CÂNCER DE BOCA ATINGE MAIS DE 14 MIL BRASILEIROS POR ANO
O câncer de boca tem tratamento, mas a prevenção ainda é a melhor alternativa. Saiba mais.
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Ainda de acordo com o Inca, o câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais comum em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. O câncer em outras regiões da boca atinge principalmente as pessoas que fumam e que bebem com frequência. Atividades sexuais também estão entre os fatores de risco.
A doença acomete os pacientes em várias partes do rosto e isso inclui os olhos, bochechas e orelhas. O tratamento é a retirada das áreas atingidas e o implante de próteses e tecidos. Entre os sintomas deste câncer estão: o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana, ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não), manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal, dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de caroço no pescoço.
Com a chegada do verão, é preciso ter muita atenção com os lábios. Para prevenir o câncer de lábio deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção. O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.
Segundo especialistas, a melhor maneira de evitar o câncer de boca é manter uma vida saudável e o autoexame da boca, que pode e deve ser feito diante de um espelho. É fundamental procurar por alguns dos sinais citados acima. Ainda de acordo com especialistas, a taxa de mortalidade do câncer de boca gira em torno de 13%, considerada alta para os padrões da doença. A visita ao dentista deve ser periódica.
Tratamento
Segundo o Inca, a cirurgia e/ou a radioterapia são os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos).
CÂNCER DE LARINGE TEM COMO PRINCIPAL CAUSA O FUMO
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Segundo o oncologista e médico responsável pelo Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, Alessandro Cury Ogata, o fumo é responsável por 95% dos casos de câncer de laringe. O fator de risco aumenta quando o cigarro está associado a bebidas destiladas. “Parar de fumar e de consumir álcool são medidas saudáveis e fundamentais para manter a saúde. Infecções virais da laringe (papilomas) podem ser consideradas outro fator de risco, além da herança genética, o que explicaria o surgimento dessa doença em pacientes não fumantes e jovens”, enfatiza o médico.
Ainda de acordo com o médico, os sintomas são: rouquidão, dificuldade para engolir ou ingerir, dor na garganta, massa cervical, sangramento e até mesmo dores irradiadas para ouvidos nos casos mais avançados. “É importante que o paciente que esteja rouco por mais de 15 dias procure o otorrinolaringologista, cirurgião de cabeça e pescoço ou seu médico de confiança para ser avaliado e, possivelmente, fazer um exame das cordas vocais”, explica.
O tratamento do câncer de laringe é feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Há casos em que existe a necessidade de uma a associação desses tratamentos. A duração do tratamento geralmente dura de três a quatro meses. Segundo o especialista, a retirada parcial ou total da laringe causa a perda da voz ou, no mínimo, a perda da qualidade vocal e a necessidade de desviar a respiração por traqueostomia (abertura cervical temporária ou definitiva para a manutenção da respiração).
“Apesar da perda vocal, os pacientes têm grandes chances de sobrevida, podendo atingir até 90% em cinco anos nos casos descobertos na fase inicial da doença. Mas, o grande desafio da Medicina sempre será a eterna possibilidade de reincidência da doença. Felizmente, sempre haverá a possibilidade de novo tratamento, mesmo nestes casos”, destaca Ogata.
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