A Medicina Nuclear é uma especialidade médica que utiliza métodos seguros, praticamente indolores, não invasivos e
de relativo baixo custo para fornecer informações que outros exames diagnósticos não conseguiriam, através do
emprego de fontes abertas de radionuclídeos. Habitualmente os materiais radioativos são administrados in vivo, por
via venosa, oral, inalatória ou subcutânea, e apresentam distribuição para órgãos ou tipos celulares específicos,
não havendo risco de reações alérgicas. Esta distribuição pode ser ditada por características do próprio elemento
radioativo. Outras vezes, o mesmo é ligado a um outro grupo químico, formando um radiofármaco, com afinidade por
determinados tecidos.
A radioatividade da maioria dos elementos empregados cai para a metade (meia vida) em questão de horas ou dias e a radiação emitida é do tipo gama, similar aos raios X. O tempo de permanência dos materiais radioativos no corpo do paciente é ainda mais reduzido considerando-se que muitas vezes ocorre eliminação deste pela urina. Tomando como exemplo o tecnécio-99m, isótopo empregado para a marcação da maioria dos radiofármacos, verificamos que sua meia-vida é de apenas 6 horas e emite radiação gama com energia de 140 keV. A dose de radiação dos procedimentos diagnósticos em Medicina Nuclear é, de uma forma geral, similar ou inferior à de outros métodos diagnósticos que empregam raios X.
Nas aplicações diagnósticas, a distribuição do radiofármaco no corpo do paciente é conhecida a partir de imagens bidimensionais (planares) ou tomográficas (SPECT), geradas em um equipamento denominado câmara cintilográfica. A maior ou menor captação dos compostos permite avaliar a função dos tecidos, ao contrário da maioria dos métodos radiológicos que dão maior ênfase na avaliação morfológica dos órgãos. A avaliação funcional realizada pela Medicina Nuclear traz, muitas vezes, informações diagnósticas de forma precoce em diferentes patologias. Essas alterações podem ser detectadas quando ainda não há mudanças significativas na anatomia e mesmo antes dos sintomas aparecerem, conferindo à cintilografia elevada sensibilidade diagnóstica e promovendo melhores chances de tratamento efetivo ao paciente.
Assim, estamos muito acostumados com as imagens anatômicas em exames complementares, que localizam, medem, calculam volumes, avaliam a forma em três dimensões, em cortes tomográficos e que caracterizam estruturalmente os órgãos e as lesões em estudo. Porém, a imagem funcional acrescenta uma informação diferente e o objetivo aqui é outro: conhecer o comportamento metabólico e como está a função do órgão em estudo. Outra vantagem é poder realizar, de uma só vez, exames de corpo inteiro no paciente como, por exemplo, no caso da cintilografia óssea e pesquisas de metástases.
Dentre os exames em Medicina Nuclear hoje disponíveis, incluem-se análises do funcionamento do coração, cérebro, tireóide, rins, fígado e pulmões, avaliação de doenças nos ossos, além do diagnóstico de tumores nos principais órgãos do corpo.
Alguns radioisótopos emitem radiação beta, com maior poder de ionização dos tecidos. Estes materiais também têm sua captação dirigida para tecidos específicos, como no exemplo do iodo-131 captado pela tireóide. Quando administrados em altas atividades, estes isótopos podem ser empregados com finalidade terapêutica (no exemplo citado, o iodo-131 permite a redução seletiva do parênquima glandular em casos de hipertireoidismo ou mesmo o tratamento de metástases do carcinoma bem diferenciado da tireóide). A Medicina Nuclear pode também auxiliar no tratamento de tumores neuroendócrinos e da dor nas metástases ósseas.
A radioatividade da maioria dos elementos empregados cai para a metade (meia vida) em questão de horas ou dias e a radiação emitida é do tipo gama, similar aos raios X. O tempo de permanência dos materiais radioativos no corpo do paciente é ainda mais reduzido considerando-se que muitas vezes ocorre eliminação deste pela urina. Tomando como exemplo o tecnécio-99m, isótopo empregado para a marcação da maioria dos radiofármacos, verificamos que sua meia-vida é de apenas 6 horas e emite radiação gama com energia de 140 keV. A dose de radiação dos procedimentos diagnósticos em Medicina Nuclear é, de uma forma geral, similar ou inferior à de outros métodos diagnósticos que empregam raios X.
Nas aplicações diagnósticas, a distribuição do radiofármaco no corpo do paciente é conhecida a partir de imagens bidimensionais (planares) ou tomográficas (SPECT), geradas em um equipamento denominado câmara cintilográfica. A maior ou menor captação dos compostos permite avaliar a função dos tecidos, ao contrário da maioria dos métodos radiológicos que dão maior ênfase na avaliação morfológica dos órgãos. A avaliação funcional realizada pela Medicina Nuclear traz, muitas vezes, informações diagnósticas de forma precoce em diferentes patologias. Essas alterações podem ser detectadas quando ainda não há mudanças significativas na anatomia e mesmo antes dos sintomas aparecerem, conferindo à cintilografia elevada sensibilidade diagnóstica e promovendo melhores chances de tratamento efetivo ao paciente.
