Com menos impacto e mais sensação de bem-estar, versões do Pilates, Kick Boxing e capoeira para fazer na piscina conquistam os alunos das academias
PROTEÇÃO
Maria Lúcia e Yara (à frente) usufruem os benefícios do kick
boxing aquático sem o alto impacto do solo
Até o kick boxing, definido como luta marcial e também esporte de combate, foi adequado à piscina. “Dá para fazer o trabalho de força e o aeróbico, mas sem suar”, diz a advogada Maria Lúcia Camacho, 54 anos, praticante da atividade na Runner, em São Paulo. Para a sua colega de aula, a socióloga Yara Pinto, 60 anos, mais do que um exercício físico, praticar atividades aquáticas é uma espécie de terapia. “Faço por prazer”, diz.
MULTIUSO
Sylvia (acima) usa a piscina para o treino de
natação e para as aulas de acqua zen. Abaixo, corrida na água
Não faltam explicações científicas para o sucesso das modalidades na água. Uma delas é o fato de a piscina ser um ambiente refrescante, pois a transferência de calor do corpo humano é 25 vezes maior na água do que em solo. O bem-estar é ainda maior porque nos sentimos mais leves quando submersos. “Com água à altura dos ombros, temos uma perda aparente de 90% de nossa massa corporal”, afirma Giovana Mazo, do Centro de Saúde do Esporte da Universidade Estadual de Santa Catarina. O resultado dessa mudança é a redução do impacto sobre as articulações, razão pela qual os movimentos sincopados dentro da piscina ganharam a preferência dos idosos, e mais recentemente, dos obesos.
Mais uma vantagem é a pressão exercida pela água. “Ela promove uma melhora significativa na circulação sanguínea”, garante Jomar Souza, da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Coração e pulmão, por exemplo, ficam mais irrigados – só neste último órgão, o volume de sangue pode dobrar e a saída de oxigênio para a corrente sanguínea é facilitada. Mais oxigênio no sangue permite fazer o exercício com a mesma intensidade e menos sofrimento. Novas pesquisas também estão mostrando que, ao contrário do que se pensava, a hidroginástica pode servir para emagrecer. Segundo o pesquisador Luiz Fernando Kruel, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para que isso ocorra é necessário aumentar a amplitude e o ritmo dos movimentos. Sua conclusão está baseada em um estudo feito com 23 mulheres durante a prática de atividades aquáticas. “Se a pessoa fica parada e faz movimentos curtos, o gasto é maior em solo”, analisa. “Mas se faz exercício com grandes áreas projetadas, ou seja, abre e fecha braços, estica as pernas, queima mais calorias dentro da água”, ensina Kruel. Hora de preparar sua touquinha.
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