Italianos torcedores do Fluminense estão com os corações divididos para o histórico amistoso
O Dia
Rio - Verde da esperança, sangue encarnado e
branco da paz e harmonia. A letra do hino do Fluminense traduz a
tradição de grandeza do clube, que arrebatou, graças às suas cores, o
coração dos italianos que adotaram o Rio como residência. Neste domingo,
às 17h30, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, Fluminense e
Itália vão medir forças. Para a Azzurra, um teste para a Copa, para os
tricolores, um jogo que só engrandece ainda mais sua história. E para os
italianos tricolores, o encontro de duas paixões.
Vitório Chianollo, Aldo di Blasi e Salvatore Caruso se dividem entre Fluminense e Itália
Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Para três amigos italianos, moradores
do Leme, será um dia histórico. Vitório Chianollo, 72 anos, Aldo di
Blasi, 76, e Salvatore Caruso, 87, se dividem na hora de torcer.
“Eu vou torcer pelo empate”, disse Salvatore. “Eu não vou torcer contra o Fluminense. Vou
torcer contra a Itália? Não vou mesmo”, emendou Vitório, que mesmo assim
é o único a não ficar em cima do muro: “Vai ser 2 a 1 para o
Fluminense”. LEIA MAIS: Notícias, contratações e bastidores: confira o dia a dia do Fluminense A paixão dos três pelo Fluminense nasceu quando
chegaram ao Rio. Vitório se tornou tricolor logo depois de chegar aqui,
em 1965: “Eu cheguei numa quarta-feira e no domingo o meu primo me
levou nas Laranjeiras. Ele me disse que os italianos daqui torciam pelo
Flu, então não tive outra escolha”. LEIA MAIS: Notícias e bastidores da Copa do Mundo Já Salvatore se tornou tricolor por causa de uma derrota. “Fui ver um jogo com meu tio lá em Campos
Sales, contra o América, e o Fluminense perdeu. Apesar de ficar
chateado, eu resolvi torcer”, revelou Caruso que está no Rio desde 1937. Já Aldo escolheu o Fluminense por causa do Nelson Rodrigues. “O Flu é o melhor e por isso o escolhi, é qualidade de vida”, garantiu ele, que chegou da Itália em 1953.
Nenhum comentário:
Postar um comentário