1.28.2011

Cientistas encontram diferenças no cérebro de transexuais

Estudo pode ajudar a descobrir transexualidade antes da puberdade e aumentar sucesso de cirurgias de mudança de sexo

por New Scientist
Editora Globo
Ariadna Thalia, transexual que participou do programa Big Brother Brasil
Pesquisadores da Universidade Nacional de Educação à Distância de Madri encontraram evidências físicas para ajudar crianças que nasceram com um sexo, mas sentem que pertencem ao oposto. Eles encontraram uma maneira de investigar uma região muito pequena do cérebro dos transexuais, que imaginam estar envolvida na percepção de gênero.

Primeiro, eles realizaram ressonância magnética no cérebro de 18 transexuais com corpo de mulher, mas que se sentem homens e compararam à mesma região de 24 homens e 19 mulheres. Os resultados mostraram que mulheres e homens têm diferenças em quatro regiões do cérebro de massa branca. E os transexuais estudados têm estas quatro regiões semelhante aos homens.

Usando a mesma técnica, os pesquisadores compararam 18 transexuais com corpo de homem e que se sentem como mulheres com mais 19 pessoas de cada sexo. Eles descobriram que a estrutura da massa branca destes transexuais estava no meio do caminho entre a dos homens e mulheres avaliados. “O cérebro deles não é completamente masculino ou feminino, mas eles ainda se sentem como mulheres”, disse Antonio Guillamon, um dos cientistas envolvidos no estudo.

Estas diferenças no cérebro podem ajudar a identificar transexuais antes da puberdade. Médicos poderiam usar esta informação para retardar o amadurecimento sexual dessas pessoas e aumentar o sucesso de uma cirurgia de mudança de sexo. Os transexuais poderiam desenvolver as características estudadas no cérebro em idades diferentes.

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