4.22.2013

Atletas de pole dance brilham em competição na praia

POR Leandro Souto Maior
Rio -  Pole dance ao ar livre fez muita gente virar a cabeça neste domingo — e não foram só as atletas da Federação Brasileira.
Para apresentar o primeiro Campeonato Pan-americano da modalidade, meninas desafiaram as leis da física no Aterro do Flamengo, na Lagoa e na Praia de Copacabana.

As atletas deixaram muito marmanjo de torcicolo na performance em postes (não os de luz, mas os de placas, de metal e mais finos) realizando acrobacias e esbanjando saúde.

No torneio, meninas têm de cumprir movimentos à risca e não podem nem pensar em cair do poste | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
No torneio, meninas têm de cumprir movimentos à risca e não podem nem pensar em cair do poste | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
O torneio acontece sexta-feira, sábado e domingo no Centro de Convenções Sulamérica, na Cidade Nova, dentro do evento multiesportivo Arnold Classic Brazil (uma das principais feiras de esportes dos Estados Unidos, criado pelo ator Arnold Schwarznegger).
“O pole fitness, como preferimos chamar, está crescendo no Brasil. Ano passado, o Rio sediou um campeonato mundial, no qual ficamos em quarto lugar”, atesta a atleta Thais Cortes, 21 anos.

“Na competição, cada uma tem que fazer perfeitamente determinados movimentos, que valem pontos, e não pode cair do mastro”, explica.

Meninas se aquecem na areia | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Meninas se aquecem na areia | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Ela conta que o pole dance como modalidade esportiva — ou pole fitness, vá lá — deriva da mais conhecida e popular dança sensual que a mulher faz num poste, em boates.
“Claro que tem gente que procura a Federação apenas porque quer fazer uma apresentação para o namorado ou marido. Mas muitas outras buscam uma atividade que malha bastante o abdômen ou simplesmente porque gosta de acrobacias”, detalha Thais.

Preconceito ainda marca o esporte
O preconceito incomoda. “Quando contei pro meu pai, ele quase caiu duro”, recorda Thais. “Sempre que digo que faço pole dance, a pessoa faz uma cara que você já sabe tudo o que ela está pensando. A gente não faz de salto alto ou rebolando. Temos disciplina rígida, de controlar a alimentação e acordar às 5h”. O sonho das aletas é ver o pole nas Olimpíadas. “É um longo caminho, mas acho possível”, torce ela.

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