Tim Cook, presidente da Apple, diz ter orgulho de ser gay
'Se ouvir que o CEO da Apple é
gay pode ajudar a inspirar as pessoas a insistir em sua igualdade,
então vale a pena trocar isso pela minha privacidade'
O Dia
EUA - O presidente-executivo da Apple, Tim
Cook, assumiu publicamente que é gay em um artigo que escreveu na
revista Businessweek, da Bloomberg, publicado nesta quinta-feira. Cook
nunca havia admitido sua orientação sexual. “Ao longo da minha vida profissional, eu tentei
manter um nível básico de privacidade”, iniciou. “Apple já é uma das
companhias do mundo mais observadas de perto do mundo, e eu gostaria de
manter o foco nos nossos produtos e nas incríveis coisas que nossos
consumidores pretendem com eles.” “Por anos, eu tenho sido aberto com muitas
pessoas sobre a minha orientação sexual. Muitos colegas na Apple sabem
que eu sou gay, e isso não parece fazer diferença no modo como eles me
tratam”, revelou o executivo, que se tornou em 2011 o sucessor de Steve
Jobs, lendário fundador da companhia.
'Tenho orgulho de ser gay, e considero ser gay um dos melhores presentes que Deus me deu', disse Cook
Foto: Reuters
"Deixem-me ser bem claro: Tenho
orgulho de ser gay, e considero ser gay um dos melhores presentes que
Deus me deu", escreveu Cook no artigo.
Além disso o presidente-executivo diz que esta
atitude de revelar publicamente sua opção sexual não é uma escolha
fácil, já que dedica sua vida ao trabalho. “Parte do progresso social é a
compreensão que uma pessoa não é definida apenas por sua sexualidade,
raça ou gênero”. Cook diz que tem "sorte" de ser aceito em sua empresa. “Ser gay me deu uma entendimento mais profundo
do que significa ser minoria e abre uma janela que mostra os desafios
que pessoas de outras minorias têm de enfrentar todo dia”, escreve. No texto, o executivo cita ainda o líder do
movimento negro Martin Luther King (1929-1968) e o ex-senador
norte-americano Robert F. Kennedy (1925-1968) como pessoas que dedicaram
suas vidas em ajudar outras pessoas. E que ele ficava se perguntando o
que poderia fazer pelos outros. “Eu não me considero um ativista, mas eu
percebo quando eu tenho me beneficiado do sacrifício de outros. Então se
ouvir que o CEO da Apple é gay pode ajudar alguém lutando para chegar à
ciência de quem ele ou ela são, ou trazer algum conforto a qualquer um
que se sinta sozinho, ou inspirar as pessoas a insistir em sua
igualdade, então vale a pena trocar isso pela minha privacidade”,
escreve Tim Cook. “Eu não pretendo que o que eu escrevi me
coloque na liga deles [de Martin Luther King e Robert F. Kennedy]. Eu
estou fazendo minha parte, ainda que pequena, para ajudar os outros. Nós
pavimentamos o caminho iluminado pelo sol em busca de justiça juntos,
tijolo por tijolo. Esse é o meu tijolo”, completou. Com informações da Reuters
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