Rio - Segundo informações do último boletim oficial do Instituto Médico Legal (IML) e da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, a tragédia causada pelas chuvas na Região Serrana já contabilizou 625 mortos. São 284 em Teresópolis, 263 em Nova Friburgo, 55 em Itaipava (distrito de Petrópolis), 19 em Sumidouro e quatro em São José do Vale do Rio Preto.
Voltou a chover forte em Nova Friburgo na tarde deste domingo. Uma barreira caiu na RJ-130, estrada que liga a cidade a Teresópolis, deixando a rodovia em mão única na altura de Córrego Dantas, em Friburgo. A Defesa Civil municipal está pedindo através de comunicados nas rádios e TVs locais para que as pessoas fiquem em áreas seguras e não saiam. Os locais recomendados são o Centro da cidade, o bairro de Olaria e os abrigos.
Foto: Roberto Ferreira / Agência O Dia
Região Serrana do Rio chora pela morte de centenas de pessoas | Foto: Roberto Ferreira / Agência O Dia
Ainda pode chover forte na Região Serrana do Rio, pelo menos até quarta-feira. Segundo o Climatempo, a formação de nuvens carregadas pode levar mais chuva aos municípios atingidos pelo temporal da semana passada. De acordo com o Instituto, como a terra está encharcada e os rios estão com níveis elevados, o risco de novos desmoronamentos e transbordamentos permanece elevado nas próximas 48 horas.
O governo federal divulgou neste domingo um balanço das ações realizadas na Região Serrana. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social (Secom), 586 militares estão na região Serrana auxiliando no socorro às vítimas.
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O Ministério da Defesa deslocou também para o local 12 helicópteros, 74 viaturas, três ambulâncias e duas retroescavadeiras. As Forças Armadas montam ainda um hospital de campanha e disponibilizaram um gerador e uma torre de iluminação para os municípios atingidos.
O Ministério da Saúde enviou à região atingida sete toneladas de medicamentos e insumos, além dos 50 funcionários de hospitais federais no Rio que atuam nos municípios atingidos como voluntários.
Tsunami na Serra: Friburgo tenta resgatar corpos mortos na devastação das chuvas
A Integração Nacional disponibilizou 4.000 barracas de lona para as vítimas, enquanto o Ministério do Desenvolvimento Social encaminhou 8.000 cestas de alimento de alimento para os municípios de Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo e Areal.
Segundo o balanço, há ainda um reforço da Força Nacional de Segurança, que enviou 80 bombeiros, 130 policiais e 15 peritos para a região atingida.
Região Serrana enfrenta a pior catástrofe de sua história
Castigada por um temporal que fez chover em 24 horas mais do que era esperado para todo o mês, a Região Serrana do Rio enfrenta desde a noite da terça-feira 11 de janeiro a pior catástrofe natural do Brasil. Com o número de mortos, desabrigados, desalojados, feridos e desaparecidos, a tragédia já superou o registrado em janeiro do ano passado, em Angra dos Reis e, em abril, na capital e Niterói.
Localidades inteiras foram soterradas por lama no município de Teresópolis. No bairro Caleme, uma represa da Cedae transbordou por causa da tromba d’água, provocando o deslizamento de encostas sobre casas e carros. Em Nova Friburgo, três bombeiros que seguiam para resgatar vítimas quando o carro onde estavam foi soterrado por uma avalanche.
Petrópolis também sofreu devastação em diferentes pontos. O Distrito de Itaipava foi o mais atingido. O soterramento de uma casa na localidade Vale do Cuiabá matou 12 pessoas de uma mesma família. Corpos foram recolhidos por moradores e depositados às margens de um rio à espera de resgate. Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto, também cidades da região, também contabilizam mortos.
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