Índice subiu 2,15%, a 54.273 pontos; giro financeiro do pregão totalizou R$ 7,26 bilhões
Foto: Divulgação
O principal índice da Bovespa subiu mais de 2% e se
aproximou da máxima de fechamento em 2014 nesta segunda-feira, com
investidores apostando em novas pesquisas eleitorais desfavoráveis para a
presidente Dilma Rousseff.
O Ibovespa subiu 2,15%, a 54.273 pontos, ante máxima de
fechamento no ano de 54.412 pontos em 14 de maio. Nenhum dos 71 ativos
do índice caiu. Apenas Brookfield ficou estável. O giro financeiro do
pregão totalizou R$ 7,26 bilhões. Na sexta-feira, pesquisa do Datafolha
mostrou queda nas intenções de voto em Dilma para a eleição presidencial
de outubro e garantiu ao Ibovespa alta de 3%, a maior em dez semanas.
Investidores apostam em novas baixas para a presidente nas próximas
pesquisas.
"Não tem nenhum boato específico sobre os resultados,
mas os agentes estão tomando posições especulativas sobre uma possível
queda de Dilma ou maior chance de segundo turno", disse o operador
Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management.
O site do Tribunal Superior Eleitoral mostra que
pesquisa do Ibope Inteligência, com abrangência nacional e contratada
pela União dos Vereadores do Estado de São Paulo, tem divulgação
programada para terça-feira. Outra pesquisa, da Vox Opinião e
encomendada pela Editora Confiança, tem divulgação prevista para
quarta-feira.
A ação preferencial da Petrobras subiu 2,2%. Banco do
Brasil ganhou 2,9%, após o Conselho do banco aprovar novo programa de
recompra equivalente a até 3,5% de suas ações em circulação. Por sua
vez, JBS disparou 6,3%, após sua unidade norte-americana Pilgrim's Pride
desistir de oferta pela Hillshire Brands. Recentemente, a ação da
processadora de carnes brasileira recuou, diante do receio de uma guerra
de ofertas entre ela e a Tyson Foods pela Hillshire. A Tyson acabou
levando o controle da fabricante de salsichas norte-americana por
US$ 63 a ação.
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A
distribuidora de energia Eletropaulo teve a maior alta do Ibovespa, de
7,37%, depois que o preço da energia de curto prazo mostrar forte queda
para esta semana, com melhora em previsões de chuvas sobre hidrelétricas
do país em junho, o que favorece as distribuidoras.
Além disso, em relatório divulgado pela manhã o Citi
Research mostrou otimismo com o reajuste tarifário das distribuidoras,
que poderia ficar acima das expectativas do mercado e causar a
reavaliação dos ativos de distribuição. O ciclo de revisão tarifária
deve começar na terça-feira.
"Os resultados finais devem sair no segundo semestre ou
início de 2015, mas esperamos que as ações reajam à proposta inicial
para o WACC (custo médio ponderado de capital) para o setor", afirmaram
os analistas Marcelo Britto e Kaique Vasconcellos. A ação de Energias do
Brasil, que também tem negócios no ramo de distribuição, teve a segunda
maior alta do índice, de 6,7%.
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