O que esperar do Google Music
16 de novembro de 2011 | 13h18
Nayara Fraga
O mercado de música online deve receber nesta quarta-feira, 16, um jogador de peso. Espera-se que o evento chamado “These Go to Eleven”, marcado pelo Google para as 20 horas de hoje, anuncie oficialmente o Google Music, serviço que permitirá a compra e o armazenamento de canções na web com sincronização entre aparelhos baseados em Android, o sistema operacional da empresa.
A imprensa americana relata que três das maiores gravadoras do mundo teriam fechado parceria com o Google: Sony, Vivendi SA (VIV)’s Universal Music Group e EMI. O Warner Music Group ainda não teria concluído acordo por causa de valores envolvidos no negócio e preocupações quanto a pirataria, pessoas familiares ao tema disseram no início desta semana, segundo a Bloomberg.
Já fontes entrevistadas pelo The Wall Street Journal afirmam que gravadoras independentes também devem participar do Google Music. Outra novidade mencionada pelo diário americano é a possibilidade de compartilhar uma ou duas músicas grátis na rede social Google+.
Imagens supostamente da interface gráfica do Google Music, divulgadas pelo site de tecnologia The Verge, mostram canções com preço de US$ 0,99 e US$ 1,29 e a seção “Free Song of The Day” (música grátis do dia). A expectativa é de que o Android Market, loja de aplicativos do Google, esteja integrado ao serviço de música, o que reforça a ideia de compartilhamento entre smartphones, tablets e PC.
O Wall Street Journal lembra que para usar o Google Music o usuário precisa subir suas bibliotecas de música para os aparelhos. “Por outro lado, o iTunes Match, lançado pela Apple na segunda-feira, não exige uploads, o que significa economia de tempo para as pessoas”, diz o WSJ.
Apple. O Google Music, testado em versão beta há cerca de seis meses por usuários nos Estados Unidos, aparece oito anos depois do lançamento do iTunes, serviço que fez da venda de músicas na internet um procedimento legal. “Eles estão entrando nesse mercado um pouco tarde no jogo, onde há grandes jogadores estabelecidos”, disse à Bloomberg o analista da Gartner Ray Valdes. “Você pode dizer que é um mercado saturado”.
A Amazon, com seu CloudDrive, o serviço de streaming de música Spotify (parceiro do Facebook) e o recente Rdio são outros concorrentes que o Google terá pela frente. Mas, considerando a força da companhia na web e a fatia que o Android já abocanhou no mercado de smartphones (53%), há ventos favoráveis.
Assista, abaixo, ao vídeo produzido pelo Google na época do lançamento do Music Beta. O serviço anunciado hoje deve vir com as novidades mencionadas acima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário