3.19.2013

PÁSCOA PARA QUEM TEM INTOLERÂNCIA À LACTOSE


Páscoa para quem tem intolerância à lactose
Epecialista fala sobre o problema e discute sobre as opções oferecidas pelo mercado para que ninguém deixe de celebrar a Páscoa!

Imagine se você não pudesse comer chocolate? Como seria a sua Páscoa? Para quem sofre de intolerância à lactose, esta realidade é vivida diariamente e sentida com mais intensidade durante esta época do ano. Mas, será que com tanta tecnologia, o mercado ainda não conseguiu se adaptar a este público?

Segundo a gastroenterologista Dra. Fernanda Andrade de Oliveira, do Hospital Santa Luzia (DF), “para essas pessoas, recomenda-se os chocolates sem lactose, como os produtos puros, apenas com cacau, ou os chocolates feitos com soja”, que já são vendidos em mercados e lojas especializadas.

De acordo com a especialista, a intolerância à lactose não é uma doença e sim um processo que se desenvolve pela insuficiência ou deficiência da enzima lactase. A enzima é responsável por “quebrar” a lactose em carboidratos mais simples, durante a digestão.

Para as pessoas que tem intolerância à substância, após a ingestão, ela causa irritação, cólica, flatulência, distensão abdominal e até diarreia, podendo se manifestar apenas algumas horas depois.

“O grau de intolerância tem variação, algumas pessoas suportam uma quantidade maior de lactose. Já para as pessoas com pouca tolerância, há cápsulas ou comprimidos com lactase. O segredo é ingerir essas cápsulas antes de ingerir alimentos com lactose”, explica.

Diferentemente do que muitos imaginam, intolerância e alergia são coisas distintas, com sintomas e tratamentos diferentes, por isso é importante buscar o diagnóstico correto. No caso da alergia à lactose, ela se manifesta normalmente na infância e afeta o sistema imunológico, o trato digestivo e outros órgãos, como a pele.

De acordo a especialista, o corpo de quem tem alergia é sensibilizado quando entra em contato com a proteína do leite, quando se inicia uma reação alérgica. Entre os sintomas mais comuns estão vômito, diarreia, sangramento nas fezes, reações cutâneas, urticária e, mais raramente, queda de pressão, sensação de dor abdominal e perda de ar, que podem se manifestar imediatamente após a ingestão.

O diagnóstico é feito por meio de exames, entre eles os testes de tolerância à lactose e do PH das fezes. Já o tratamento deve ter acompanhamento médico e, em muitos casos, é necessária a diminuição ou remoção dos alimentos que contém lactose. O consumo de alimentos com lactose pode ser vetado totalmente, para que o organismo comece a produzir a lactase.

“Após um período sem consumir a substância, é aconselhado reintroduzir os alimentos derivados do leite para controlar a intolerância, porém o tratamento é realizado de acordo com o grau de cada paciente”, conclui. O essencial é que a pessoa vá ao médico e entenda seu caso, para não correr riscos de ficar com deficiência de determinado alimento sem a real necessidade.

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