4.26.2012

HIPERTENSÃO

A hipertensão arterial (HTA), hipertensão arterial sistêmica (HAS) conhecida popularmente como pressão alta é uma das doenças com maior prevalência no mundo moderno e é caracterizada pelo aumento da pressão arterial, aferida com esfigmomanômetro (aparelho de pressão) ou tensiômetro, tendo como causas a hereditariedade, a obesidade, o sedentarismo, o alcoolismo, o estresse, o fumo e outras causas.[1] Ela ocorre a ativação excessiva de uma proteína chamada de RAC1.[2] Pessoas negras possuem mais risco de serem hipertensas.[3] A sua incidência aumenta com a idade, mas também pode ocorrer na juventude.[4]
Existe um problema para diferenciar a pressão alta da pressão considerável normal. Ocorre variabilidade entre a pressão diastólica e a pressão sistólica e é difícil determinar o que seria considerado normal e anormal neste caso. Alguns estudos farmacológicos antigos criaram um mito de que a pressão diastólica elevada seria mais comprometedora da saúde que a sistólica. Na realidade, um aumento nas duas é fator de risco.[5][6]
Considera-se hipertenso o indivíduo que mantém uma pressão arterial acima de 140 por 90 mmHg ou 14x9, durante seguidos exames, de acordo com o protocolo médico. Ou seja, uma única medida de pressão não é suficiente para determinar a patologia.[1][3] A situação 14x9 inspira cuidados e atenção médica pelo risco cardiovascular.
Pressões arteriais elevadas provocam alterações nos vasos sanguíneos e na musculatura do coração. Pode ocorrer hipertrofia do ventrículo esquerdo, acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, morte súbita, insuficiências renal e cardíacas, etc.[7]
O tratamento pode ser medicamentoso e/ou associado com um estilo de vida mais saudável. De forma estratégica, pacientes com índices na faixa 85-94 mmHg (pressão diastólica) inicialmente não recebem tratamento farmacológico.[7]

Epidemiologia

  • O termo prevalência indica o número de doentes em um determinado momento. A prevalência da hipertensão arterial no Brasil foi levantada por amostras em algumas cidades. Estes estudos mostraram uma variação de 22,3% a 43,9% de indivíduos hipertensos conforme a cidade considerada. Pode estimar assim que entre uma a duas pessoas a cada cinco são hipertensas. Em 2004, 35% da população brasileira acima de 40 anos estava hipertensa.[3] Acredita-se que 20% da população mundial apresente o problema.[4]
  • A proporção de óbitos por doença cardiovascular no Brasil em 2007, segundo dados do DATASUS, foi de 29,4%. Dentro deste grupo, a distribuição por doença foi como abaixo:[8]
Óbitos por Doenças Cardiovasculares (29,4% do total) Percentual
Acidente vascular cerebral 31,4%
Doença isquêmica do coração 30,0%
Hipertensão arterial 12,8%
Outras 25,1%

Fatores de risco

A hipertensão arterial pode ou não surgir em qualquer indivíduo, em qualquer época de sua vida, mas algumas situações aumentam o risco. Dentro dos grupos de pessoas que apresentam estas situações, um maior número de indivíduos será hipertenso. Como nem todos terão hipertensão, mas o risco é maior, estas situações são chamadas de fatores de risco para hipertensão. São fatores de risco conhecidos para hipertensão:[8]
  • Idade: Aumenta o risco com o aumento da idade.[4]
  • Sexo: Até os cinquenta anos, mais homens que mulheres desenvolvem hipertensão. Após os cinquenta anos, mais mulheres que homens desenvolvem a doença.
  • Etnia: Mulheres afrodescendentes têm risco maior de hipertensão que mulheres caucasianas.[9]
  • Nível socioeconômico: Classes de menor nível sócio-econômico têm maior chance de desenvolver hipertensão.
  • Consumo de sal: Quanto maior o consumo de sal (sódio), maior o risco da doença.[10]
  • Consumo de álcool: O consumo elevado está associado a aumento de risco. O consumo moderado e leve tem efeito controverso, não homogêneo para todas as pessoas.
  • Obesidade: A presença de obesidade aumenta o risco de hipertensão.
  • Sedentarismo: O baixo nível de atividade física aumenta o risco da doença.

