1.26.2012

Brasileiro assume comando do Fundo Global de Aids

Gabriel Jaramillo vai substituir médico francês que pediu demissão do cargo em meio a suspeitas de corrupção envolvendo a Fundação de Carla Bruni

A partir do dia 1º de fevereiro, o brasileiro Gabriel Jaramillo, de 58 anos, assumirá o comando do Fundo Mundial de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária – o Fundo Global de Aids. Ele substitui o médico francês Michel Kazatchkine, de 62 anos. Kazatchkine pediu demissão do cargo em meio a suspeitas de corrupção envolvendo a Fundação de Carla Bruni – primeira-dama da França e embaixadora do órgão. As denúncias referem-se a desvios de recursos para países da Ásia e África.
O comando do Fundo Mundial de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária negou as acusações. Um dos desafios de Jaramillo é resgatar a credibilidade do fundo que vai gerenciar mais de US$ 10 bilhões para programas de saúde em vários países.
O nome de Jaramillo foi confirmado nesta quarta-feira (25). O antecessor dele, Kazatchkine, ficou cinco anos na instituição sediada em Genebra, na Suíça. Apesar de o francês só deixar o cargo oficialmente no dia 16 de março, Jaramillo assume a função na quarta-feira (1º) para um mandato de 12 meses.
Brasileiro, nascido na Colômbia, Jamillo estava aposentado, depois de uma carreira como banqueiro. Ele foi gerente e diretor de várias instituições financeiras por três décadas, como o Marine Midland Bank, Citibank, Santander Brasil e o Banco Sovereign. Em 2010, Jamillo foi escolhido pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, para ser o enviado especial da ONU no combate à malária.
Criado em 2002, o Fundo Mundial de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária conta com o apoio financeiro do norte-americano Bill Gates, dono da Microsoft. Em dez anos de atividades, o órgão já enviou US$ 22,6 bilhões para diferentes programas de saúde em 150 países.
O Fundo Mundial de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária já financiou o tratamento de 3,3 milhões de pessoas infectadas pelo vírus HIV e de 8,6 milhões vítimas da tuberculose, além de ter distribuído 230 milhões de mosquiteiros tratados com inseticidas para prevenir a malária.
 KC

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