Especialistas de todo o mundo estudam a cepa que surgiu na China.
Doença já matou 22 pessoas, entre 108 infectadas.
Usando máscara, mulher passa por cartaz com orientações contra a transmissão do vírus H7N9, em Pequim (Foto: Wang Zhao/AFP)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou nesta quarta-feira (24)
que a nova cepa da gripe aviária, que já matou 22 pessoas na China, é
dos tipos "mais letais". Ainda segundo um especialista ligado ao órgão
da ONU, o vírus é transmitido mais facilmente aos seres humanos do que a
outra variação da gripe aviária que matou centenas de pessoas desde
2003.A gripe H7N9 já infectou 108 pessoas na China desde que foi detectado pela primeira vez em março, de acordo com a OMS, organismo da ONU com sede em Genebra.
Embora não esteja claro exatamente como as pessoas estão sendo infectadas, os especialistas dizem que não veem nenhuma evidência até agora do cenário mais preocupante: a transmissão sustentada entre pessoas.
Uma equipe internacional de cientistas liderada pela OMS e pelo governo chinês realizou uma investigação de cinco dias na China, mas informou que não está mais perto de determinar se o vírus pode se tornar transmissível entre humanos.
"A situação continua complexa e difícil, e evoluindo", disse o diretor-geral assistente para segurança em saúde da OMS, Keiji Fukuda.
Vírus H7N9 é um dos mais fatais da história, segundo a OMS
De 108 pessoas infectadas, 22 morreram, a maioria idosos
AFPNo total, 108 pessoas foram infectadas por este vírus, 22 das quais morreram, em sua maioria idosos.
"É, sem dúvida, um dos vírus mais fatais que já conhecemos até o momento", declarou este funcionário, Keiji Fukuda, em uma coletiva de imprensa em Pequim.
"Pensamos que este vírus (H7N9) é mais facilmente transmissível ao homem que o H5N1", acrescentou Fukuda, classificando-o de excepcionalmente perigoso.
"Estamos apenas no início da compreensão" deste vírus, disse, acrescentando que as aves são "as prováveis fontes de infecção".
Pela primeira vez, um caso foi confirmado nesta quarta-feira fora da China continental, em Taiwan, em um homem que retornou de Suzhou (China), onde trabalhava. Outros casos já foram apontados nesta cidade da província de Jiangsu (leste).
Atualmente, "nenhuma forma duradoura de transmissão entre humanos foi constatada", reiteraram os investigadores da OMS em um comunicado.
"O que continua sendo incerto é se este vírus pode adquirir a capacidade de ser transmitido entre humanos", acrescentaram. Casos de infecções no seio de uma mesma família foram apontados.
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