Uso precoce de antibiótico aumenta risco de asma
Bebês que tomam medicamento têm mais chances de desenvovler a doença respiratória na infância
Estudo: recém-nascidos que tomam antibióticos têm mais chances de ter asma no futuro
“É um aumento significativo da incidência do problema”, diz Kari Risnes, autora do estudo e pesquisadora da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, que concluiu o levantamento na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
Pesquisas anteriores já haviam sugerido a relação entre asma e antibióticos. Porém, são consideradas imprecisas, já que eram realizadas com crianças que utilizavam o medicamento para tratar infecções respiratórias - que poderiam ser sintomas precoces da asma.
No novo estudo, os pesquisadores excluíram do levantamento as crianças que haviam sido tratadas por infecções respiratórias. Além disso, foram considerados outros fatores de risco, como histórico de asma na família. “Nós encontramos uma relação particularmente forte entre o uso de antibióticos nos primeiros 6 meses de vida e a asma em crianças que não tinham histórico familiar do problema”, diz Risnes.
A explicação, segundo a pesquisadora, é que o uso de antibióticos pode atuar sobre as bactérias benéficas à saúde que ficam no intestino e ajudam o sistema imunológico dos bebês a se formar. “Nesse caso, as crianças podem se desenvolver com um sistema imunológico ‘imaturo’, o que leva a reações alérgicas”, afirma Risnes. Segundo a pesquisadora, esses resultados são importantes para lembrar médicos e o poder público das consequências do uso indiscriminado de antibióticos.
FOLHA
Nenhum comentário:
Postar um comentário