8.01.2013

Gilmar Mendes diz que manifestações não vão influenciar recursos do mensalão, mas está com as calças na mão, com as descoberta novos desvios no metro de São Paulo, quando ele Presidia a AGU no Governo Fernando Henrique.

BRASÍLIA - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira que a Corte não se deixará influenciar pelas manifestações das ruas no julgamento dos recursos dos 25 réus condenados no processo do mensalão. A declaração foi dada à imprensa na entrada do plenário, momentos antes da primeira sessão do semestre. O presidente do tribunal, ministro Joaquim Barbosa, marcou o início do julgamento dos recursos para o dia 14.
- Não, isso é um julgamento totalmente técnico - declarou Mendes, diante da pergunta sobre se o STF ouviria a voz das ruas.
O ministro defendeu que o tribunal julgue logo os recursos do mensalão, para poder dar atenção a outros processos importantes.
- Temos que resolver essa questão. Temos que deixar de ser vinculados, reféns desse caso, dessa ação penal 470. Precisamos dar continuidade às nossas vidas. Agora, claro, temos muitas questões importantes pendentes, como a questão do precatório, não foi ainda resolvida, a questão dos royalties, e outros, matérias de liminares que não foram submetidas (ao plenário). Talvez devamos usar os dias até o dia 14 para tentar agilizar, priorizar essas matérias - explicou.
Mendes afirmou que o tribunal vai discutir se é possível convocar sessões extras nas segundas-feiras, como quer propor Barbosa, para acelerar o ritmo do julgamento. Mendes ponderou que normalmente os ministros usam as segundas-feiras para elaborar os votos que irão a plenário nas sessões de quarta e quinta-feira.
- Vamos discutir isso e, se for conveniente, faremos (sessões nas segundas-feiras). É uma discussão que se coloca. Tivemos isso em relação ao próprio julgamento e vai depender do cronograma que se organiza para o julgamento dos embargos de declaração - disse.

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