25/04/2012 - 09:42
Pacientes serão os maiores beneficiados pelo tratamento mais barato.
Os pacientes de Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) no Brasil passam a contar com uma opção mais barata para seu tratamento a partir do segundo semestre, quando estará disponível a Bosentana genérica. A Bosentana, cujo nome comercial é Tracleer, é uma medicação reconhecida mundialmente como tratamento de primeira linha para a HAP utilizado por mais de 100 mil pacientes em todo o mundo.
Para a presidente da Associação Brasileira dos Portadores de Esclerose Sistêmica (Abrapes) Maria do Rosário Mauger, este novo produto, que terá como vantagem a redução de mais de 70% do preço original, será muito importante para o acesso dos pacientes ao adequado tratamento. “Neste mercado de alto custo, a diminuição do valor do tratamento é extremamente positivo, porque antes o governo justificava que o remédio era caro, e por isso muitos pacientes não eram beneficiados, agora vai dar pra comprar para todos”, comemora Rosário.
Embora utilizada pela maioria dos pacientes no país, a Bosentana não está na lista de medicamentos do SUS, que conta apenas com uma medicação para a HAP, a Sildenafila. Para ter acesso a este e aos demais medicamentos que possuem registro na Anvisa, os pacientes são obrigados a recorrer à Justiça. Com exceção dos pacientes dos estados de São Paulo, Brasília, Minas Gerais e Pernambuco que possuem protocolo clínico estadual da doença incluindo a Bosentana e a Sildenafila.
Além de ser a única droga com indicação para uso adulto e pediátrico no tratamento da HAP, a Bosentana também tem indicação para Úlceras Digitais, doença caracterizada pela má circulação nos dedos da mão que pode levar à amputação, que tem grande incidência em pacientes de Esclerose Sistêmica. “Este genérico também vai ser muito importante para nossos pacientes que sofrem de Úlceras Digitais, pois temos pessoas que já tiveram que amputar dedos por falta dessa medicação, uma vez que a justificativa da Secretaria de Saúde para não fornecer o medicamento é sempre o custo”, ressalta.
Mais sobre a doença - A Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) é uma doença crônica grave caracterizada pelo aumento progressivo na resistência vascular pulmonar, ocasionando à sobrecarga do coração, que pode levar à morte, quando não tratada. Os pacientes se tornam incapazes de executar simples tarefas do dia a dia, como pentear os cabelos e tomar banho, devido à severa falta de ar e o forte cansaço, principais sinais da HAP. Devido à natureza não específica dos sintomas, a HAP é facilmente confundida com outras doenças mais comuns, como asma e bronquite, e, por isso, costuma ser mais frequentemente diagnosticada quando os pacientes atingem um estágio avançado, sugerindo que a prevalência real pode ser maior que a registrada pela literatura médica.
A HAP idiopática (origem desconhecida) costuma ser mais comum em mulheres, mas também pode ocorrer de forma secundária a outras doenças, como ao HIV, à esclerose sistêmica e às cardiopatias congênitas. Por exemplo, no Brasil, Egito, sudeste da Ásia e África Subsaariana estima-se que 20% dos pacientes com esquistossomose possam sofrer de HAP. A média da expectativa de vida do paciente sem o adequado tratamento é de 2,8 anos.
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Pacientes serão os maiores beneficiados pelo tratamento mais barato.
Os pacientes de Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) no Brasil passam a contar com uma opção mais barata para seu tratamento a partir do segundo semestre, quando estará disponível a Bosentana genérica. A Bosentana, cujo nome comercial é Tracleer, é uma medicação reconhecida mundialmente como tratamento de primeira linha para a HAP utilizado por mais de 100 mil pacientes em todo o mundo.
Para a presidente da Associação Brasileira dos Portadores de Esclerose Sistêmica (Abrapes) Maria do Rosário Mauger, este novo produto, que terá como vantagem a redução de mais de 70% do preço original, será muito importante para o acesso dos pacientes ao adequado tratamento. “Neste mercado de alto custo, a diminuição do valor do tratamento é extremamente positivo, porque antes o governo justificava que o remédio era caro, e por isso muitos pacientes não eram beneficiados, agora vai dar pra comprar para todos”, comemora Rosário.
Embora utilizada pela maioria dos pacientes no país, a Bosentana não está na lista de medicamentos do SUS, que conta apenas com uma medicação para a HAP, a Sildenafila. Para ter acesso a este e aos demais medicamentos que possuem registro na Anvisa, os pacientes são obrigados a recorrer à Justiça. Com exceção dos pacientes dos estados de São Paulo, Brasília, Minas Gerais e Pernambuco que possuem protocolo clínico estadual da doença incluindo a Bosentana e a Sildenafila.
Além de ser a única droga com indicação para uso adulto e pediátrico no tratamento da HAP, a Bosentana também tem indicação para Úlceras Digitais, doença caracterizada pela má circulação nos dedos da mão que pode levar à amputação, que tem grande incidência em pacientes de Esclerose Sistêmica. “Este genérico também vai ser muito importante para nossos pacientes que sofrem de Úlceras Digitais, pois temos pessoas que já tiveram que amputar dedos por falta dessa medicação, uma vez que a justificativa da Secretaria de Saúde para não fornecer o medicamento é sempre o custo”, ressalta.
Mais sobre a doença - A Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) é uma doença crônica grave caracterizada pelo aumento progressivo na resistência vascular pulmonar, ocasionando à sobrecarga do coração, que pode levar à morte, quando não tratada. Os pacientes se tornam incapazes de executar simples tarefas do dia a dia, como pentear os cabelos e tomar banho, devido à severa falta de ar e o forte cansaço, principais sinais da HAP. Devido à natureza não específica dos sintomas, a HAP é facilmente confundida com outras doenças mais comuns, como asma e bronquite, e, por isso, costuma ser mais frequentemente diagnosticada quando os pacientes atingem um estágio avançado, sugerindo que a prevalência real pode ser maior que a registrada pela literatura médica.
A HAP idiopática (origem desconhecida) costuma ser mais comum em mulheres, mas também pode ocorrer de forma secundária a outras doenças, como ao HIV, à esclerose sistêmica e às cardiopatias congênitas. Por exemplo, no Brasil, Egito, sudeste da Ásia e África Subsaariana estima-se que 20% dos pacientes com esquistossomose possam sofrer de HAP. A média da expectativa de vida do paciente sem o adequado tratamento é de 2,8 anos.
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