O uso dos comprimidinhos já foi associado ao ganho de peso, ao aparecimento de celulite, à diminuição da libido e a diversas outras teorias
Ela é assunto nas rodinhas de amigas, entre mães e filhas, na faculdade, no consultório médico. Desde que passou a fazer parte do universo feminino, na década de 60, a pílula anticoncepcional nunca mais saiu da boca das mulheres - literalmente. A evolução do método andou junto com as novas descobertas da ciência, mas, nesse meio tempo, muitos mitos se propagaram até os dias atuais.
O uso dos comprimidinhos já foi associado ao ganho de peso, ao aparecimento de celulite, à diminuição da libido e a diversas outras teorias. Algumas têm fundamento, enquanto outras não passam de crenças populares.
Quando chegaram ao mercado brasileiro, as pílulas eram compostas por altas dosagens hormonais, segundo explica Karina Zuli, ginecologista do Hospital São Luiz. "Os mitos vêm todos dessa época, porque não se sabia o quanto de hormônio era preciso para bloquear a ovulação. Com o tempo, descobrimos que era possível conseguir o mesmo efeito com doses menores", explica.
Melhor amiga da mulher moderna, a pílula pode e deve ser utilizada no dia-a-dia, sempre sob orientação médica. A ginecologista e obstetra Flavia Fairbanks alerta para as exceções. "O método é totalmente contra-indicado para pacientes com histórico familiar de trombose; com qualquer risco de câncer de mama; com problema de fígado ou vesícula ou com enxaqueca forte", pontua.
Prevenir-se com informação ainda é um dos mais poderosos métodos contraceptivos
A pílula anticoncepcional é uma combinação de estrogênio e progesterona com a função de inibir o amadurecimento dos óvulos. Sem óvulos não há ovulação, sem ovulação não há fecundação, e sem fecundação não há gravidez.
Além de ser indicada como um dos melhores métodos para se evitar uma gravidez indesejada, a pílula anticoncepcional pode ser indicada para tratamentos de endometriose, ovários policísticos, tensão pré-menstrual, cólica menstrual, problemas com oleosidade e acne.
Aplicação da Pílula
A pílula anticoncepcional funciona através da ingestão diária de uma pequena quantidade dos mesmos hormônios que são produzidos nos ovários.
Esta ingestão diária de hormônios tem a função de “enganar” o sistema de regulação simulando uma gravidez.
Quando termina a cartela, a ingestão do hormônio cessa e ocorre a menstruação.
A pílula deve ser tomada sempre à mesma hora. Nas embalagens de 21 comprimidos, toma-se todos os dias sem parar, interrompe-se durante 7 dias e inicia-se uma nova embalagem no 8º dia. Nas embalagens de 28 comprimidos, não há necessidade de interrupção.
Efeitos Colaterais do Anticoncepcional
Os efeitos da pílula variam muito de mulher para mulher: há mulheres que são muito mais sensíveis aos componentes da pílula que outras. Por isso, é importante consultar um ginecologista para que ele indique qual a pílula mais adequada no seu caso.
Podem ocorrer os seguintes sintomas:
- Retenção de líquido e conseqüentemente aumento do peso.
- Alterações no humor, como irritação, agressividade e até mesmo depressão.
- Dores de cabeça fortes e incomuns.
- Indisposição no estômago ou vômitos.
- Sangramento intermenstrual.
- Alteração na libido.
- Seios doloridos.
Pílula do Dia Seguinte
A pílula do dia seguinte é uma medicação de emergência utilizada em até 72 horas após uma relação sexual sem proteção, e tem como objetivo evitar a gravidez.
Esta pílula só deve ser usada em caso de emergência e não como método anticoncepcional de rotina. A ênfase no uso esporádico se justifica porque a pílula do dia seguinte libera um nível de hormônios altíssimo, podendo trazer efeitos colaterais sérios. O uso excessivo também faz com que sua eficácia diminua, além de facilitar distúrbios hormonais.
A pílula do dia seguinte deve ser usada conforme prescrição. Com o uso correto, ela não traz riscos para a saúde e pode prevenir a gravidez com muita eficácia.
Como usar pílula anticoncepcional
Regras de como usar a pílula anticoncepcional que toda mulher precisa saber
Existem vários tipos de
pílula anticoncepcional, com diferentes dosagens de hormônios que inibem a ovulação. Como os óvulos não mais liberados pelos ovários, a mulher fica protegida de uma gravidez indesejada.
Os
anticoncepcionais orais são medicamentos, e assim como todos os outros, só devem ser consumidos com orientação médica. Ao consultar um ginecologista, ele irá indicar a pílula ideal para seu organismo.
Como tomar pílula anticoncepcional da maneira correta
Embora existam tipos diferentes, há algumas regras gerais sobre
como usar pílula anticoncepcional que toda mulher precisa saber. A primeira delas é que o uso dos anticoncepcionais deve ser feito seguindo as recomendações do fabricante.
Se tomados de maneira errada, além dos riscos de gravidez, podem ocorrer efeitos colaterais. Por isso, não deixe de ler a
bula da pílula anticoncepcional. Nela, você encontra informações importantes, como por exemplo, orientações sobre quando deve ser feito o recomeço da nova cartela e após qual período a relação sexual se torna livre do risco de gravidez.
Os
anticoncepcionais são vendidos em cartelas que podem ter 21 ou 28 comprimidos. Na de 21 pílulas, é feita uma pausa durante 7 dias assim que a cartela acaba, é o período em que a mulher deve menstruar. O recomeço da nova cartela deve ser feito no 8º dia.
Já na cartela de 28 pílulas, a nova cartela é iniciada no dia seguinte ao término da anterior, sem interrupções. A menstruação coincide com os últimos comprimidos. A pílula anticoncepcional só deve ser tomada de maneira diferente se seu médico fizer alguma orientação pessoal
Procure tomar a pílula no mesmo horário todos os dias, isso garante uma maior eficácia do método anticoncepcional. Para não esquecer, uma dica é tomar na hora do almoço ou antes de dormir, por exemplo.
Se a mulher
esquecer de tomar a pílula e lembrar antes de 12 horas, deve fazer o uso da esquecida imediatamente e a seguinte, na hora habitual. Se ficar sem tomar por dois dias ou mais, o ideal é interromper o uso, esperar a próxima menstruação para só então começar uma nova cartela. Vale lembrar que a
pílula anticoncepcional evita gravidez, mas não protege conta o vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. Portanto, use sempre camisinha.
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