Em 18 anos, Disque-Denúncia do RJ paga R$ 500 mil em recompensas
Segundo coordenador, programa ajudou a resolver mais de 100 mil casos.
Pessoas denunciam mais por indignação do que por dinheiro, diz órgão.
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Em 18 anos de funcionamento, o Disque-Denúncia do Rio de Janeiro
pagou mais de R$ 500 mil em recompensas por resultados positivos. Ou
seja, denúncias que levaram a prisões de criminosos, apreensão de armas
ou balões e soluções de crimes de repercussão e comoção geral. Pode
parecer pouco para os mais de 100 mil casos solucionados. O coordenador
do programa, Zeca Borges, explica: o que move o denunciante não é a
recompensa, é a indignação — muitos têm medo de buscar o prêmio.
Policiais que prenderam Piná após denúncias
podem ser premiados (Foto: Reprodução)
“A maioria das pessoas denuncia por indignação, chocados com a
desenvoltura dos criminosos, que agem com a certeza de que jamais serão
alcançados pela lei. É por isso que os cidadãos se utilizam do
Disque-Denúncia, para canalizar essa indignação”, disse Borges.
O coordenador também faz de frisar que só paga recompensas e prêmios para ações de investigação e inteligência. Quer dizer, não há compensações para operações policiais e de captura que tenham violência com feridos ou mortos. Nem recompensa para denunciantes e muito menos para policiais. Os policiais, frisa Borges, recebem R$ 500 de prêmio por ações bem sucedidas, que tenham como base as informações passadas pelo Disque-Denúncia e repercussão na mídia.
Segundo Borges, nesses anos todos do programa ficou provado que a recompensa não traz denúncias. O que incentiva a participação da população são as campanhas de divulgação das recompensas, que levantam polêmicas e viram notícias. Ele lembra que tem pessoas também que têm medo de denunciar porque estão próximas dos criminosos. E quando os casos são resolvidos, elas não aparecem para cobrar a recompensa.
A primeira recompensa paga pelo Disque-Denúncia foi pela prisão do traficante Marcinho VP, do Morro Dona Marta, em Botafogo, na Zona Sul da cidade. Ocorreu em 1996, logo depois de o traficante dar entrevistas e “autorizar” a equipe do cantor americano Michael Jackson a filmar um videoclipe na comunidade.
Beira-Mar 'valia' R$ 100 mil
A maior recompensa já oferecida pelo Disque-Denúncia foi de R$ 100 mil pela prisão do traficante Fernandinho Beira-Mar. Mas o criminoso foi preso na Colômbia, e ninguém recebeu o prêmio. O maior valor já pago, segundo Borges, foi para a prisão do criminoso conhecido como Neguinho Dan. O denunciante recebeu R$ 30 mil por revelar detalhes que levaram à prisão do criminoso acusado do assassinato da estudante Ana Carolina, num assalto nas proximidades do Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul.
O coordenador destaca que existem dois tipos de pagamento de recompensa: uma para um alvo ou objetivo definido, como os criminosos procurados pela polícia, e outra para ações que resultam em prisões de criminosos, como é o caso de denúncias sobre baloeiros.
“Denúncias sobre grupos que soltam balões ou de apreensão de armas são as que mais rendem recompensas. Elas não têm um alvo definido e as pessoas são sentem medo”, explicou Borges.
No mês passado, o Disque-Denúncia pagou a primeira recompensa por informações que chegaram pelo WhatsApp. Foram R$ 2 mil reais, que levaram à prisão de um criminoso.
Policiais que prenderam Piná após denúncias
podem ser premiados (Foto: Reprodução)
O coordenador também faz de frisar que só paga recompensas e prêmios para ações de investigação e inteligência. Quer dizer, não há compensações para operações policiais e de captura que tenham violência com feridos ou mortos. Nem recompensa para denunciantes e muito menos para policiais. Os policiais, frisa Borges, recebem R$ 500 de prêmio por ações bem sucedidas, que tenham como base as informações passadas pelo Disque-Denúncia e repercussão na mídia.
Segundo Borges, nesses anos todos do programa ficou provado que a recompensa não traz denúncias. O que incentiva a participação da população são as campanhas de divulgação das recompensas, que levantam polêmicas e viram notícias. Ele lembra que tem pessoas também que têm medo de denunciar porque estão próximas dos criminosos. E quando os casos são resolvidos, elas não aparecem para cobrar a recompensa.
A primeira recompensa paga pelo Disque-Denúncia foi pela prisão do traficante Marcinho VP, do Morro Dona Marta, em Botafogo, na Zona Sul da cidade. Ocorreu em 1996, logo depois de o traficante dar entrevistas e “autorizar” a equipe do cantor americano Michael Jackson a filmar um videoclipe na comunidade.
Beira-Mar 'valia' R$ 100 mil
A maior recompensa já oferecida pelo Disque-Denúncia foi de R$ 100 mil pela prisão do traficante Fernandinho Beira-Mar. Mas o criminoso foi preso na Colômbia, e ninguém recebeu o prêmio. O maior valor já pago, segundo Borges, foi para a prisão do criminoso conhecido como Neguinho Dan. O denunciante recebeu R$ 30 mil por revelar detalhes que levaram à prisão do criminoso acusado do assassinato da estudante Ana Carolina, num assalto nas proximidades do Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul.
O coordenador destaca que existem dois tipos de pagamento de recompensa: uma para um alvo ou objetivo definido, como os criminosos procurados pela polícia, e outra para ações que resultam em prisões de criminosos, como é o caso de denúncias sobre baloeiros.
“Denúncias sobre grupos que soltam balões ou de apreensão de armas são as que mais rendem recompensas. Elas não têm um alvo definido e as pessoas são sentem medo”, explicou Borges.
No mês passado, o Disque-Denúncia pagou a primeira recompensa por informações que chegaram pelo WhatsApp. Foram R$ 2 mil reais, que levaram à prisão de um criminoso.
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