Apenas DF e SP têm índice alto de desenvolvimento em educação
Dados divulgados pelo Pnud mostram que a educação é o indicador com o menor valor absoluto no Brasil
TerraTodos os outros Estados foram considerados com médio ou baixo índice de desenvolvimento na educação, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Pnud. Os piores resultados foram de Maranhão, com índice de 0,562, e de Alagoas, com 0,520. Para medir o índice educacional, são considerados dados de escolaridade da população adulta e a inclusão de crianças e jovens na escola.
Entre os mais de 5,5 mil municípios, apenas cinco foram classificados como de muito alto desenvolvimento em educação: Águas de São Pedro (SP), São Caetano (SP), Santos (SP), Vitória (ES) e Florianópolis (SC). A primeira colocada alcançou um indicador de 0,825. Segundo o Pnud, Águas de São Paulo tem 100% das crianças de 5 e 6 anos frequentando as escolas e 74,64% dos jovens entre 18 e 20 anos possuem o ensino médio completo.
Na ponta oposta está a cidade paraense de Melgaço, com pior índice de desenvolvimento da educação do País: 0,207. No município, que também tem o pior IDHM geral do Brasil, 58,68% das crianças entre 5 e 6 anos frequentam a escola e apenas 5,63% dos jovens entre 18 e 20 anos conta com o ensino médio completo.
Evolução da educação
Apesar das dificuldades, o indicador de educação foi o que mais avançou neste últimos vinte anos. Segundo o Pnud, isso se deve, principalmente, ao aumento do fluxo escolar de crianças e jovens - que cresceu 156% nesse período. De 1991 a 2010 a população adulta com ensino fundamental concluído passou de 30,1% para 54,9%. Crianças de 5 a 6 anos frequentando a escola passou de 37,3% para 91,1%. Jovens de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental passou de 36,8% para 84,9%. Jovens de 15 a 17 anos com fundamental completo passou de 20% para 57,2%.
No entanto, 40% dos jovens nesta faixa ainda não têm fundamental completo. O percentual de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo passou de 13 para 41%, um grande avanço, mas que evidencia que mais de metade deles ainda não concluíram a educação básica ou estão fora da escola.
O IDHM é o resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010. O estudo é dividido em três dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa e saudável (longevidade), ter acesso a conhecimento (educação) e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas (renda). O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.
POSIÇÃO
|
ESTADO
|
IDHM EDUCAÇÃO
|
1º
|
Distrito Federal
|
0,742
|
2º
|
São Paulo
|
0,719
|
3º
|
Santa Catarina
|
0,697
|
4º
|
Rio de Janeiro
|
0,675
|
5º
|
Paraná
|
0,668
|
6º
|
Rio Grande do Sul
|
0,642
|
7º
|
Espírito Santo
|
0,653
|
8º
|
Goiás
|
0,646
|
9º
|
Minas Gerais
|
0,638
|
10º
|
Mato Grosso
|
0,635
|
11º
|
Mato Grosso do Sul
|
0,629
|
12º
|
Amapá
|
0,629
|
13º
|
Roraima
|
0,628
|
14º
|
Tocantins
|
0,624
|
15º
|
Ceará
|
0,615
|
16º
|
Rio Grande do Norte
|
0,597
|
17º
|
Rondônia
|
0,577
|
18º
|
Amazonas
|
0,561
|
19º
|
Pernambuco
|
0,574
|
20º
|
Sergipe
|
0,560
|
21º
|
Acre
|
0,559
|
22º
|
Bahia
|
0,555
|
23º
|
Paraíba
|
0,555
|
24º
|
Piauí
|
0,547
|
25º
|
Pará
|
0,528
|
26º
|
Maranhão
|
0,562
|
27º
|
Alagoas
|
0,520
|
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