BRASÍLIA - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), disse nesta quarta-feira que a Corte não se deixará influenciar
pelas manifestações das ruas no julgamento dos recursos dos 25 réus
condenados no processo do mensalão. A declaração foi dada à imprensa na
entrada do plenário, momentos antes da primeira sessão do semestre. O
presidente do tribunal, ministro Joaquim Barbosa, marcou o início do
julgamento dos recursos para o dia 14.
- Não, isso é um julgamento totalmente técnico - declarou Mendes, diante da pergunta sobre se o STF ouviria a voz das ruas.
O ministro defendeu que o tribunal julgue logo os recursos do mensalão, para poder dar atenção a outros processos importantes.
-
Temos que resolver essa questão. Temos que deixar de ser vinculados,
reféns desse caso, dessa ação penal 470. Precisamos dar continuidade às
nossas vidas. Agora, claro, temos muitas questões importantes pendentes,
como a questão do precatório, não foi ainda resolvida, a questão dos
royalties, e outros, matérias de liminares que não foram submetidas (ao
plenário). Talvez devamos usar os dias até o dia 14 para tentar
agilizar, priorizar essas matérias - explicou.
Mendes afirmou que o
tribunal vai discutir se é possível convocar sessões extras nas
segundas-feiras, como quer propor Barbosa, para acelerar o ritmo do
julgamento. Mendes ponderou que normalmente os ministros usam as
segundas-feiras para elaborar os votos que irão a plenário nas sessões
de quarta e quinta-feira.
- Vamos discutir isso e, se for
conveniente, faremos (sessões nas segundas-feiras). É uma discussão que
se coloca. Tivemos isso em relação ao próprio julgamento e vai depender
do cronograma que se organiza para o julgamento dos embargos de
declaração - disse.
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