Descrição

A hipertensão ocorre quando os níveis da pressão arterial encontram-se acima dos valores de referência para a população em geral.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) os valores admitidos são:120x80mmHg, em que a pressão arterial é considerada ótima e 130x85mmHg sendo considerada limítrofe.
Valores pressóricos superiores a 140x90mmHg denotam Hipertensão.
Conforme a IV Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia, compreende em estágios: 1 (leve - 140x90mmHg e 159x99mmHg), 2 (moderada - 160x100mmHg e 179x109mmHg) e 3 (grave - acima de 180x110mmHg).
Qualquer indivíduo pode apresentar pressão arterial acima de 140x90mmHg sem que seja considerado hipertenso. Apenas a manutenção de níveis permanentemente elevados, em múltiplas medições, em diferentes horários e posições e condições (repouso, sentado ou deitado) caracteriza a hipertensão arterial.
Esta situação aumenta o risco de problemas cardiovasculares futuros, como Infarto agudo do miocárdio e Acidente Vascular do tipo Cerebral, por exemplo. A possibilidade destes problemas é log-linear, ou seja, cresce de maneira contínua em uma escala logarítmica.

Síndrome da bata ou jaleco branco

Síndrome da bata branca ou normotensão do avental branco é a situação na qual a média da pressão arterial determinada através de Monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA) ou Monitorização residencial de pressão arterial (MRPA) está normal e a medida de pressão arterial em consulta médica está elevada.[11] A hipertensão de bata branca é o oposto de hipertensão mascarada.

Hipertensão mascarada

É o fenómeno oposto à hipertensão de bata branca e é também designada por hipertensão isolada no consultório. Inclui indivíduos que apresentam valores de Tensão arterial (TA) normais no consultório e valores elevados em casa ou ambulatório. A prevalência é semelhante à hipertensão de bata branca e calcula-se que afecte 1 em 7 ou 8 indivíduos com TA normal no consultório. Apesar de ainda pouco esclarecida os indivíduos afectados parecem apresentar maior dano de órgão.[6]

Diagnóstico


Um esfigmomanômetro e um estetoscópio, equipamentos utilizados para aferir a pressão arterial.
A medida da pressão arterial deve ser realizada apenas com aparelhos confiáveis.[12]
Para medi-la, o profissional envolve um dos braços do paciente com o esfigmomanômetro, que nada mais é do que uma cinta larga com um pneumático interno acoplado a uma bomba de insuflação manual e um medidor desta pressão. Ao insuflar a bomba, o pneumático se enche de ar e causa uma pressão no braço do paciente, pressão esta monitorada no medidor. Um estetoscópio é colocado sobre a artéria braquial (que passa na face interna medial do cotovelo). Estando o manguito bem insuflado, a artéria estará colabada pela pressão exercida e não passará sangue na artéria braquial. Não haverá ruído algum ao estetoscópio. Libera-se, então, a saída do ar pela bomba, bem devagar e observando-se a queda da coluna de mercúrio no medidor. Quando a artéria deixa de estar totalmente colabada um pequeno fluxo de sangue inicia sua passagem pela artéria provocando em ruído de esguicho (fluxo turbilionar). Neste momento anota-se a pressão máxima (sistólica). O ruído persistirá até que o sangue passe livremente pela artéria, sem nenhum tipo de garroteamento (fluxo laminar). Verifica-se no medidor este momento e teremos a pressão mínima (pressão diastólica). Em geral, medimos a pressão em milímetros de mercúrio (mmHg), sendo normal uma pressão diastólica (mínima) entre 60 e 80 mmHg (6 a 8 cmHg) e pressão sistólica entre 110 e 140 mmHg (11 a 14 cmHg) (cmHg = centímetros de mercúrio).[12]

Sintomatologia

A hipertensão arterial é considerada uma doença silenciosa, pois na maioria dos casos não são observados quaisquer sintomas no paciente. Quando estes ocorrem, são vagos e comuns a outras doenças, tais como dor de cabeça, tonturas, cansaço, enjoos, falta de ar e sangramentos nasais. Esta falta de sintomas pode fazer com que o paciente esqueça de tomar o seu medicamento ou até mesmo questione a sua necessidade, o que leva a grande número de complicações.[12]

