O diretor-presidente da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, foi o entrevistado pela reportagem de capa da Revista Época
desta semana. O assunto, óbvio, não poderia ser outro: a morte Eduardo
Campos (PSB), sua substituição pela vice Marina Silva e a reviravolta
nas eleições presidenciais. O especialista diz que o quadro mudou e que
haverá segundo turno em uma disputa entre Marina e Aécio
Neves. Confira trecho da entrevista:
Logo depois de saber da morte de Eduardo Campos, o economista Murilo
Hidalgo, dono do instituto Paraná Pesquisas, foi a campo fazer um
levantamento telefônico com o nome de Marina no lugar de Eduardo. O
resultado dá uma dimensão do tamanho da reviravolta que ela pode
provocar. Como o levantamento não foi registrado, a Justiça Eleitoral
proíbe a divulgação de seus resultados. Eles servem, porém, para balizar
o impacto do ingresso de Marina na disputa pelo Planalto. As respostas
obtidas pelo Paraná Pesquisas sugerem que haverá segundo turno se Marina
entrar. A soma das intenções de voto em Marina e no tucano Aécio Neves é superior ao total obtido pela presidente Dilma Rousseff.
Mais: os números tabulados sugerem que Marina entra no jogo em patamares
próximos aos que tinha em abril, quando estava na segunda colocação da
disputa eleitoral. Tanto a distância dela para Dilma quanto para Aécio
ficam dentro da margem de erro desse levantamento. Marina chegaria a
esse nível capturando o eleitorado fiel a Eduardo Campos, arregimentando
parte do eleitorado até agora contado entre os indecisos e, em menor
grau, roubando um quinhão dos votos de Dilma., não esquecendo que a maioria dos votos da Dilma são votos ideológicos e dificilmente mudam para outro candidato de outra legenda.
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