1.28.2011

LIPOASPIRAÇÃO: ESCLAREÇA TODAS AS SUAS DÚVIDAS

Lipoaspiração: esclareça todas as suas dúvidas

Descubra quais os verdadeiros resultados e quando esta técnica deve ser escolhida.

Que atire a primeira pedra quem nunca cogitou a possibilidade de fazer uma lipoaspiração. Afinal, existem algumas gordurinhas que insistem em permanecer no nosso corpo, mesmo depois de muita malhação e uma dieta equilibradíssima. Porém, alguns mitos ainda circulam em torno deste método.

De acordo com a cirurgiã plástica Dra. Débora Cristiam Galvão, Especialista em Cirurgia Plástica e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da International Society Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) – EUA, esta é uma técnica eficiente, mas não milagrosa. Antes de optar pela lipoaspiração, o paciente deve avaliar bem os seus objetivos.

“O principal objetivo da lipoaspiração é eliminar a gordura localizada e promover harmonia corporal. Por isso, este tipo de procedimento estético é indicado quando a pessoa está com excesso de gordura apenas em algumas partes do corpo, como culote e abdome. Se a pessoa tiver excesso de pele e flacidez, além de gordura, ela terá que fazer outro tipo de cirurgia, como a cirurgia plástica de abdome, chamada de abdominoplastia”, explicou a Cirurgiã.

Saiba tudo sobre a lipoaspiração

Lipoaspiração X cirurgia plástica de abdome

Conforme explica a Dra. Débora Galvão, a lipoaspiração trata apenas o tecido celular subcutâneo, retirando a gordura localizada, enquanto que a abdominoplastia tem como foco tratar o músculo, a pele e a gordura, em casos nos quais as regiões do corpo sofrem com flacidez e excesso de pele.

“Este procedimento é indicado, por exemplo, em casos de pessoas que passaram por processos severos de emagrecimento, como nos processos de recuperação de uma cirurgia bariátrica. Se o paciente tiver indicação para fazer abdominoplastia e realizar uma lipoaspiração, ele certamente vai ficar frustrado com o resultado. O excesso de pele pode ficar ainda mais evidente e a pele aparentemente mais flácida. É função do cirurgião fazer a avaliação correta do procedimento mais adequado”, comenta. 


Lipoaspiração: esqueça mini-lipo ou lipo-light

As técnicas conhecidas como mini-lipo e lipo light são nomes criados no mercado para atrair equivocadamente mais clientes. “Estes são apenas nomes diferentes, mas, na verdade, é tudo lipoaspiração e os riscos não são menores. Em minha avaliação, estes nomes banalizam a lipoaspiração e tendem a provocar uma grande confusão na mente das pessoas”, ressalta a médica.

Segundo ela, uma prática comum é a de médicos realizando estes procedimentos, com anestesia local, em pequenas regiões de uma mesma unidade estética do corpo, em várias sessões. “Nesses casos, existem mais riscos de ondulações e assimetrias na pele depois da cirurgia. Na lipoaspiração convencional, a anestesia é geral e a gordura é retirada de forma harmônica das unidades estéticas, como coxas, abdome ou culote, tratadas de uma única vez, respeitando-se e modelando-se o contorno corporal”, esclarece.

Pós-operatório

O uso da cinta cirúrgica após a lipoaspiração é necessário para fazer uma contenção uniforme da pele e não para “modelar” o corpo. “O novo contorno corporal é definido na cirurgia. Se a cinta modelasse o corpo, não seria necessário fazer a lipo. A cinta permite conter o inchaço, deixar a pessoa mais confortável e ajuda na conquista de um resultado mais harmônico. Isso porque cada parte do corpo de recupera num ritmo diferente. Para que se obtenha maior equilíbrio nesta recuperação, a utilização da cinta é indicada por pelo menos um mês, podendo ser substituída por body sem costura depois”, explica.

Segurança

De acordo com a especialista, a lipoaspiração tem os mesmos riscos que qualquer outro ato cirúrgico e precisa ser respeitada como tal. “Para garantir a segurança no procedimento, a pessoa interessada deve procurar um especialista, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Não se deve escolher o médico pelo preço e, além disso, é necessário certificar-se da qualidade e infra-estrutura do local onde o médico opera, dando-se preferência para hospitais de primeira linha”, alerta a médica.

“No Brasil, houve uma banalização da lipoaspiração. Pessoas não qualificadas passaram a fazer esse procedimento, sem os devidos cuidados, tratando-a como se não fosse um ato cirúrgico. Mesmo com o corte quase imperceptível, o paciente precisa entender que ocorreu um trauma importante na região lipoaspirada”, reforça.

 Risco de engordar de novo

Quando uma pessoa se submete a uma lipoaspiração, a quantidade de células de gordura do seu corpo diminui. Ou seja, é como se diminuísse a quantidade de “gavetas” para armazenar a gordura e, com isto, a pessoa se mantém mais magra por algum tempo. Entretanto, a cirurgiã explica que, se o paciente não realizar controle alimentar, com atividade física e dieta saudável, existe sim a possibilidade de voltar a engordar novamente, com o passar do tempo. “O próprio corpo vai criar novas células de gordura para armazenar o excesso de calorias ingerido, então, voltará a engordar”
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