Durante a gravidez, a alimentação é uma das grandes preocupações das gestantes, especialmente pela dúvida se irá ou não interferir no peso do bebê. Há, inclusive, aquelas que comem muito, com a justificativa de que, assim, estão fortalecendo o filho que esperam. A ginecologista e obstetra Karina Zulli, do Hospital e Maternidade Rede D’Or São Luiz, diz que tudo não passa de um mito. “É muito frequente esta colocação, mas absolutamente errada. O peso do bebê depende da genética já herdada por ele. Mulheres que comem muito e ganham peso de forma significativa na gestação, podem expor-se a diabetes gestacional, o que eventualmente até leva a um aumento de peso do bebê, mas que não é considerado benigno para ele, e sim um risco”, afirma.
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Outro mito no qual muitas pessoas também ainda acreditam é que mães que comem muito durante a gravidez tendem a ter filhos obesos no futuro, mesmo que não nasçam gordinhos. A médica explica que o que acontece é que as mães que desenvolvem diabetes gestacional tiveram não apenas a tendência genética, mas também um ganho de peso além do ideal (que é de 8 a 12 kg para gestação única). “Considerando poder genético do desenvolvimento do diabetes, assim como a irregularidade da mãe na quantidade de alimentação consumida, é natural que os mesmo hábitos pouco saudáveis e a pré-disposição genética sejam transmitidos às crianças”.
Para evitar qualquer tipo de problema, o ideal é que a gestante mantenha uma alimentação balanceada, com uma dieta rica em vitaminas e com equilíbrio de carboidratos, gorduras e proteínas. Não existe alimento próprio indicado ou contra-indicado, todos podem ser consumidos, respeitando o paladar de cada pessoa. “Quanto mais saudável a alimentação, melhor para a mãe e, consequentemente, para o bebê que está sendo gerado dentro de um ambiente nutritivo rico”, explica.
A relação entre a alimentação e a produção de leite da gestante é outro ponto esclarecido pela médica. “Do ponto de vista fisiológico e genético, cada mulher produz uma determinada quantidade de leite, que também depende do tamanho das mamas. Portanto, há mulheres que conseguem ter leite em abundância, enquanto outras sofrem. A alimentação não tem impacto na produção e qualidade”, explica.
Passada a fase da amamentação, que deve ser exclusiva enquanto a mãe estiver tendo a quantidade ideal de leite para que o bebê cresça e se desenvolva, outros alimentos devem ser oferecidos às crianças, sempre buscando os mais saudáveis, mas sem insistir que ela coma quando não se há mais vontade. “Isso pode quebrar o entendimento da saciedade e, com isso, favorecer o ganho de peso excessivo.
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