9.10.2012

CRISE NA EUROPA

François Hollande fará corte de 10 bilhões em educação, segurança e justiça

Medidas de austeridade fiscal francesas incluem um controverso imposto para os ricos

AGÊNCIA EFE
O candidato socialista nas eleições francesas, François Hollande (Foto: Bob Edme/AP)

O presidente francês, François Hollande, anunciou neste domingo que seu governo aplicará cortes no valor de 10 bilhões de euros em despesas em educação, segurança e justiça, como parte de um pacote global de contingência no valor de 30 bilhões de euros.
Hollande acrescentou que outros 10 bilhões de euros devem ser obtidos com o pagamento de impostos pelos franceses, enquanto os 10 bilhões restantes virão de tributações suplementares das empresas do país.
O presidente francês acrescentou, referindo-se a uma das principais medidas da campanha eleitoral que o levou à chefia do Estado, a cobrança de altos impostos das maiores rendas, as superiores a 1 milhão de euros, que será aplicada.
"A medida de 75% (de tributação máxima sobre as rendas acima de 1 milhão) não está suspensa, os que quiseram segui-la farão isso por conta própria", disse o presidente depois que circularam na imprensa nos últimos dias informações em que se mencionava uma marcha à ré do governo socialista nesta medida.
O chefe de Estado afirmou ainda que não haverá exceções à aplicação dessa medida e que afetará em torno de 2 mil, 3 mil pessoas.
Hollande considerou uma "provocação" o anúncio do presidente do grupo de marcas de luxo Louis Vuitton Moët Hennessy (LVMH), dono da maior fortuna da França, Bernard Arnault, de que solicitará nacionalidade belga, embora vá manter a francesa e o endereço fiscal em território francês.
"Era de se esperar", disse Hollande sobre o anúncio-surpresa, confirmado pelo rico empresário hoje, embora tenha dito que seguirá cumprindo com suas obrigações fiscais na França.
bc

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