Obesidade pode causar anomalias no coração
Estudo
realizado por pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália,
avaliou o impacto da obesidade na saúde do coração. De acordo com os
pesquisadores, a obesidade causa mudanças na estrutura e tamanho do
coração, além de alterar seu funcionamento e sua função elétrica,
causando a fibrilação atrial (arritmia cardíaca).
A
obesidade causa a expansão do átrio esquerdo e do ventrículo esquerdo,
comprometendo a função cardíaca. O átrio esquerdo é responsável por
receber o sangue rico em oxigênio dos pulmões e enviá-lo para o
ventrículo esquerdo, que bombeia esse sangue para o corpo. “Temos vários
estudos científicos que comprovam os danos que a obesidade causa para a
saúde do coração. Esse novo estudo é bastante relevante e mostra que o
alargamento do átrio esquerdo aumenta o risco de arritmia cardíaca e
fibrilação atrial. A alteração no ventrículo esquerdo faz com que o
coração utilize mais força para conseguir bombear o sangue, podendo
causar insuficiência cardíaca. Ou seja, é mais uma constatação de que o
excesso de peso é bastante nocivo para o coração.” diz o cirurgião
especialista em obesidade, Dr. Roberto Rizzi.
O
estudo diz que os danos no coração, causados pela obesidade, podem ser
revertidos com a perda de peso. Outro estudo, realizado pela
Universidade de Medicina da Geórgia, nos Estados Unidos, avaliou os
benefícios da cirurgia bariátrica, popularmente conhecida como redução
do estômago, nas disfunções cardíacas causadas pela obesidade.
Os
pesquisadores avaliaram 1156 pacientes obesos mórbidos, sendo que 733
pacientes foram submetidos a cirurgia bariátrica e 423 receberam
tratamento clínico da doença. A idade média dos participantes era de 43
anos e o Índice de massa corporal (IMC) era de 47,9 no grupo cirúrgico e
de 45 no grupo clínico.
Após
dois anos, os pacientes foram avaliados novamente e aqueles que foram
submetidos à cirurgia reduziram o IMC em 15,4, enquanto o outro grupo
registrou uma redução de apenas 0,03. “A perda de peso foi associada a
uma estabilização ou reversão parcial das alterações cardíacas, que eram
causadas pela obesidade. Os pacientes que passaram pela cirurgia também
tiveram redução na pressão arterial, colesterol ruim e melhora na
resistência na insulina, controlando também o diabetes tipo II dos
pacientes”, destaca Dr. Rizzi, que é membro titular da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
A
dilatação do átrio esquerdo não alterou nos pacientes operados, porém
continuou evoluindo nos pacientes que foram submetidos ao tratamento
clínico. Nos pacientes cirúrgicos também foram constatadas melhoras no
funcionamento do ventrículo esquerdo e direito. “Esse novo estudo é
maior e mais detalhado que os estudos publicados anteriormente”,
ressalta o presidente da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica, Bruce M. Wolfe, que avaliou o resultado do estudo.
No
início e no final do estudo os pacientes passaram por uma avaliação de
altura, peso, freqüência cardíaca, pressão arterial, glicemia,
colesterol e outros fatores. Os pesquisadores também avaliaram os
movimentos e a estrutura do coração dos pacientes por meio de
ecocardiografia e exames de ultrasom.
A
cirurgia bariátrica é recomendada quando o índice de massa corporal
(IMC) é maior que 40kg/m² em pessoas com idade superior a 18 anos, seja
homem ou mulher. O procedimento pode ser recomendado, ainda, se o IMC
estiver entre 35kg/m² e 40kg/m² e o paciente em questão tiver diabetes,
hipertensão arterial, apnéia do sono, hérnia de disco ou outras doenças
associadas à obesidade. “A cirurgia bariátrica é a última opção para o
paciente que já tentou, sem sucesso, reduzir peso por métodos
tradicionais. O padrão de qualidade da cirurgia é muito alto no Brasil,
temos excelentes equipes e a taxa de mortalidade é muito baixa”,
ressalta Dr. Rizzi.
Fonte: Bagarai
Nos últimos anos o
número de pessoas obesas cresceu em todo mundo e, com elas, vieram os
problemas relacionados ao coração. Sim, a obesidade o afeta diretamente,
sendo uma das grandes responsáveis por doenças cardiovasculares. O
indivíduo obeso desencadeia uma série de alterações chamada de Síndrome
Metabólica. A insulina, responsável pela retirada do excesso de glicose
da corrente sanguínea e deposição de tecidos, passa a ter sua função
diminuída obrigando o pâncreas a aumentar sua excreção, elevando seus
níveis no sangue. "A Síndrome Metabólica é composta por obesidade
central com aumento da circunferência abdominal, aumento de
triglicerídeos, glicemia de jejum, hipertensão arterial e diminuição do
colesterol HDL. A associação desses problemas eleva o risco para doenças
cardiovasculares, maior causa de mortalidade o mundo.", explica Valdir
Lippi Jr, cardiologista credenciado da Paraná Clínicas Planos de Saúde
Empresariais. Os fatores são prejudiciais ao coração e o risco se torna ainda maior quando somados ao sedentarismo, obesidade abdominal central (circunferência abdominal), histórico familiar de diabetes e hipertensão arterial. Acidente vascular cerebral e infarto são algumas das lesões que podem ocorrer. Mas nem tudo está perdido. A reeducação alimentar é fundamental para aqueles que desejam ter uma vida mais saudável. Uma dica para quem deseja emagrecer é procurar ajuda de profissionais. "O paciente deve contar com o auxílio de médicos cardiologistas, endocrinologistas, clínicos, educadores físicos, psicólogos e nutricionistas. A associação entre atividade física e reeducação alimentar é a principal meta para o sucesso do tratamento", pontua Valdir Lippi Jr.
Alimentação balanceada e atividade física supervisionada por um profissional capacitado é a primeira medida a ser adotada para um tratamento de sucesso. O exercício físico ajuda a diminuir o apetite, aumenta a ação da insulina e oferece sensação de bem-estar.
Sobre a Paraná Clínicas Planos de Saúde Empresariais
Há mais de 45 anos no mercado, a Paraná Clínicas Planos de Saúde Empresariais oferece soluções em saúde para seus clientes. Atualmente possui cinco Centros Integrados de Medicina (CIM), que estão localizados nos bairros Batel (única Unidade Infantil de plano de saúde que oferece atendimento exclusivo 24 horas em Curitiba), Água Verde e Cidade Industrial de Curitiba (CIC), além de outros dois nos municípios de Araucária e São José dos Pinhais.
O CIM - Água Verde, por sua vez, possui mais de 80 consultórios médicos, realiza consultas a partir de 35 especialidades médicas e está posicionado como o primeiro empreendimento da capital paranaense a atender 100% das normas da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Já o CIM - CIC, localizado no bairro mais populoso de Curitiba e polo industrial da cidade, foi ampliado em 2013 e, agora, conta com 1.300 m² de área total, com capacidade para realizar consultas médicas eletivas em diversas especialidades e, ainda, de urgência e emergência em clínica geral, ginecologia e pediatria. Outra inovação da Paraná Clínicas é o Hospital Dia, projetado para oferecer o que existe de mais moderno em procedimentos cirúrgicos de baixa-complexidade e que possui 17 leitos. Mais informações em www.paranaclinicas.com.br.
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