Imunização para os homens
Projeto pode tornar a vacinação contra o vírus HPV obrigatória para o sexo masculino
Rio - A vacinação para mulheres contra o HPV na rede pública do Rio já é lei. Agora, um novo projeto que tramita na Alerj pode tornar a imunização obrigatória também para homens. Atualmente, o imunizante é oferecido somente na rede particular e custa cerca de R$ 1 mil.
“A partir dos 11 anos, a incidência de contaminação do vírus pode chegar a 26% em homens”, diz a deputada Janira Rocha (PSOL), autora do projeto. Segundo ela, a imunização de homens pode ser uma das formas de aumentar a prevenção contra o vírus. O ideal é que a vacinação ocorra até os 12 anos, antes do início da atividade sexual.
Uma pesquisa britânica publicada no ‘New England Journal of Medicine’ mostrou que a vacina é 90% eficaz na redução de lesões genitais e 65% na prevenção do surgimento de novas lesões em homens. Os cientistas acompanharam quatro mil pessoas entre 16 e 26 anos, de 18 países, entre eles o Brasil, por três anos. A imunização previne câncer de orofaringe, ânus e pênis, além de diminuir a transmissão para mulheres.
Segundo o diretor do Instituto de Pediatria da UFRJ, Edmilson Migowski, o HPV é mais difícil de controlar do que o HIV, o vírus da Aids. “Ele não é transmitido apenas na secreção. Portanto, pode ser transmitido durante as preliminares quando não há uso de preservativo”, explica o infectologista.
Homossexuais também são beneficiados pela vacinação. “A vacina é muito importante para homens que fazem sexo com homens. Estudos indicam que, em casos de câncer de ânus, a possibilidade de ter sido adquirido por HPV é de até 90%”, afirma o especialista.
O HPV se localiza preferencialmente em mucosas e alguns de seus tipos podem causar câncer. A transmissão costuma ocorrer nas relações sexuais sem preservativos.
Vírus causa infertilidade
Além dos problemas relacionados ao câncer, o vírus HPV pode ser um vilão da fertilidade de casais. O alerta é feito pelo especialista em medicina reprodutiva João Ricardo Auler.
Segundo ele, o vírus pode matar os espermatozoides, antes que eles participem do processo de fecundação.
“As lesões no pênis do homem costumam ser externas. No momento da penetração e da liberação da secreção, o vírus presente no trato genital mata os espermatozoides antes que cheguem ao útero”, explica o especialista.
POR PEDRO DE FIGUEIREDO
O Dia
“A partir dos 11 anos, a incidência de contaminação do vírus pode chegar a 26% em homens”, diz a deputada Janira Rocha (PSOL), autora do projeto. Segundo ela, a imunização de homens pode ser uma das formas de aumentar a prevenção contra o vírus. O ideal é que a vacinação ocorra até os 12 anos, antes do início da atividade sexual.
Uma pesquisa britânica publicada no ‘New England Journal of Medicine’ mostrou que a vacina é 90% eficaz na redução de lesões genitais e 65% na prevenção do surgimento de novas lesões em homens. Os cientistas acompanharam quatro mil pessoas entre 16 e 26 anos, de 18 países, entre eles o Brasil, por três anos. A imunização previne câncer de orofaringe, ânus e pênis, além de diminuir a transmissão para mulheres.
Segundo o diretor do Instituto de Pediatria da UFRJ, Edmilson Migowski, o HPV é mais difícil de controlar do que o HIV, o vírus da Aids. “Ele não é transmitido apenas na secreção. Portanto, pode ser transmitido durante as preliminares quando não há uso de preservativo”, explica o infectologista.
Homossexuais também são beneficiados pela vacinação. “A vacina é muito importante para homens que fazem sexo com homens. Estudos indicam que, em casos de câncer de ânus, a possibilidade de ter sido adquirido por HPV é de até 90%”, afirma o especialista.
O HPV se localiza preferencialmente em mucosas e alguns de seus tipos podem causar câncer. A transmissão costuma ocorrer nas relações sexuais sem preservativos.
Vírus causa infertilidade
Além dos problemas relacionados ao câncer, o vírus HPV pode ser um vilão da fertilidade de casais. O alerta é feito pelo especialista em medicina reprodutiva João Ricardo Auler.
Segundo ele, o vírus pode matar os espermatozoides, antes que eles participem do processo de fecundação.
“As lesões no pênis do homem costumam ser externas. No momento da penetração e da liberação da secreção, o vírus presente no trato genital mata os espermatozoides antes que cheguem ao útero”, explica o especialista.
POR PEDRO DE FIGUEIREDO
O Dia
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