3.27.2013

DICAS PARA TER OS DENTES PERFEITOS


7 dicas para ter os dentes perfeitos
Tudo o que você precisa fazer no seu dia a dia para ter o sorriso que sempre sonhou!


Nenhuma apresentação é melhor do que um belo sorriso. Porém, isso vai muito além dos dentes brancos. Um sorriso saudável garante mais do que boas relações interpessoais, e pode ser decisivo para evitar problemas cardiovasculares, gastrointestinais, diabetes, cáries doenças gengivais, halitose e até mesmo câncer oral. Por isso, garantir a higiene oral é um ato de respeito à própria vida.
"A cárie, por exemplo, que é um dos problemas mais conhecidos, afeta 88% da população mundial. Mas, há outras patologias que devem ser evitadas. Não adianta ter dentes bonitos se a gengiva estiver comprometida com a coloração alterada, ou a língua com acúmulo de saburra", alerta o Cirurgião-Dentista e Professor, Mestre e Doutor em Odontologia da UNIBAN Anhanguera (SP), Dr. Hugo Lewgoy.
Confira 7 dicas do especialista para conquistar o sorriso perfeito
1° Escolha uma escova dental de boa qualidade. Elas devem ser do tipo ultramacias e com uma grande quantidade de cerdas, preferencialmente acima de cinco mil. Recomenda-se sempre trocar de escova a cada dois ou no máximo três meses. 
2° Antes de se iniciar a higiene oral, as mãos e unhas devem ser muito bem lavadas e esfregadas com água e sabão. Um bochecho com água para eliminar resíduos de alimentos deve ser realizado, pois diminui a chance da comida ficar presa entre as cerdas e sofrer uma decomposição posterior. 
3° Utilizar pouca pasta ou creme dental. O importante é a escova e não o creme dental. A pasta não deve ser abrasiva e sempre ser utilizada em uma pequena quantidade (semelhante a um grão de ervilha). 
4° O fio dental é um poderoso aliado para prevenção das doenças orais, porém, devido à região localizada entre os dentes ser côncava (como um prato de sopa), o fio dental não é 100% eficiente. 
5°Para a escovação da região localizada entre os dentes (região proximal) é fundamental a utilização de uma escova interdental do tipo Prime. Apenas as escovas interdentais conseguem remover ou desorganizar a placa bacteriana desta área de forma completa. 
6° A técnica correta de utilização da escova interdental é no espaço entre dois dentes, com a inserção da ponta da escova de forma inclinada em direção à gengiva, junto ao chamado colo do dente. Deve-se localizar e inserir a ponta da escova na entrada do espaço entre dois dentes. Nos dentes superiores inclina-se a escova um pouco para cima e nos dentes inferiores inclina-se a escova um pouco para baixo. Este acesso deve ser realizado de forma delicada com uma pressão suave e sem forçar a escova. 
7°Após a realização da higiene oral a escova não pode ser armazenada sem nenhum tipo de cuidado. A limpeza, higienização ou desinfecção das escovas dentais também é muito importante e contribui para uma higiene bucal perfeita. A limpeza das escovas deve ser iniciada pela lavagem com água corrente e remoção do excesso de pequena batida da escova sobre a palma da mão. Deve-se aplicar um desinfetante através do gotejamento uma pequena quantidade de antisséptico oral, preferencialmente à base de clorexidina 0,12%, normalmente utilizado para bochechos. Coloca-se o protetor de cabeça que deve ter a parte interna também embebida pela solução antisséptica. Em seguida, a escova pode ser guardada
Cuidados desde a infância
Os exames periódicos devem se iniciar na infância, antes mesmo da erupção do primeiro dente. O dentista, além de controlar o desenvolvimento bucal do bebê, informará aos pais sobre os cuidados que devem ter com os filhos. Isso inclui a prevenção da chamada “cárie de mamadeira”, que aparece pela exposição freqüente e prolongada a líquidos açucarados (leite, água adoçada, sucos), o uso e a retirada da chupeta, a aplicação adequada de flúor e a correta limpeza dos dentes. Primeiro a cargo dos pais e, a partir dos 3 ou 4 anos, será a criança quem deverá escovar seus dentes e passar o fio dental, sempre depois de cada refeição.
No Brasil, aparentemente, a maioria da população tem consciência de que escovar os dentes é essencial para garantir a saúde bucal. Mas grande parte das pessoas não sabe como fazer a escovação de forma adequada e não tem condição financeira de comprar uma escova de dente. Para muitos, escova e dentifrício são artigos de luxo. A duração média desse utensílio de limpeza deveria ser de três meses – depois disso, as cerdas se deterioram e perdem a eficácia na escovação. Entretanto, no Brasil, o consumo médio é de menos de uma escova de dente por ano por pessoa.
O ideal é escovar os dentes sempre depois de cada refeição. E antes de dormir é recomendável fazer uma “faxina dental”, com a escovação minuciosa de todas as superfícies e o uso de fio dental. Isso porque, à noite, o fluxo salivar diminui, favorecendo a proliferação de bactérias. Quantos procedem da forma correta? Poucos. “Falta dinheiro. Não é uma questão de preguiça”, afirma Maria Ercilia. A situação é mais grave no que diz respeito ao fio dental. Apesar de ele ser um bom complemento para combater a placa, cerca de 70% dos brasileiros não sabem que é preciso usá-lo, diz a professora da USP.
Como se pode perceber, o panorama atual não é nada animador. O melhor a fazer é conversar abertamente com o seu dentista para tirar todas as dúvidas e procurar seguir todas as recomendações dele. Segundo Ignácio Corral, assessor médico da Colgate, a chave da saúde dental é simples: está nos hábitos preventivos. “Os pacientes que não visitam o especialista regularmente, que não escovam os dentes três vezes ao dia e que não trocam a escova dental a cada três meses apresentam 76% de risco de sofrer doenças periodontais”, afirma Corral. “Essa porcentagem se reduz à metade quando eles seguem os conselhos do dentista.”
Adaptação Patrícia Pereira