Classificação

A finalidade de classificações de pressão arterial é determinar grupos de pacientes que tenham características comuns, quer em termos de diagnóstico, de prognóstico ou de tratamento. Esta classificações são embasadas em dados científicos, mas são em certo grau arbitrárias. Numerosas sociedades científicas tem suas classificações próprias.
  • Classificação das Sociedade Europeia de Hipertensão e Sociedade Europeia de Cardiologia.[13]

Categoria PA diastólica (mmHg) PA sistólica (mmHg)
Pressão ótima < 80 <120
Pressão normal 80-84 120-129
Pressão normal alta 85-89 130-139
Hipertensão grau 1 90-99 140-159
Hipertensão grau 2 100-109 160-179
Hipertensão grau 3 ≥110 ≥180
Hipertensão sistólica isolada < 90 ≥140


Categoria PA diastólica (mmHg) PA sistólica (mmHg)
Pressão ótima < 80 <120
Pressão normal < 85 <130
Pressão limítrofe 85-89 130-139
Hipertensão estágio 1 90-99 140-159
Hipertensão estágio 2 100-109 160-179
Hipertensão estágio 3 ≥110 ≥180
Hipertensão sistólica isolada < 90 ≥140

  • Classificação da American Heart Association.[14]

Categoria PA diastólica (mmHg) PA sistólica (mmHg)
Pressão normal < 80 <120
Pré-hipertensão 80-89 120-139
Hipertensão estágio 1 90-99 140-159
Hipertensão estágio 2 ≥100 ≥160

Complicações


Principais complicações da hipertensão arterial
A hipertensão arterial é um dos fatores envolvidos em uma série de doenças. Entre outras, as doenças abaixo são provocadas, antecipadas ou agravadas pela hipertensão arterial.

Causas

  1. Hipertensão arterial primária. Na grande maioria dos casos a Hipertensão Arterial é considerada essencial, isto é, ela é uma doença por si mesma. Nenhum dos mecanismos que geram a hipertensão é isoladamente muito mais influente que os demais.
  2. Hipertensão arterial secundária.Ocorre quando um determinado fator causal predomina sobre os demais, embora os outros possam estar presentes.
    1. Hipertensão por nefropatias.
    2. Hipertensão renovascular. O fator causal principal é isquemia renal, em geral provocada por estreitamento da artéria renal, unilateral ou bilateral.
    3. Hipertensão relacionada a gestação. Situações de hipertensão arterial durante e/ou devido à gestação.
    4. Hipertensão medicamentosa. Situações de hipertensão arterial desencadeadas ou exacerbadas por uso de medicamentos.[15]
      1. Corticóides
      2. Anti-inflamatórios não esteróides
      3. Drogas de ação sobre o sistema nervoso simpático
      4. Antidepressivos
      5. Anestésicos e Narcóticos
      6. Outras drogas'
    5. Hipertensão por endocrinopatias. Situações de hipertensão arterial desencadeadas ou pioradas por doenças do sistema endócrino, envolvendo um ou mais hormônios.
      1. Acromegalia. Doença causada por produção excessiva de hormônio do crescimento em adultos.
      2. Hipertireodismo. Doença causada por excesso de hormônios tireoideanos (T3 - tri-iodotironina e T4 - tiroxina) circulantes.
      3. Hipotireodismo. Doença causada por deficiência de hormônios tireoideanos circulante.
      4. Hiperparatiroidismo. Doença causada por excesso de paratormônio circulante.
      5. Síndrome de Cushing. Doença causada por excesso de glicocorticóides circulantes
      6. Hiperaldosteronismo primário. Doença causada por produção inapropriadamente elevada de aldosterona pela glândula supra-renal.
      7. Feocromocitoma. Tumor, em geral supra-renal, produtor de catecolaminas.
    6. Miscelânea.
      1. Apneia do sono - Doença por descontrole dos mecanismos respiratórios do sono, comhipóxia intermitente.
      2. Outras causas.

