Cerimônia foi realizada neste domingo e mais de 200 pessoas manifestaram na porta do local
Foto: Ammar Awad / Reuters
O casamento entre uma judia e um muçulmano gerou
protestos na região de Jaffa, em Tel Aviv, neste final de semana. Cerca
de duzentos manifestantes se reuniram neste domingo em frente ao local
onde estava sendo realizada a cerimônia, gritando palavras como “morte
aos árabes”, entre outras.
Dezenas de policiais, incluindo membros da Força de
Elite, fizeram guarda no local. Além dos manifestantes contrários à
realização do casamento, grupos de pessoas se reuniram fazendo um
contraprotesto – levando balões, flores e cartazes dizendo que “o amor
consegue tudo”. A união do casal acontece em meio a conflitos violentos
entre o exército de Israel e o grupo islâmico Hamas.
Quatro manifestantes foram presos, mas ninguém ficou ferido.
Foto: Ammar Awad / Reuters
Maral Malka, 23 anos, e Mahmoud Mansour, 26 anos,
tentaram impedir os protestos através de um pedido oficial realizado por
seu advogado, mas não tiveram sucesso. Apesar da confusão, o noivo
disse ao Canal 2 da TV local que nada atrapalharia o casamento e que
eles “dançariam até o sol nascer”.
Um grupo de extremistas judeu, chamado Lehava, organizou
as manifestações deste domingo, mas tem assediado dezenas de outros
casais formados entre judeus e muçulmanos. Um dos líderes do Lehava
afirmou que casamentos entre judeus e não judeus é “um crime pior do que
fez Hitler”, fazendo referência ao assassinato de seis milhões de
judeus durante o Holocausto, na Segunda Guerra Mundial.
O presidente israelense, Reuven Rivlin , empossado no
mês passado para suceder Shimon Peres, criticou o protesto como um
"motivo de indignação e preocupação" em uma mensagem em sua página no
Facebook.
As informações são da Reuters.
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