Terceira idade
Hábitos como praticar atividades de lazer e não fumar, mesmo se seguidos após os 75 anos de idade, elevam em até cinco anos a expectativa de vida
Idosos: Estilo de vida saudável seguido por pessoas com mais de 75 anos eleva em até cinco anos a longevidade
(Thinkstock)
CONHEÇA A PESQUISAEssas conclusões foram publicadas nesta semana no site do periódico British Medical Journal (BMJ). No artigo, os autores explicam que já é sabido que um estilo de vida não saudável pode contribuir para a mortalidade de pessoas idosas e que hábitos saudáveis adotados ao longo de toda a vida reduz esse risco. No entanto, eram incertos os efeitos desses hábitos adotados pela terceira idade sobre a longevidade de um indivíduo.
Título original: Lifestyle, social factors, and survival after age 75: population based study
Onde foi divulgada: periódico British Medical Journal (BMJ)
Quem fez: Debora Rizzuto, Nicola Orsini, Chengxuan Qiu, Hui-Xin Wang e Laura Fratiglioni
Instituição: Instituto Karolinska, Suécia
Dados de amostragem: 1.800 idosos com mais de 75 anos de idade
Resultado: Pessoas com mais de 75 anos, mesmo que tenham uma doença crônica, podem viver até cinco anos a mais se adoterem hábitos como praticar atividades de lazer com frequência, não fumar ou largar o cigarro, consumir menos bebida alcoólica, não ter sobrepeso e seguir uma dieta correta
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Essa pesquisa analisou, ao longo de 18 anos, a sobrevivência de 1.800 idosos maiores do que 75 anos com base em fatores modificáveis, como comportamento, atividades de lazer, estilo de vida, profissão e relacionamento social. Até o final do estudo, 92% dos participantes morreram e metade viveu mais do que 90 anos.
Sobrevivência — As pessoas com maior expectativa de vida foram mais propensas a ser do sexo feminino, a ter um maior nível de escolaridade, a seguir hábitos saudáveis, como praticar atividade física, seguir uma alimentação correta e não ter sobrepeso, a apresentar melhores relacionamentos sociais e a participar mais frequentemente de atividades de lazer do que os indivíduos que viveram por menos tempo.
Segundo o estudo, esses idosos com o menor risco de mortalidade viveram, em média, quatro anos (para mulheres) e cinco anos (para homens) a mais do que os participantes com maior risco de morrerem — ou seja, aqueles que fumavam, bebiam excessivamente, não praticavam atividades físicas ou de lazer e tinham um pobre relacionamento social. Essa maior expectativa de vida foi observada mesmo se o indivíduo tinha mais do que 85 anos e apresentava alguma doença crônica.
A pesquisa também mostrou que, em média, os fumantes morreram um ano mais cedo do que o restante dos indivíduos — tanto aqueles que nunca fumaram quanto os que deixaram o cigarro após os 40 anos de idade. Isso sugere, segundo os autores, que parar de fumar na vida adulta reduz os efeitos do tabagismo sobre a mortalidade. “Nossos resultados mostram que estimular comportamentos de vida favoráveis, mesmo em idades avançadas, pode aumentar a expectativa de vida, provavelmente por redução da morbidade", concluem os autores.
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