Antes
de pegar um copo de leite para tomar seu comprimido, pare e leia esse
texto. A prática até pode ser comum, mas alguns alimentos - ou a falta
deles - podem interferir na ação de medicamentos. Quem ensina é a
nutricionista Inês Wolff, gerente de nutrição do Hospital Evangélico de
Londrina.
No caso do leite, por exemplo, ela explica que o cálcio e o fósforo presentes na bebida podem atrapalhar a absorção de algumas substâncias. Por isso, a melhor orientação ainda continua usar o medicamento prescrito como o médico, ou como a bula, recomenda. "Do mesmo jeito que o alimento pode ajudar, também pode atrapalhar. Se há uma resposta diminuída do medicamento, a dose terá que ser aumentada", alerta.
Um caso comum é o da anemia - o cálcio do leite atrapalha a absorção do ferro. "Então, se a criança almoça pouco, por exemplo, e logo em seguida a mãe dá uma mamadeira, há potencial para desenvolvimento de anemia", ressalta.
A absorção de ferro também diminui quando há ingestão conjunta de substâncias chamadas taninos, presentes na banana, no mate, na água tônica e no café. "Suplementos de ferro não devem ser usados juntos com esses alimentos porque a absorção de ferro é diminuída. Então, quem consome junto, sempre vai precisar de doses maiores (de suplemento) ", explica.
Medicamentos em cápsulas, ressalta a nutricionista, não devem ser usados com bebidas quentes - chás, por exemplo, muito utilizados quando as temperaturas estão mais baixas. Ela explica que o remédio em cápsula é feito para ser absorvido em determinada parte do sistema digestivo, geralmente o ílio. Mas, a bebida quente pode dissolver a gelatina que reveste a cápsula e a substância ser absorvida em outra parte, o que pode diminuir sua ação.
Outro cuidado é com os fitoterápicos. A erva-de-são-joão, muita usada por pessoas que sofrem de depressão, "não é um chazinho inofensivo", mas deve ter seu consumo orientado por especialista, já que influencia no efeito de alguns medicamentos.
Uma dieta rica em proteína também pode ser problema quando a pessoa precisa utilizar alguns tipos de anti-inflamatórios. Por outro lado, uma ingestão maior de líquidos, ajuda na absorção da amoxicilina. Já, o uso de antifúngicos, usados no tratamento de micoses, tem melhor efeito com uma dieta hiperlipídica, com um pouco mais de gordura. E a recomendação de enriquecer a alimentação vale quando a pessoa está febril e inapetente. Neste caso, explica, o corpo usa o alimento como medicamento, para se restabelecer.
Quando a recomendação é tomar o medicamento com o estômago vazio, deve ser obedecida. As fibras presente na alimentação, explica Inês, podem absorver a droga e formar um complexo gelatinoso no estômago, deixando sua absorção lenta ou fazendo com que seja eliminada com as fezes. "Tem grupos de medicamentos, como os derivados de ácido acetilsalicílico, que podem agredir a mucosa gástrica e precisam da proteção dos alimentos e outros que só agem com o estômago vazio. Por isso, o ideal é ler a bula e seguir a orientação médica", afirma.
Fonte: FOLHA DE LONDRINA - PR
No caso do leite, por exemplo, ela explica que o cálcio e o fósforo presentes na bebida podem atrapalhar a absorção de algumas substâncias. Por isso, a melhor orientação ainda continua usar o medicamento prescrito como o médico, ou como a bula, recomenda. "Do mesmo jeito que o alimento pode ajudar, também pode atrapalhar. Se há uma resposta diminuída do medicamento, a dose terá que ser aumentada", alerta.
Um caso comum é o da anemia - o cálcio do leite atrapalha a absorção do ferro. "Então, se a criança almoça pouco, por exemplo, e logo em seguida a mãe dá uma mamadeira, há potencial para desenvolvimento de anemia", ressalta.
A absorção de ferro também diminui quando há ingestão conjunta de substâncias chamadas taninos, presentes na banana, no mate, na água tônica e no café. "Suplementos de ferro não devem ser usados juntos com esses alimentos porque a absorção de ferro é diminuída. Então, quem consome junto, sempre vai precisar de doses maiores (de suplemento) ", explica.
Medicamentos em cápsulas, ressalta a nutricionista, não devem ser usados com bebidas quentes - chás, por exemplo, muito utilizados quando as temperaturas estão mais baixas. Ela explica que o remédio em cápsula é feito para ser absorvido em determinada parte do sistema digestivo, geralmente o ílio. Mas, a bebida quente pode dissolver a gelatina que reveste a cápsula e a substância ser absorvida em outra parte, o que pode diminuir sua ação.
Outro cuidado é com os fitoterápicos. A erva-de-são-joão, muita usada por pessoas que sofrem de depressão, "não é um chazinho inofensivo", mas deve ter seu consumo orientado por especialista, já que influencia no efeito de alguns medicamentos.
Uma dieta rica em proteína também pode ser problema quando a pessoa precisa utilizar alguns tipos de anti-inflamatórios. Por outro lado, uma ingestão maior de líquidos, ajuda na absorção da amoxicilina. Já, o uso de antifúngicos, usados no tratamento de micoses, tem melhor efeito com uma dieta hiperlipídica, com um pouco mais de gordura. E a recomendação de enriquecer a alimentação vale quando a pessoa está febril e inapetente. Neste caso, explica, o corpo usa o alimento como medicamento, para se restabelecer.
Quando a recomendação é tomar o medicamento com o estômago vazio, deve ser obedecida. As fibras presente na alimentação, explica Inês, podem absorver a droga e formar um complexo gelatinoso no estômago, deixando sua absorção lenta ou fazendo com que seja eliminada com as fezes. "Tem grupos de medicamentos, como os derivados de ácido acetilsalicílico, que podem agredir a mucosa gástrica e precisam da proteção dos alimentos e outros que só agem com o estômago vazio. Por isso, o ideal é ler a bula e seguir a orientação médica", afirma.
Fonte: FOLHA DE LONDRINA - PR
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