POR Leandro Souto Maior
Rio -
Pole dance ao ar livre fez muita gente virar a cabeça neste domingo — e não foram só as atletas da Federação Brasileira.
Para apresentar o primeiro Campeonato Pan-americano da modalidade, meninas desafiaram as leis da física no Aterro do Flamengo, na Lagoa e na Praia de Copacabana.
As atletas deixaram muito marmanjo de torcicolo na performance em postes (não os de luz, mas os de placas, de metal e mais finos) realizando acrobacias e esbanjando saúde.
No torneio, meninas têm de cumprir movimentos à risca e não podem nem pensar em cair do poste | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
“O pole fitness, como preferimos chamar, está crescendo no Brasil. Ano passado, o Rio sediou um campeonato mundial, no qual ficamos em quarto lugar”, atesta a atleta Thais Cortes, 21 anos.
“Na competição, cada uma tem que fazer perfeitamente determinados movimentos, que valem pontos, e não pode cair do mastro”, explica.
Meninas se aquecem na areia | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
“Claro que tem gente que procura a Federação apenas porque quer fazer uma apresentação para o namorado ou marido. Mas muitas outras buscam uma atividade que malha bastante o abdômen ou simplesmente porque gosta de acrobacias”, detalha Thais.
Preconceito ainda marca o esporte
O preconceito incomoda. “Quando contei pro meu pai, ele quase caiu duro”, recorda Thais. “Sempre que digo que faço pole dance, a pessoa faz uma cara que você já sabe tudo o que ela está pensando. A gente não faz de salto alto ou rebolando. Temos disciplina rígida, de controlar a alimentação e acordar às 5h”. O sonho das aletas é ver o pole nas Olimpíadas. “É um longo caminho, mas acho possível”, torce ela.
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