1.28.2012

HERPES


Vacina só é eficaz para o tipo zoster

Por Renata Demôro

Durante o verão, é comum o aumento dos casos de herpes labial. Incômodas, as feridas na região da boca também são extremamente contagiosas. Além dos lábios, a infecção viral pode acometer outras regiões do corpo e, na forma mais grave, até órgãos internos. De acordo com a clínica geral Juliana Visconti Morgado, subchefe de Emergência Clínica do Hospital Badim, no Rio de Janeiro, “o vírus do herpes pode afetar as mucosas oral e genital, o couro cabeludo e até os olhos”.
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    Herpes simples tipo 1
    Geralmente, o vírus do herpes tipo 1 afeta a mucosa da boca e o entorno dos lábios. Dor, vermelhidão e bolhas estão entre os sintomas, que podem ser atenuados com medicação oral e pomadas. Segundo a dermatologista Fabianne Ricci, do Hospital Balbino, no Rio de Janeiro, “a transmissão costuma ocorrer quando as lesões estão ativas e visíveis. Neste caso, evite o contato direto com a pessoa infectada e não compartilhe copos, talheres e batons”. A clínica geral Julian Visconti explica que quem tem herpes do tipo 1 precisa evitar o sol, mesmo que não haja nenhuma ferida aparente na boca. “Quando a pessoa está em crise, com lesões aparentes, é preciso redobrar as atenções em relação ao sol, mas o ideal é manter a região hidratada e proteger-se diariamente dos raios solares com protetores labiais”, explica a médica.
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    Herpes simples tipo 2
    A herpes tipo 2 é considerada uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), já que seu contágio acontece através do contato com a pele e os fluidos da região genital infectada. Segundo a ginecologista Denise Gomes, diretora da Plena Clínica, em São Paulo, “a doença causa lesões na região genital, que começam como pequenas vesículas (bolinhas) e evoluem para úlceras (furinhos), geralmente, muito dolorosas. O homem infectado apresentará sintomas semelhantes”. Geralmente, a transmissão acontece quando há lesões aparentes. A boa notícia é que existem medicamentos de uso oral e local para tratar o problema. A médica explica que o uso do preservativo em todas as relações sexuais é a melhor forma de evitar a doença.
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    Herpes Zoster
    É a forma mais grave da doença. Segundo a dermatologista Fabianne Ricci, o herpes zoster é causado pelo mesmo vírus da catapora, ou varicela. “Nesse caso, as lesões são semelhantes àquelas presentes no herpes simples tipo 1, mas atingem uma área mais extensa, chamada de dermátomo. A transmissão do herpes zoster acontece através do contato direto com essas regiões infectadas ou com as lesões de catapora, que é uma infecção primária do herpes zoster”, diz a dermatologista Fabianne Ricci. De acordo com a clínica geral Juliana Visconti, “o herpes zoster pode atingir órgãos internos, causando pneumonias, encefalites e inflamações nos sistemas nervoso central e periférico”. Geralmente, a doença se instala em células nervosas da região das costelas. A médica ainda explica que a incidência do tipo zoster indica que o paciente está com a imunidade baixa naquele momento, que deve ser investigada para descartar doenças mais graves que tenham como característica a imunossupressão, como a Aids.
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    Tratamento
    Nenhuma das formas da doença tem cura, mas todas já contam com tratamento para as lesões, através de medicamentos de uso oral e local. De acordo com a clínica geral Juliana Visconti, “o aminoácido lisina previne e trata os sintomas do herpes, evitando também a reincidência”. Ela explica que existe vacina para o herpes zoster, causado pelo vírus varicela-zoster, que também leva à catapora. Para evitar os diferentes tipos da doença, ela faz algumas recomendações: “A dica é usar preservativos em todas as relações sexuais e manter a boa saúde do sistema imunológico, com a prática regular de atividades físicas, alimentação saudável e combate ao estresse. Para evitar o contágio, também é preciso evitar o contato direto com as lesões causadas pela doença”. 

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