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7.26.2010
O que fazer quando aparece uma nova paixão?
Depois de alguns anos de casamento, parece que a paixão abranda e o relacionamento se sustenta no amor. Por cima do ombro esquerdo, o anjinho sussurra no seu ouvido como é bom ter segurança, família e tranquilidade. Por cima do ombro direito, o diabinho anda melancólico e está com saudade de sentir o coração acelerar dentro do peito, fazendo com que você pense ter 15 anos outra vez. É aí que muitas mulheres casadas voltam a experimentar os calores de uma paixão - não pelo marido, mas por outro homem. O que fazer?
Aos primeiros sintomas de paixão fora do casamento, é comum que o taquicardia venha acompanhado por medo - de magoar, de ser magoado, de perder ou de abrir mão de viver uma coisa muito especial... A comerciante Saski acredita que não devemos julgar ninguém que esteja nessa situação. "Nunca sabemos se iremos passar por isso. Eu sou casada, adoro o meu marido, mas nosso relacionamento na cama não é legal...", confessa, dizendo ainda que sente uma atração muito forte por outro homem. "Sei que se a gente ficasse, seria só sexo. Às vezes tenho vontade de me entregar e ter uma noite de prazer. Mas e se eu me apaixonasse por ele? Seria muito complicado", diz ela que, por medo, prefere não arriscar.
“É uma situação muito complicada: meu marido não me trata mais como antes. Estou carente e me interessei por outra pessoa, que me diz tudo o que quero ouvir”
Muitas mulheres casadas se queixam do comportamento do maridão que não lembra em nada o homem dos tempos de namoro. R.P. estava casada há sete anos e vivendo uma fase difícil do relacionamento, quando conheceu outra pessoa. "Meu então marido começou a me tratar muito mal, só falava comigo gritando e me ofendia de todas as formas. Nesse meio tempo, conheci um homem atencioso, educado, ou seja, maravilhoso. O sentimento foi ficando mais forte da minha parte e ele demonstrava algo também, só que de forma discreta porque ele também era, e ainda é, casado", conta ela, que confessa que pensava nele o dia inteirinho.
R. não agüentou e optou pela separação. "Consegui sair do casamento antes de a traição acontecer, porque não iria conseguir dormir em paz se não fizesse isso. Só de pensar na outra pessoa, eu não transava mais com meu ex-marido e me sentia a pior mulher do mundo", revela, que ainda não realizou seus desejos com a nova paixão. "Hoje a gente ainda está naquela, esperando um dos dois tomar a iniciativa. Mas eu tenho paciência e vou esperar o momento dele também", diz.
D. é casada há três anos e está apaixonada por outra pessoa. "É uma situação muito complicada: meu marido não me trata mais como antes. Estou carente e me interessei por outra pessoa, que me diz tudo o que quero ouvir", revela, cogitando a hipótese da separação. "Estou pensando seriamente em deixar o meu marido, mas dá um certo medo. Se for para largar meu marido, não vai ser para ficar com outro pois tenho medo que aconteça a mesma coisa. Afinal começo de relacionamento é sempre mil maravilhas...", pondera ela, que ainda tem mais uma pessoa em que pensar: o filho. "Estou pesando bem para não magoá-lo. Tenho medo de ser um pouco egoísta e estar pensando apenas em mim", diz.
Segundo a psicóloga Sabrina Dotto Billo, é possível, sim, gostar de duas pessoas ao mesmo tempo. "Todo casamento passa por crises e o caminho saudável é que os casais aproveitem esses momentos para dialogar, refletir e crescer, solidificando o relacionamento. O que acontece é que muitas pessoas usam as dificuldades para justificar a traição, e uma coisa não justifica a outra. Talvez não se sentir responsável por uma traição, já que o relacionamento está em crise, diminua a culpa que quem faz...", explica a psicóloga.
Sabrina sublinha que amor e paixão são sentimentos muito diferentes. "A paixão é uma reação química do nosso organismo e dura de 12 a 36 meses, envolvendo hormônios como dopamina, norepinefrina e feniletilamina. São elas que provocam a aceleração do coração, o rubor da face, a umidade das mão, enfim, aquele ‘frio na barriga'. Já o amor é a construção feita pelo casal e sua duração não tem prazo de validade. Sendo o casamento uma instituição cultural que nos encoraja a formar família, criar os filhos e viver em sociedade, se pressupõe que haja amor", diferencia a psicóloga.
Para quem está casada com um e apaixonada por outro, Sabrina sugere agir com a razão. "É aí que está o nosso diferencial dos outros animais: a racionalidade, a capacidade de pensar e fazer escolhas conscientemente", lembra a psicóloga, acrescentando que se a escolha for continuar casada e a combinação do casal for a monogamia, evitar encontros é um bom começo. "Por exemplo: se o outro é um colega de trabalho e ele a convidar para almoçarem juntos, vale improvisar uma desculpa; se malharem no mesmo horário na academia, vale alterar os horários; enfim, qualquer coisa que nos mantenha afastada da situação em que nossos hormônios contradigam nosso cérebro. Porque se apaixonar pode ser inevitável, mas o comportamento é sempre uma escolha nossa",
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