Deixamos às vezes tanta coisa para o depois, não finalizamos por pura idéia errada, por pura falta de não aprofundar algo que poderia ser bom.
Às vezes quando nos damos conta o tempo já passou, o espaço se rendeu e quem perdeu fomos nós. Perdemos não por falta de estar presente e sim de se fazer presente. Ser presente, presentear alguém, fazer valer...
Do que vale alguém saber quem nós somos se não nos conhecer realmente a fundo? Do que vale passar pela vida sem deixar a sua marca, sem deixar que ninguém entenda o que você quis transmitir, sem deixar que ninguém transmita nada a você?
Às vezes vamos levando, vivendo a vida por rotina, vivendo a demora por preguiça, almejando nada mais do que o nada, sendo o tudo assim tão distante.
Às vezes nós vamos passando sem realmente passar uma boa mensagem, ou mesmo que não for boa, não se passa só se digere algumas freqüências, poucas ondas entram em colapso, é o nervoso saindo da linha.
Ás vezes nós não finalizamos, não entendemos por simplesmente não saber quando será o próximo passo, o grande ou pequeno passo, não sabemos, não esperamos, não agimos, e quando finalmente chega um momento propicio às novidades, o antigo acaba sendo somente uma recordação escrita a lápis, tão fina que as marcas do tempo nem fizeram ser valiosas, que pena.
Às vezes deixamos a língua alheia, o estress, a falta de tempo dominar..alias,que falta de tempo? A culpa sempre é da falta de tempo, tempo para isso, tempo para aquilo, mas quando realmente podemos ter algum nem usufruímos da maneira correta, será culpa do tempo ou do tempo que passamos sem ele?
Às vezes também usamos as coisas corretas, medimos bem as emoções, mas deixamos passar pequenas conversas, pequenos diálogos, pequenas coisas que poderiam ser diferentes depois, é do inicio, das pequenas pedras que vamos traçando nosso caminhar, vamos alcançando um breve infinito. Tem coisas que realmente não são eternas, tem momentos que serão leves brisas de memória, mas antes leves brisas do que um vento sem história.
Às vezes falta a última peça e não sabemos a hora certa de encaixar, talvez na vida não aja hora certa,talvez só aja o momento,porque muitas vezes quando refletimos algo que fizemos a tempos atrás pode ser que não seja a mesma atitude que tomaríamos agora,o tempo passa,as ondas mudam,as crianças crescem,a velhice inicia...
Talvez nada seja favorável para sempre,mas é importante ter algo bom para se levar para sempre,para a eternidade construída e guardada em nossa mente,talvez realmente nunca vai se saber a hora certa, talvez o quebra cabeça demore para ser preenchido,mas cada peça que vier em nossas mãos pode sim ser bem encaixada,não importa o final do jogo e sim a sua jogada,pois quem ganha e quem perde pouco importa na roda da vida,mas sim quem rodou o mundo com a plenitude de uma estadia bem vivida.
por Larissa Alves
Nenhum comentário:
Postar um comentário