Etiopatogenia

A hipertensão arterial primária não pode mais ser considerada como uma entidade única.[16] O conjunto dos indivíduos hipertensos contem pelos menos três subconjuntos:
  • Hipertensão Sistólica em adultos jovens.
  • Hipertensão Diastólica na meia idade.
  • Hipertensão Sistólica em adultos idosos.
Envolvidos no comportamento da pressão arterial existem múltiplos fatores, agrupados conforme abaixo:[16]
  • Mecanismos neurais. Mecanismos que envolvem fatores ligados ao sistema nervoso.
  • Mecanismos renais. Mecanismos ligados ao funcionamento dos rins.
  • Mecanismos vasculares. Mecanismos ligados a estrutura e função dos vasos sanguíneos.
  • Mecanismos hormonais. Mecanismos ligados a hormônios.

Prevenção

A prevenção é o processo de evitar o surgimento de uma situação. Como a pressão arterial tende a aumentar com a idade com as alterações vasculares que acompanham o envelhecimento, pode-se questionar se a hipertensão arterial é prevenível. Mas existem medidas que podem postergar este aumento de pressão. Estas medidas devem ser chamadas de medidas preventivas, mesmo que não impeçam, mas retardem o surgimento da hipertensão arterial. Neste contexto, são medidas preventivas[8]:
Em algumas situações específicas, com alto risco de doença cardiovascular, pode ser considerado o uso de medicamentos para a prevenção da Hipertensão[8].

Tratamento

Embora não exista cura para a Hipertensão Arterial, é possível um controle eficaz, baseado quer na reformulação de hábitos de vida, quer em medicação, permitindo ao paciente uma melhor qualidade de vida.

Medidas não farmacológicas

Certas medidas não relacionadas a medicamentos são úteis no manejo da Hipertensão Arterial, tais como

Medidas farmacológicas

Nos casos que necessitam de medicamentos, são utilizadas várias classes de fármacos, isolados ou associados. Entre outras possibilidades à disposição dos pacientes sob prescrição médica, encontram-se:[7]

Referências

  1. a b Biblioteca Virtual de Saúde. Hipertensão. Página visitada em 28 de junho de 2010.
  2. Título não preenchido, favor adicionar.
  3. a b c Ministério da Saúde do Brasil. Pratique Saúde contra a Hipertensão Arterial. Página visitada em 28 de junho de 2010.
  4. a b c BARROS, Alba Lúcia Botura Leite de et al. Alterações do nível pressórico e fatores de risco em graduandos de enfermagem. Acta paul. enferm., São Paulo, v. 22, n. 6, Dec. 2009. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002009000600008&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 28 junho 2010. doi: 10.1590/S0103-21002009000600008
  5. WOODS, Susan L. et. al. Enfermagem em cardiologia. [trad.Shizuka Ishii]. Barueri: Manole, 2005
  6. a b MION JUNIOR, Celso. et. al. MRPA: monitorização residencial da pressão arterial - Como fazer e interpretar. Barueri: Manole, 2006
  7. a b c Goodman & Gilman. As bases farmacológicas da terapêutica. [tradução da 10. ed. original, Carla de Melo Vorsatz. et al] Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2005
  8. a b c d e Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão e Sociedade Brasileira de Nefrologia /. (2010). "VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial". Arq Bras Cardiol 95 (supl.1): 1-51. DOI:10.1590/S0066-782X2010001700001.
  9. CDOF. A SAÚDE CARDÍACA DAS MULHERES E UM ESTILO DE VIDA FISICAMENTE ATIVO AMERICAN COLLEGE OF SPORT MEDICINE - CURRENT COMMENT novembro - 1999. Página visitada em 28 de junho de 2010.
  10. Terra. Cuidado com o consumo de sal. Página visitada em 28 de junho de 2010.
  11. Prometeu. Síndrome do jaleco branco vitima um em cada três hipertensos. Página visitada em 28 de junho de 2010.
  12. a b c TUDOR, J. Tudo sobre hipertensão arterial. Andrei, 2000. ISBN 85-7476-263-6
  13. Mancia G et.al. (2007). "2007 Guidelines for the Management of Arterial Hypertension - The Task Force for the Management of Arterial Hypertension of the European Society of Hypertension (ESH) and of the EuropeanSociety of Cardiology.". Eur Heart J 28 (12): 1462–1536. DOI:10.1093/eurheartj/ehm236. PMID 17562668.
  14. The Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection,Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure - Complete Report USA (2004) (PDF) (em inglês).
  15. Izzo Jr, Joseph L.. Hypertension Primer: The Essentials of High Blood Pressure (em inglês). 4ª ed. Philadelphia, PA, USA: Linppincott Willians & WIlkins, 2008. Capítulo: 166 - Management of Drug-Induced and Iatrogenic Hypertension, ISBN 978-0-7817-8205-0
  16. a b Kaplan, Norman M.. Kaplan’s Clinical Hypertension (em inglês). 10ª ed. Philadelphia: Linppincott Willians & WIlkins, 2010. Capítulo: Primary Hypertension: Pathogenesis, ISBN 978-1-60547-503-5