Bactérias perigosas
Infelizmente, os problemas dentais não ficam circunscritos aos domínios da boca doente. Recentes pesquisas apontam a existência de uma perversa relação entre as infecções periodontais e o maior risco de sofrer doenças cardiovasculares, especialmente infarto do miocárdio, e cerebrovasculares, como ataques de apoplexia. Por exemplo, um informativo publicado no final de 2002 na revista Stroke, da Associação Americana do Coração, dizia: “Entre os homens que, no início da pesquisa, tinham menos de 25 dentes, o risco de sofrer um infarto era 57% mais elevado do que entre os que conservavam um maior número de peças dentais”. No Brasil, um estudo feito pelo Instituto do Coração (InCor) mostra que 78% das endocardites bacterianas são causadas por problemas bucais não tratados, como gengivite, periodontite e abscessos.
Outros estudos indicam que as bactérias periodontais provocam nas gengivas a liberação de diversas citocinas – por exemplo, a proteína C reativa. Esses produtos do sistema imunológico passam ao sangue com as bactérias e estimulam a adesão das plaquetas, o crescimento das chamadas células espumosas e o aumento de colesterol na capa íntima arterial. Tudo isso, em conjunto, acaba favorecendo casos de aterosclerose e trombose. Outras pesquisas relacionam as infecções gengivais às complicações ligadas ao nascimento (como bebês prematuros e de baixo peso), aos problemas respiratórios (doença pulmonar obstrutiva crônica) e à ocorrência de diabetes de tipo II.
Por enquanto, as bactérias dentais atuam com total impunidade e de maneira clandestina no organismo. Mas uma equipe de pesquisadores da Universidade de Aichi, no Japão, afirmou ao Journal of Periodontology que, dentro de alguns anos, os médicos poderão detectar as doenças periodontais encobertas nas análises de sangue rotineiras. “Depois de estudar a saúde bucal de 7 452 pacientes e compará-la com suas análises sanguíneas, verificamos que se o colesterol, os triglicérides, a glicose, a contagem de glóbulos brancos e o nível de proteína C reativa se afastavam dos valores-padrão, o paciente também tinha sintomas sérios de doença periodontal”, disse Yuko Takami, que coordenou o estudo.
Em contraste com a dificuldade de combater essas bactérias no corpo está a simplicidade de métodos para evitar as infecções dentais que as produzem: consultas periódicas ao dentista, higiene bucal correta e dieta adequada. São poucos ainda os que seguem à risca as recomendações. Pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que só 10% dos brasileiros visitam de forma regular o consultório odontológico e 20% da população urbana e 32% da população rural nunca foram ao dentista. Dos adultos que já fizeram consultas odontológicas, 40% não vão ao dentista há mais de três anos.

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