.
A
meia elástica compressiva ajuda no retorno do sangue ao coração. É altamente indicada para pessoas que têm varizes e
ao final do dia ficam com dor e inchaço nas pernas. Em viagens longas é
fundamental para proporcionar alívio.
"Três
questões são fundamentais na hora de se prescrever a meia elástica. É preciso
saber qual a compressão exata de que o paciente necessita
- ela varia de 10 mmHg a 60 mmHg -, qual o melhor modelo (3/4, 7/8, meia tipo
calça), e qual o tamanho da perna (P, M ou G)", explica o cirurgião
vascular Marcondes Figueiredo.
Não
pegue meia emprestada
De
acordo com Figueiredo, o uso da meia elástica é importante para evitar dores no
fim do dia, mas a técnica não evita o aparecimento das varizes.
"A
meia simplesmente diminui a dor e o edema (inchaço) daquelas pessoas que têm insuficiência
venosa ou linfática. A pessoa não terá menos varizes se usar a meia, mas sim
ganhará qualidade de vida, pois não sentirá tanta dor ao final do dia",
explica.
O
médico alerta que comprar uma meia sem saber exatamente qual é a melhor no seu
caso pode trazer problemas.
"O
que acontece muito e é errado, é pegar uma meia emprestada para usar. Cada
pessoa terá a prescrição para uso de uma meia em específico. O que pode
acontecer é você não se adaptar à meia da outra pessoa e achar que a meia é
ruim de se usar," afirma.
Cirurgias
de varizes
A segunda diretriz discorre sobre os
tipos de procedimento: conservador, cirúrgico e endovascular.
Os
médicos fazem uma comparação da qualidade de vida do paciente após os diversos
tipos de tratamento: medicamentoso, cirurgia aberta, radiofrequência
endovascular, laser e escleroterapia com espuma.
Depois
de comparar a cirurgia aberta com os tratamentos mais recentes - como a
radiofrequência endovascular, o laser e a escleroterapia com espuma - os
especialistas concluíram que os procedimentos menos invasivos proporcionam um
retorno às atividades habituais mais cedo.
Contudo,
ainda não há estudos comparativos sobre a qualidade de vida a longo prazo (após
3 a 5 anos do procedimento).
Fonte: Diário da Saúde
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