Uma lei que está sendo avaliada pelo departamento de trânsito de Nova York pode proibir que os habitantes da cidade usem qualquer dispositivo eletrônico, entre eles celulares e tocadores de música, ao atravessar a rua. Se aprovada, a legislação pode estabelecer uma multa de 100 dólares e uma ação civil para os infratores.
A intenção é proteger os pedestres dos riscos da distração. Segundo a reportagem do Daily Telegraph, um jovem de 21 anos morreu atropelado por um caminhão em Manhattan no mês passado. Ele escutava música usando fones de ouvido e não escutou a buzina do veículo. Em novembro, publiquei aqui no 7×7 a história de uma grávida que morreu atropelada ao atravessar uma rodovia enquanto enviava uma mensagem de texto pelo celular.
Por causa de acidentes como esses, o número de morte de pedestres aumentou em 2010, depois de cair por quatro anos, de acordo com o relatório da associação americana de segurança nas estradas.
A discussão motivou alguns estados americanos a cogitar leis semelhantes às de Nova York. No Oregon, por exemplo, os ciclistas podem ser proibidos de usar celulares e de ouvir música.
Quem defende a lei diz que ela protege os pedestres da própria distração. Quem a critica afirma que é intromissão demais do Estado na vida das pessoas: não cabe ao indivíduo avaliar o risco que está correndo ao atravessar e falar ao celular ao mesmo tempo? Além do mais, um pedestre distraído causa muito menos dano do que um motorista distraído – por isso, faria sentido impor multa aos motoristas, mas não aos pedestres.
O que você acha: é intromissão ou prevenção?
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