União Europeia aprova uso de nova vacina contra meningite tipo B
- Variante da doença que ataca o sistema nervoso é desafio para autoridades sanitárias por causa da falta de cobertura imunológica
- No Brasil, o meningococo tipo B ocorre em 20% dos casos. Sorotipo C é o mais comum
RIO- A autoridade sanitária da União Europeia aprovou nesta semana
uma nova vacina contra a meningite meningocócica do tipo B, doença até
então sem cobertura imunológica no continente, assim como no Brasil.
Cientistas que desenvolveram o produto afirmam que a nova vacina, a
4CMenB, foi eficaz em 73% das variações do tipo B.
A meningite é uma das doenças mais temidas na infância porque pode matar em questão de horas, e as complicações podem deixar sequelas permanentes, como a amputação de membros, surdez, cegueira e danos cerebrais. Há vacinas contra algumas formas de meningite, incluindo a Hib, meningite C e meningite pneumocócica. Crianças com menos de cinco anos e adolescentes são o grupo de maior risco.
Após a implementação bem sucedida da rotina de vacinação infantil contra meningite meningocócica C, o sorogrupo B é agora a causa mais grave da doença meningocócica na Europa.
O chefe do Serviço de Infectologia Pediátrica da UFRJ, Edimilson Migowski, explica que, no Brasil, a meningite tipo C é a mais comum no país, com 70% das ocorrências da doença. A do tipo B representa outros 20%:
— Entre os anos 70 e 80, cientistas cubanos já haviam desenvolvido uma vacina contra a bactéria causadora da meningite tipo B, mas teve pouca eficácia e nem chegou a ser usada no Brasil. Se caso a nova vacina entrar no mercado, será necessário, porém, fazer um estudo para ver se o produto é compatível com as variações de meningite tipo B presentes no Brasil. De todo modo, a criação da nova vacina é uma boa notícia.
A vacina 4CMenB, desenvolvida com financiamento da Novartis, precisa passar por outras chancelas de autoridades sanitárias para ser usada em larga escala. O produto ainda precisa, por exemplo, ser aprovado pelo Comitê conjunto de Vacinação e Imunização do Reino Unido, onde 25% dos casos de meningite deixam sequelas permanentes.
No Brasil, o calendário de vacinação prevê imunização contra a meningite tipo C, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, em três doses administradas entre os 3 e 15 meses de idade. A vacina tetravalente e a pneumocócica 10, todas dadas a criança até o primeiro ano de vida, também protegem contra outras formas da doença.
A meningite é uma das doenças mais temidas na infância porque pode matar em questão de horas, e as complicações podem deixar sequelas permanentes, como a amputação de membros, surdez, cegueira e danos cerebrais. Há vacinas contra algumas formas de meningite, incluindo a Hib, meningite C e meningite pneumocócica. Crianças com menos de cinco anos e adolescentes são o grupo de maior risco.
Após a implementação bem sucedida da rotina de vacinação infantil contra meningite meningocócica C, o sorogrupo B é agora a causa mais grave da doença meningocócica na Europa.
O chefe do Serviço de Infectologia Pediátrica da UFRJ, Edimilson Migowski, explica que, no Brasil, a meningite tipo C é a mais comum no país, com 70% das ocorrências da doença. A do tipo B representa outros 20%:
— Entre os anos 70 e 80, cientistas cubanos já haviam desenvolvido uma vacina contra a bactéria causadora da meningite tipo B, mas teve pouca eficácia e nem chegou a ser usada no Brasil. Se caso a nova vacina entrar no mercado, será necessário, porém, fazer um estudo para ver se o produto é compatível com as variações de meningite tipo B presentes no Brasil. De todo modo, a criação da nova vacina é uma boa notícia.
A vacina 4CMenB, desenvolvida com financiamento da Novartis, precisa passar por outras chancelas de autoridades sanitárias para ser usada em larga escala. O produto ainda precisa, por exemplo, ser aprovado pelo Comitê conjunto de Vacinação e Imunização do Reino Unido, onde 25% dos casos de meningite deixam sequelas permanentes.
No Brasil, o calendário de vacinação prevê imunização contra a meningite tipo C, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, em três doses administradas entre os 3 e 15 meses de idade. A vacina tetravalente e a pneumocócica 10, todas dadas a criança até o primeiro ano de vida, também protegem contra outras formas da doença.
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