12.22.2010

Faxina da alma

 (Carlos Drummond de Andrade) 
Não importa onde você parou,  em que momento da vida você cansou.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as   esperanças na vida e, o mais importante, acreditar em você de novo. Sofreu muito  nesse  período? Foi aprendizado. Chorou muito? Foi limpeza da alma.
Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.
Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos.
Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora.
Pois é... agora é hora de reiniciar, de pensar na luz, de encontrar prazer nas coisas simples de novo. Um corte de cabelo arrojado diferente, um novo curso, ou aquele velho desejo de aprender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa. Olha quanto desafio, quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando... Ta  se sentindo sozinho? Besteira, tem tanta gente que você afastou com o seu ‘período de isolamento’.
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu  para ‘chegar’  perto de você. Quando nos trancamos na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos, ficamos horríveis. O mau humor vai comendo nosso fígado,  até a boca fica amarga. Recomeçar...
Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar? Alto? Sonhe alto! Queira o melhor do melhor. Queira coisas boas para a vida. Pensando assim, trazemos prá nós aquilo que desejamos.
Se pensamos pequeno, coisas pequenas teremos. Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor  vai se instalar na nossa vida. E é hoje o dia da faxina mental.
Jogue fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes. Fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados.
Jogue  tudo fora, mas principalmente esvazie seu coração. Fique pronto para a vida, para um novo amor.
Lembre-se, somos apaixonáveis, somos sempre capazes  de amar muitas e muitas vezes, afinal de contas, nós somos o ‘Amor’.
Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.

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