Saúde mental
Maior estudo já feito sobre prevenção da doença não encontrou efeitos significativos do consumo do fitoterápico ao longo de cinco anos
Ginkgo biloba: Pesquisa não vê benefícios do fitoterápico sobre redução do risco de Alzheimer
(Joanna Wnuk/Getty Images/iStockphoto)
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COGNIÇÃOConjunto de processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação, no reconhecimento, na memória, no juízo, na imaginação e na linguagem. O comprometimento cognitivo é uma das características mais importantes da demência, como na doença de Alzheimer
DEMÊNCIA
A demência é causada por uma variedade de doenças no cérebro que afetam a memória, o pensamento, o comportamento e a habilidade de realizar atividades cotidianas. O Alzheimer é a causa mais comum de demência e corresponde a cerca de 70% dos casos. Os sintomas mais comuns são: perda de memória, confusão, irritabilidade e agressividade, alterações de humor e falhas de linguagem.
ENSAIO RANDOMIZADO CONTROLADO
É a forma mais rigorosa de uma pesquisa determinar se existe uma relação de causa e efeito entre um determinado tratamento e os resultados esperados. Normalmente, os participantes desse tipo de estudo se dividem em grupos de acordo com o tratamento que irão receber, mas eles nunca devem saber qual é a terapia a qual estão sendo submetidos.
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A pesquisa selecionou 2.854 pessoas com mais de 70 anos de idade que já tinham se queixado com um médico sobre problemas de memória. Parte desses idosos ingeriu, ao longo de cinco anos, uma dose de 120 miligramas de ginkgo biloba duas vezes ao dia. O restante recebeu doses de placebo, mas nenhum participante tinha conhecimento sobre qual era a substância que estava tomando. Durante todo o estudo, os pesquisadores avaliaram a memória, a função cognitiva e a incidência de demência entre os pacientes.
Ao final da pesquisa, 4% dos participantes que haviam recebido doses de ginkgo biloba foram diagnosticados com a doença de Alzheimer, enquanto essa incidência entre o grupo do placebo foi de 5% — uma diferença estatisticamente insignificante, de acordo com os autores. Também não foi identificada variação quanto ao risco de acidente vascular cerebral (AVC) e de mortalidade. Segundo Vellas, porém, ainda é preciso determinar os efeitos do ginkgo biloba a longo prazo.
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