Assim, estamos muito acostumados com as imagens anatômicas em exames complementares, que localizam, medem, calculam volumes, avaliam a forma em três dimensões, em cortes tomográficos e que caracterizam estruturalmente os órgãos e as lesões em estudo. Porém, a imagem funcional acrescenta uma informação diferente e o objetivo aqui é outro: conhecer o comportamento metabólico e como está a função do órgão em estudo. Outra vantagem é poder realizar, de uma só vez, exames de corpo inteiro no paciente como, por exemplo, no caso da cintilografia óssea e pesquisas de metástases.
Dentre os exames em Medicina Nuclear hoje disponíveis, incluem-se análises do funcionamento do coração, cérebro, tireóide, rins, fígado e pulmões, avaliação de doenças nos ossos, além do diagnóstico de tumores nos principais órgãos do corpo.
Alguns radioisótopos emitem radiação beta, com maior poder de ionização dos tecidos. Estes materiais também têm sua captação dirigida para tecidos específicos, como no exemplo do iodo-131 captado pela tireóide. Quando administrados em altas atividades, estes isótopos podem ser empregados com finalidade terapêutica (no exemplo citado, o iodo-131 permite a redução seletiva do parênquima glandular em casos de hipertireoidismo ou mesmo o tratamento de metástases do carcinoma bem diferenciado da tireóide). A Medicina Nuclear pode também auxiliar no tratamento de tumores neuroendócrinos e da dor nas metástases ósseas.
Medicina Nuclear
As informações contidas nesta página são orientações gerais. Elas nunca devem substituir as especificações feitas pelo médico para o seu caso.1. A mamografia dói?
Não. As substâncias empregadas têm baixa radioatividade e, no geral, não provocam efeitos colaterais nos pacientes.
2. O que os exames e pesquisas realizadas pela Medicina Nuclear avaliam e diagnosticam no paciente?
A sua aplicação é muito abrangente e inclui o estudo de diversos sistemas do nosso organismo, como ossos (cintilografia óssea), mama e vulva (linfonodo sentinela e cintilografia mamária), rins, coração, pulmão, cérebro e tireóide, entre outros. É possível, na prática clínica, realizar diagnóstico de tumores e estadiamento de diversos tipos de câncer, além de avaliar resposta a tratamentos, complicações cirúrgicas e aplicar tratamentos.
3. Em que consiste a pesquisa de linfonodo sentinela?
É uma técnica nova empregada para localizar o linfonodo principal do tumor, que utilizada um aparelho portátil de detecção de radiação (gama-probe) que é deslocado para o centro cirúrgico para ajudar o o cirurgião na sua retirada. O estudo desse linfonodo pode evitar o esvaziamento axilar em até 80% das pacientes com câncer de mama em estágios iniciais, reduzindo o tempo de cirurgia e tornando o ato cirúrgico menos agressivo.
4. Em quais casos a Medicina Nuclear é empregada como tratamento?
Em alguns casos são usadas substâncias radioativas para tratamento, como o Samário 153 para dor óssea e o Iodo 131 para hipertireoidismo.
5. Quais os tipos de exames realizados na Medicina Nuclear?
Cintilografia do miocárdio: estuda o fluxo sanguíneo nas artérias coronárias e mede a função cardíaca simultaneamente.
Cintilografia óssea: avalia lesões ósseas, fraturas, tumores ou dor óssea sem causa desconhecida.
Cintilografia da tireóide: avalia a função e captação e mostra a estrutura da glândula.
Cintilografia renal: avalia as funções dos rins e vias urinárias.
Cintilografia pulmonar: avalia a ventilação e a perfusão sangüínea pulmonar, assim como determinação de presença de trombos.
Cintilografia hepatobiliar: determina as funções do fígado e vesícula biliar, além da obstrução por cálculos.
Cintilografia para pesquisa de refluxo gastroesofágico: determina a existência, ou não, do refluxo gastroesofágico ou de aspiração pulmonar de maneira rápida e fácil, podendo ser realizado em adultos ou crianças.
6. Como é feito o exame de Medicina Nuclear?
Existe uma variedade de procedimentos na Medicina Nuclear, mas, eles seguem basicamente três passos principais: administração do traçado, obtenção e análises das imagens. Os traçadores geralmente são injetados na veia, mas também podem ser inalados ou ingeridos. Logo passamos para a fase de aquisição de imagens, em que o paciente é posicionado na câmara de cintilação, que será colocada o mais próximo possível da região do corpo a ser examinada. Após o termino do exame, o médico especialista examinará e irá elaborar um laudo médico sobre a situação do paciente.
7. Para que serve a Medicina Nuclear?
Além dos diagnósticos, ela também apresenta aplicações terapêuticas para certas doenças, como, por exemplo, o hipertiroidismo. A Medicina Nuclear é um método seguro, de baixo custo e indolor, que fornece informações que não são possíveis obter por meio de outros métodos. Por serem mais sensíveis, identificam as alterações muito antes de o problema se tornar aparente por outros exames.
8. Quais são os cuidados que devem ser tomados pelo pacientes após o exame de Medicina Nuclear?
O paciente poderá voltar à sua rotina normal e reassumir suas atividades.
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