10.08.2014

Cachorro de espanhola infectada por ebola será morto, dizem autoridades


Governo regional de Madri diz que ação segue 'medidas de biossegurança'.
Assistente de enfermagem foi primeiro caso de transmissão fora da África.



Da Associated Press



 Funcionários de hospital protestam do lado de fora do Hospital Carlos III, em Madri, nesta terça-feira, onde uma assistente de enfermagem contraiu ebola depois de tratar um padre que morreu da doença no mês passado (Foto:  AP Photo/Paul White) 
Funcionários de hospital protestam do lado de fora do Hospital Carlos III, em Madri, nesta terça-feira, onde uma assistente de enfermagem contraiu ebola depois de tratar um padre que morreu da doença no mês passado (Foto: AP Photo/Paul White)

O governo regional de Madri afirmou que vai matar o cachorro de estimação da assistente de enfermagem espanhola que se infectou com o ebola. Autoridades disseram em uma declaração, nesta terça-feira (7), que o conhecimento científico atual indica que há um risco de que o cachorro possa transmitir o vírus mortal para humanos.
A assistente de enfermagem tornou-se o primeiro caso de ebola transmitido fora da África Ocidental, depois que ela cuidou de um padre espanhol em Madri que morreu de ebola no mês passado. Ela e seu marido estão em quarentena.
O governo disse que o cachorro, chamado Excalibur, seria eutanasiado para evitar sofrimento e para seguir medidas de biossegurança que não foram especificadas. Seu corpo será posteriormente incinerado. O governo teve que conseguir um mandado na justiça para fazer a eutanásia, já que a família apresentou objeções.
V2 - Entenda o ebola e suas consequências (Foto: G1)
Autoridades de saúde da Espanha estão investigando como a assistente de enfermagem se infectou. Seu caso alertou para os perigos que os profissionais da saúde enfrentam ao tratar pacientes com ebola. Mais de 370 profissionais da saúde morreram na Libéria, Guiné e Serra Leoa durante esta epidemia da doença.
A mulher, que tem cerca de 40 anos e não teve seu nome divulgado para preservar sua identidade, está sendo tratada com o plasma do sangue de um sobrevivente de ebola.
O marido da assistente de enfermagem não mostrou sinais de ter a doença, mas foi hospitalizado como precaução, disse o médico Francisco Arnalich, chefe de medicina interna no Hospital Carlos III, onde o casal permanece em quarentena.
Uma outra enfermeira que também tratou o padre que morreu em 25 de setembro foi colocada em quarentena depois de ter diarreia, mas ela não apresentou febre. Um engenheiro que chegou da Nigéria também foi posto em quarentena, mas seu primeiro teste para ebola deu negativo.
A assistente de enfermagem infectada saiu de férias no dia seguinte em que o padre Manuel Garcia Viejo morreu de ebola em Madri, no dia 25 de setembro, e começou a se sentir doente no dia 30. Porém, ela não saiu da região de Madri, segundo as autoridades.
Médica norueguesa infectada
Nesta segunda-feira (6), uma médica norueguesa da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) foi contaminada com o vírus ebola em Serra Leoa, onde trabalhava em uma missão humanitária, e seria repatriada a Oslo, informaram a organização e autoridades norueguesas.

"Podemos confirmar, lamentavelmente, que um dos nossos funcionários noruegueses teve positivo o exame de ebola" declarou, no domingo, em Oslo, Anne Cecilie Kaltenborn, secretária-geral do braço norueguês da MSF.
"Trata-se de uma mulher de 30 anos, uma médica norueguesa da MSF", acrescentou a fonte, em declarações à AFP.
Segundo meios de comunicação noruegueses, a médica aparentemente se contaminou em Bo, segunda cidade mais importante de Serra Leoa, mas a MSF não confirmou a informação.
Pouco antes de a notícia ser divulgada, o governo norueguês tinha anunciado que iria, praticamente, dobrar a ajuda na luta contra o ebola, que será de 22,5 milhões de euros.

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