A razão é que o número de mulheres que tem desenvolvido doenças em decorrência do fumo aumentou.
Um exemplo é o câncer de pulmão que, de 1990 a 2002, passou do quarto para o segundo lugar entre as vítimas fatais de tumores, perdendo apenas para o câncer de mama.
Atualmente, 9,8 milhões de brasileiras são fumantes e das mais de cinco milhões de pessoas que morrem a cada ano pelo uso do tabaco no mundo, cerca de 1,5 milhões são mulheres.
As imagens com mulheres independentes e de bem com a vida mostradas nas propagandas - antes de serem proibidas no Brasil – podem ter levado ao aumento de mulheres fumantes. “O que vemos hoje é o resultado das estratégias estabelecidas pela indústria do tabaco no passado, com o objetivo de seduzir o público feminino”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica – Regional DF, João Nunes.
Os males do cigarro podem ser ainda piores nas mulheres. As fumantes e usuárias de pílulas contraceptivas, por exemplo, têm até 10 vezes mais chances de infartar do que as não-fumantes. O fumo ainda aumenta os riscos de infertilidade, câncer de colo de útero e menopausa precoce, e ainda está ligado à 40% das mortes de mulheres com menos de 65 anos.
Além de consumir a saúde e a beleza, o cigarro ainda consome o dinheiro, MUITO dinheiro. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad 2008), do IBGE, aponta que as cariocas gastam por mês, em média, 12% de um salário mínimo com cigarros industrializados. O cálculo foi feito tendo como base o salário mínimo vigente à época (R$ 415). O gasto foi de menos de 10% no Nordeste do País e chegou a 13,6% na região Centro-Oeste.
O estudo International Tobacco Control (ITC Brasil), que entrevistou mulheres do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, mostra que cerca de 80% das fumantes entrevistadas declararam saber que o dinheiro destinado ao cigarro poderia ser mais bem utilizado.
Ainda que a mulher entenda os malefícios do cigarro e queira parar com o hábito/vício, bate aquela neura: “se eu parar de fumar, vou engordar“. Uma amiga fumante que sabe muito sobre o assunto confessou esse medo em pleno dia de combate ao tabaco. “Em nome do peso, as mulheres seguem colocando em risco a vida”, diz Nunes.
Não é fácil, mas é totalmente possível. Se você tiver força de vontade para parar sozinho (a), esse link dá algumas dicas para não cair em tentação. Ainda tem um teste para verificar sua dependência. Se você precisa de uma ajudinha, há adesivos, acupuntura e medicamentos que podem auxiliar. Sempre com supervisão médica!
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