6.11.2014

Ativistas são levados à Delegacia de Repressão na manhã desta quarta-feira

Entre eles está Sininho. Ela prestaria depoimento contra major da PM nesta tarde

Policiais da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Informática (DRCI), em continuidade às investigações iniciadas no ano passado, realizaram operação na manhã desta quarta-feira (11) para cumprir 17 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Segundo a assessoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro, 10 pessoas foram levadas à delegacia para serem ouvidas, mas não foram presas. Elisa Quadros, conhecida como Sininho (ligado ao PSOL), Eduarda Castro, Thiago Rocha e um menor estariam entre os que foram levados à DRCI na Cidade da Polícia, no Jacaré, Subúrbio do Rio. Sininho, no entanto, teve depoimento remarcado para sexta-feira, às 11h. A ação acontece na véspera da abertura da Copa do Mundo da Fifa e contou também com apreensão de computadores e mídias em endereços na Barra da Tijuca, Centro, Copacabana, Catete, Bangu, Niterói e Botafogo.
Ainda de acordo com assessoria da Polícia Civil, as ordens judiciais foram cumpridas na casa de pessoas investigadas por participação direta ou indireta em prática de atos violentos durante protestos. A ação é um desdobramento do inquérito da DRCI que, em 4 de setembro do ano passado, prendeu e indiciou três homens por formação de quadrilha e incitação à violência. As investigações continuam em andamento e o inquérito está em segredo de Justiça. A operação contou com o apoio de 13 delegacias especializadas.
Sininho foi levada à Delegacia, mas foi liberada antes de prestar depoimento, que foi remarcado para sexta-feira (13)
Sininho foi levada à Delegacia, mas foi liberada antes de prestar depoimento, que foi remarcado para sexta-feira (13)
Sininho, de acordo com informações da mídia independente, foi uma das que tiveram computadores apreendidos em sua casa. Ela teria sido uma das primeiras a ser liberada, sem prestar depoimento, que foi remarcado para a manhã de sexta-feira. Ela prestaria depoimento às 13h30 desta quarta contra o Major Pinto, que responde a processo por constrangimento ilegal junto ao tenente Bruno Ferreira, por tentarem forjar flagrante no dia 30 de setembro do ano passado contra manifestante menor de idade, que chegou a ser levado algemado à delegacia, durante um protesto de professores na Cinelândia. 
Os dois acusados abordaram um manifestante e revistaram sua mochila. Um vídeo feito por uma equipe de reportagem e divulgado em seguida mostra o tenente Bruno Andrade, momentos antes, com um morteiro na mão. O major Pinto se aproxima e dá voz de prisão ao jovem, afirmando que o mesmo portava o artefato. Eles serão os primeiros policiais a responder por abusos cometidos durante os protestos e já foram ouvidos em audiência anterior. O processo corre na Justiça Militar do Tribunal de Justiça do Rio.
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