A presidente Dilma
Rousseff, se reuniu na tarde desta quinta-feira (8) com cinco
representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) que ocupam
um terreno em Itaquera, na zona leste de São Paulo, e prometeu
encaixá-los em programas habitacionais do governo federal. A conversa
durou cerca de 15 minutos e aconteceu no heliponto do clube dos
metroviários de São Paulo, no Itaquera.
Dilma esteve na capital paulista para inaugurar obras viárias na região leste da cidade, feitas para a Copa do Mundo de 2014, e para visitar a Arena Corinthians. Por conta da reunião com o MTST, a passagem de Dilma pelo "Itaquerão" atrasou em mais de uma hora.
Segundo uma assessora da presidente, quem vai encaminhar as reivindicações de moradia dos sem-teto daqui para a frente será o Ministério das Cidades.
Famílias da ocupação Copa do Povo prometem resistir à reintegração de posse
As mais de 2,8 mil famílias que ocupam, desde o último sábado (3), o terreno em Itaquera, zona leste paulistana, prometem resistir à ação de reintegração de posse determinada quarta-feira (7) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A liminar, concedida pelo juiz Celso Maziteli Neto, autoriza a expedição de um mandado de despejo, caso eles não deixem o local voluntariamente em 48 horas. O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) disse, por meio de nota, que vai recorrer da decisão em favor da Viver Incorporadora, “por considerá-la injusta e descriteriosa”.
Para o movimento, a medida desconsidera o fato de que a área está abandonada há anos e, portanto, não cumpre função social. O MTST promete não sair da área até que haja negociação para uma solução habitacional digna para as famílias. Em caso de despejo forçado, o movimento promete resistir. “Não queremos outro massacre do Pinheirinho. Nem que a imagem da Copa do Mundo no Brasil seja definitivamente marcada por um conflito violento e massacre de trabalhadores sem-teto”, diz a nota.
A ocupação, que teve início na madrugada de sábado, foi batizada de Copa do Povo, porque fica a apenas 4 quilômetros do estádio do Corinthians, o Itaquerão, que vai sediar a abertura dos jogos. “Escolhemos esse terreno justamente para dialogar com esses contrastes da Copa do Mundo. Bilhões são gastos com o evento e do outro lado temos milhares de pessoas sem moradia”, explicou Josué Rocha, integrante do MTST. Ele destaca que o evento fez com que o preço dos aluguéis duplicasse, aumentando ainda mais o déficit habitacional na região.
O prefeito Fernando Haddad disse, na última segunda-feira (5), que avalia a possibilidade de transformar o terreno em área de interesse social por meio do Plano Diretor, que ainda vai ser votado em segunda discussão na Câmara de Vereadores. A assessoria do vereador Nabil Bonduki, relator do plano, informou que o atual zoneamento define a área como predominantemente industrial. Disse ainda que essa alteração é possível por meio de emenda, mas que é necessária uma análise técnica sobre a viabilidade de um projeto habitacional no local.
A Viver Incorporadora informou, por meio de nota, que o terreno em questão é de sua propriedade e que não existe inadimplência de impostos em relação a essa área.
Com Agência Brasil
Dilma esteve na capital paulista para inaugurar obras viárias na região leste da cidade, feitas para a Copa do Mundo de 2014, e para visitar a Arena Corinthians. Por conta da reunião com o MTST, a passagem de Dilma pelo "Itaquerão" atrasou em mais de uma hora.
Segundo uma assessora da presidente, quem vai encaminhar as reivindicações de moradia dos sem-teto daqui para a frente será o Ministério das Cidades.
Famílias da ocupação Copa do Povo prometem resistir à reintegração de posse
As mais de 2,8 mil famílias que ocupam, desde o último sábado (3), o terreno em Itaquera, zona leste paulistana, prometem resistir à ação de reintegração de posse determinada quarta-feira (7) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A liminar, concedida pelo juiz Celso Maziteli Neto, autoriza a expedição de um mandado de despejo, caso eles não deixem o local voluntariamente em 48 horas. O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) disse, por meio de nota, que vai recorrer da decisão em favor da Viver Incorporadora, “por considerá-la injusta e descriteriosa”.
Para o movimento, a medida desconsidera o fato de que a área está abandonada há anos e, portanto, não cumpre função social. O MTST promete não sair da área até que haja negociação para uma solução habitacional digna para as famílias. Em caso de despejo forçado, o movimento promete resistir. “Não queremos outro massacre do Pinheirinho. Nem que a imagem da Copa do Mundo no Brasil seja definitivamente marcada por um conflito violento e massacre de trabalhadores sem-teto”, diz a nota.
A ocupação, que teve início na madrugada de sábado, foi batizada de Copa do Povo, porque fica a apenas 4 quilômetros do estádio do Corinthians, o Itaquerão, que vai sediar a abertura dos jogos. “Escolhemos esse terreno justamente para dialogar com esses contrastes da Copa do Mundo. Bilhões são gastos com o evento e do outro lado temos milhares de pessoas sem moradia”, explicou Josué Rocha, integrante do MTST. Ele destaca que o evento fez com que o preço dos aluguéis duplicasse, aumentando ainda mais o déficit habitacional na região.
O prefeito Fernando Haddad disse, na última segunda-feira (5), que avalia a possibilidade de transformar o terreno em área de interesse social por meio do Plano Diretor, que ainda vai ser votado em segunda discussão na Câmara de Vereadores. A assessoria do vereador Nabil Bonduki, relator do plano, informou que o atual zoneamento define a área como predominantemente industrial. Disse ainda que essa alteração é possível por meio de emenda, mas que é necessária uma análise técnica sobre a viabilidade de um projeto habitacional no local.
A Viver Incorporadora informou, por meio de nota, que o terreno em questão é de sua propriedade e que não existe inadimplência de impostos em relação a essa área.
Com Agência Brasil
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