 

Os 10 mandamentos do Hipertenso

Os 10 mandamentos do Hipertenso (família com o paciente):
  1. Desde a 1ª consulta, acompanhe o paciente. Não tenha medo pois nada será pedido em troca, a não ser a compreensão.
  2. Converse com o médico. Esclareça algum dado que não foi bem entendido. Pergunte e participe!
  3. Procure entender que o paciente está passando por uma fase difícil. Discussões menores, agora, assumem proporções imensas. E entendendo desta forma, você não vai feri-lo.
  4. Alguns pacientes negam até para si mesmo que estão doentes. O papel da família é não permitir que isto continue de forma irresponsável (consultas desmarcadas, dieta errada, medicamento interrompido), e sim, de forma afetiva (porém firme), mostre o quanto o paciente é importante à família, para seus amigos, seus filhos, netos e que todos esperam colaboração no tratamento.
  5. Existem pacientes deprimidos, e a depressão corrói com o indivíduo, de tal forma que as esperanças vão diminuindo a cada dia. Cabe a você, nestas horas, estar ao lado do paciente, não se omitir, mesmo que a realidade seja ruim, ela  precisa ser vivida! Vigie o paciente para que não aconteçam “acidentes”. Para a maioria, este estado é uma etapa, para outros demoram um pouco mais, então cabe a você ser o elo de ligação com a equipe de saúde.
  6. Se a fome desaparecer, fale ao médico. Não entenda que o paciente não come porque não aceita a dieta. Isto não é verdade e prejudica o andamento do tratamento podendo levar o paciente à desnutrição! Existem formas de contornar este problema.
  7. Os medicamentos não podem ser esquecidos. Cabe aos familiares vigiarem para que os remédios sejam tomados no horário certo.
  8. Os remédios, por mais caros que sejam, NECESSITAM ser tomados. Alguns deles, já estão comercializados como genéricos ou fornecidos na Secretaria da Saúde, mediante receita médica e cadastro junto ao órgão. Procure se inteirar.
  9. Nos primeiros dias de tratamento acompanhe o paciente. É seguro e eles gostam e se sentem mais protegidos.
  10. Faça disto um hábito diário, uma rotina!

Dieta para hipertensão

Existem algumas Orientações Nutricionais para quem sofre de hipertensão nomeadamente:
  • Evite alimentos gordurosos;
  • Escolha margarina e queijo sem sal;
  • Alimentos enlatados, antes de serem consumidos devem ser retirados da lata e enxaguados com água corrente por várias vezes;
  • Crie o hábito de ler os rótulos dos alimentos, ficando atento para as palavras como: sódio, glutamato monossódico acidulantes, antioxidantes, aromatizantes, estabilizantes, devem ser evitados;
  • Bebidas que contém cafeína (café, chá preto, chimarrão) podem elevar a pressão arterial, devendo ser usados com moderação;
  • O sal deve ser retirado da mesa como medida preventiva;
  • A ingestão de alimentos ricos em potássio são importantes, auxiliam na redução da pressão arterial, inclua-os na sua alimentação, são eles: mamão, laranja, banana, ameixa, batata, cenoura, beterraba.
Alimentos que devem ser EVITADOS na dieta sem sal:
  • Salgados gordurosos e embutidos (toucinho, costela, salame, mortadela, presunto, carne seca, lingüiça, salsicha, bacon, bacalhau, salaminho)
  • Molhos e temperos prontos e concentrados (mostarda, maionese, catchup, molho inglês, caldo de carne em cubos e demais temperos, extrato de tomate, molho de soja);
  • Bolachas salgadas, pães salgados, salgadinhos de padaria, pipoca com sal, salgadinho industrializado);
  • Aperitivos como: amendoim salgado, azeitonas, pepino, castanha).

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